A vida é uma poesia em vários tons... seja ela real, surreal, fictícia, triste, alegre, sentimental, vibrante, elegante etc. Mas ainda assim ela, a vida é e sempre será uma poesia! Leia os escritos de Johann Peer, você com certeza se encontrará em algumas delas.
A casa torta
Prisioneiros do abismo solidão
Repletos de vazio
Estranha multidão
A mesa posta sem resposta
Alma sem lar a casa torta
A cama é quente
O riso é frio
Indiferente amor servil
São fantasmas que nos vestem
De loucas fantasias
A procura da saída sem sair da escuridão
Escuridão
Prisioneiros do abismo solidão
Repleto de vazio
Estranha multidão
Alma Blue
Vestida para amar devora-me
Devora minha solidão
Me cubra com os lençóis secretos
Misteriosos do teu coração
Desnuda minha alma em transe
Me vista com tua presença
Me envolva com os teus sorrisos
Encantados da tua essência
Dispa-se dos teus segredos
Iluminado sob o sol das noites
Faz-me sonhar e amar sem medo
Imaginando o paraíso em flores
Vamos inventar o infinito outra vez
E vestir de nudez a nossa plenitude
Alma blue
Alma blue
Alma blue
Alma blue
Do além cantar
Canto para o espaço infinito
Canto para a noite sonhar
Canto para a minha morte
Canto para a vida sem par
Canto para o riso do pranto
Canto para a tristeza espantar
Canto para os excluídos de liberdade
Canto para os sinos dobrar
Canto para os caminhantes
Canto para os tortos a vagar
Canto para os que no trem partiram
Canto para os que estão por chegar
Canto para o Silêncio
Canto para o tempo a bailar
Canto para a dor dos ais que persiste
Canto pra quando a morte chegar
Canto para o meu torto canto
Canto para o Além do voar
Canto para o canto cantar
Canto pra quando a morte chegar
Eternidade
In memorian: Cássia Eller
Vou pegar estrada
Para algum ponto de partida p’ro final
Interminável de mim mesmo
No sorriso da tristeza da aurora
A esperança plena se veste
De tons imaginários
Uma sonora viagem
Silenciosa
Que agora grita
Eternidade!
Uma sonora viagem
silenciosa
Que agora grita
Eternidade!
Exato êxtase
Quando me inspirar
Na tua expiração
Não sei se vai caber ou não
Do senso a sensação
Ao explodir mil gestos nús
De ti profana erupção
Primaveril floral estão
Tua densa relva em profusão
De intensa seiva o pulsar
Da ação
Íntimo cosmo em expansão
De sermos uno aos turbilhões
No exato êxtase de estar então
No exato êxtase de estar então
Filhos do Vício
Há um grave preconceito
Que nos foi imposto
Quando saímos da ilusão
Invadimos sem licença
O adulto mundo da razão
Não somos culpados
Sim, somos vítimas
Da incompreensão
Que vem da criminosa dúvida
Dívida de ser vida
Neste mundo cão
Nós hoje somos jovens
Com pressa de chegar
A algum lugar
Que o destino aponta
Mas...queremos retornar
Somos só filhos
Filhos do vício
Do vício da existência
Que as vezes nos impede
E nos mata de sonhar
Que as vezes nos impede
E nos mata de sonhar
Flor da liberdade
Sonho acordado
E viajo em um mundo imaginário
Rico em miragens flutuam
No instante do horizonte de um espaço
Vôo e vejo a clara percepção
Dos olhos nús
Gritam em lembranças vivas
Que ocultam gotas
De silêncio frágil
Fragmento belo
De silêncio frágil
Fragmento belo
Onde me perco e me acho
Na eternidade plena de um abraço
Dessas noites que emergem como pássaros
Cantam inspirações e poesias e delírios, sonhos
Infinitos como a flor da liberdade
Luz
Vou dar a luz a tua luz, a meia-luz
Por inteiro grávido de Amor
Na gravidade do espaço-coração
Um novo ser
Chamado sentimento
Na aurora virginal dos tempos
Leve soprar da Eternidade
Claro alvorecer
O grito libertário do sonho igual
A bordo da esperança plena
Serena plenitude
De um novo plano astral
A bordo da esperança plena
Serena plenitude
De um novo plano astral
Mutações
Não precisam de dentifrícios
Os uivantes caninos
Antissépsia sem artificialismos
A antissépsia
Não usam molas
Os saltos dos felinos
Que traçam sete vidas teus destinos
De garras siamesas
E as aranhas tuas teias tecem
Multiplicam lares com tuas próprias vestes
Pós borboletas bichos-da-seda
Despertam vidas
Em sombras tamanhas
Luz se revela
Oculta na penumbra
E o Criador criava as criaturas
Que brincavam de ser
O construtor
O construtor
O destrutor
Poesia do Submundo
Moramos em um país
Somos vistos como marginais
Derrotados pelo conflito entre o trabalho
E os donos dos capitais
Não sabemos nossos nomes
Se vivemos ou se morremos
De fome ou de doença
Por crime ou violência
Moramos em um país
Onde nós somos culpados
De rasgarmos o futuro
Pros nossos filhos abortados
Massacrados pelos homens
Que estão cegos de poder
Não sabemos como vamos
Sobreviver
Há tantas injustiças que convêm
A nos partir
O nosso ego é ilimitado
Não sabemos como definir
Neste país de marginais
Marginais corrompidos
Pelo dinheiro sujo de sangue
Drogas ou homicídio
Essa música é para aqueles
Que não se deixam conduzir
De carregar nas costas
O castigo do passado
E se destruir
Pelas garras do poder
Das cegueiras da ilusão
Que se presta a julgar a Humanidade
Ou tal país pelo crime de omissão!
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