2112. Vamos começar falando da magnífica arte que encarta Lacrimal. A capa desperta de cara a curiosidade do ouvinte em querer entender o conceito que envolve o projeto como um todo. Isso é muito fascinante, você não acha?
Alessandro. Arte da Bárbara Ugalde, artista local que tem um trabalho maravilhoso. Já tínhamos trabalhado com ela no Solar, de 2018 e, ao iniciarmos o trabalho do Lacrimal, ela nos presenteou com essa obra de arte. Sem dúvida é uma arte muito instigante, forte, e que realmente dá essa ideia de “o que será que ouviremos nesse álbum?” A capa casou perfeitamente com o “mood” do álbum!
2112. Essa história me fez lembrar do lendário prisma do álbum The Dark Of The Moon. Todos sabem quem é a banda, suas músicas, quem produziu e isso apenas olhando para a capa. É interessante como a arte tem o poder de mudar os rumos da história, não é?
Alessandro. É uma comparação que nos enche de orgulho!!!!!! Tivemos mesmo a idéia de não colocar nada na capa. Só a arte mesmo! Nem mesmo o nome do álbum. Temos a impressão de que as pessoas concordam que o nome e a arte se completam perfeitamente. E queremos que as pessoas façam a mesma relação entre título, arte e conteúdo do álbum. Se conseguirmos (ou já conseguimos) isso, teremos conquistado mais uma vitória como músicos.
2112. Existe um conceito que envolve Lacrimal? Você poderia nos explicar?
Zeno. Basicamente, o contexto de pandemia e todas as angustias relacionadas a isso levaram a criação do álbum como ele ficou. Não é conceitual no sentido de que todas as faixas não estão entrelaçadas por algum enredo em comum mas não deixa de ser pois todas refletem um momento histórico que vivemos.
2112. A pandemia regrou muito a vida das pessoas. E para vocês bandas acredito que tenha sido pior no sentindo de não poder ensaiar, fazer shows, compor juntos etc. Como vocês fizeram para criar os novos temas?
Alessandro. De fato, a pandemia acabou com, atrasou, atrapalhou, afetou a vida de todos. Não se conhece alguém que não tenha sido afetado. No nosso caso, de imediato anulou todas as apresentações que faríamos em 2020 e 2021, incluindo um festival em Minas Gerais, o Camping Rock, para o qual fomos convidados ainda em 2019. Inicialmente, ficamos literalmente sem saber o que fazer. O ano de 2020 foi perdido! Só depois que conseguimos, mesmo que individualmente, aprender a conviver com a pandemia e internalizarmos que não havia previsão de retorno aos palcos, tivemos condições de compor. As músicas eram passadas via WhatsApp pelo grupo. O Zeno, como principal compositor da banda, apresentava as estruturas e nós, cada um em suas casas, ia acrescentando elementos, dando ideias, trocando informações... somente no início de 2021 que retornamos a nos encontrar presencialmente, para ir definindo arranjos e finalizando as canções. Claro, com todos os cuidados necessários e seguindo as recomendações de segurança.
2112. As gravações foram realizadas à distância ou do modo tradicional respeitando as regras da vigilância sanitária?
Alessandro. Isso é interessante também. Ao passo que íamos finalizando as músicas, íamos para o estúdio para gravar. A partir de guia, gravávamos praticamente sozinhos no estúdio, para evitar qualquer tipo de risco de contágio. Isso contribuiu para uma certa demora, pois era praticamente um de cada vez, em dias pré-estabelecidos, para as gravações. Ainda assim, houve gravações de casa e enviadas ao estúdio, como os teclados do Mauro Araújo e algumas guitarras do Gilberto Lobo, aqui mesmo de Porto Velho, e as gravações de nossos parceiros no Rio de Janeiro, que vieram também pela internet. Mas já já falamos sobre isso.
2112. Quanto tempo vocês gastaram para gravar Lacrimal?
Alessandro. 9 meses. Iniciamos os trabalhos em janeiro e finalizamos em setembro. Como colocado anteriormente, os procedimentos de segurança sempre estiveram à frente e, consequentemente, o tempo para se gravar foi maior do que o que seria, caso não estivéssemos atravessando essa catástrofe mundial!
2112. Ouvi Túmulo, Lacrimal, When e Enigmatic Eye (Parte 1) no YouTube e gostei bastante do material. Prog rock com fortes elementos setentista de altíssimo nível instrumental. O que mais influenciou nas construções das músicas e na composição das letras?
Zeno. Como eu disse antes, a pandemia influenciou muito. Depois do SOLAR eu demorei a ter conteúdo para as músicas novas, mas ai veio tudo isso e aos poucos a inspiração veio como uma sublimação para superar as sensações ruins da pandemia. De resto prevaleceu a nossa vontade de criar e evoluir musicalmente. A Prognoise é uma banda que não quer se acomodar. Temos muita coisa pra mostrar ainda.
2112. Confesso que não gosto de bandas do neo-prog que utilizam elementos do pop em seus álbuns. O prog é um movimento rico se levarmos em conta o material produzido entre 1967-79. Você acha isso necessário?
Alessandro. Eu considero isso algo muito pessoal mesmo. Ao mesmo que é uma evolução natural, há de se ter o cuidado de não se desvirtuar da coisa como um todo. O principal, em minha opinião, é que o trabalho seja feito com honestidade. Gosto muito de frisar isso. Por exemplo, em Incandescente, do Solar, tem um trecho que é um samba, tradicional, no meio do prog. Isso ocorreu enquanto estávamos trabalhando no arranjo da música. Surgiu, analisamos, gostamos e finalizamos. Em Noite, do Lacrimal, tem fusion! Tudo bem... não é pop mas foi algo que surgiu na construção da música. O que queremos é que as pessoas saibam - e percebam - que somos honestos e dedicados em nosso trabalho. Gosto é muito pessoal, mas quando paramos para compor, queremos e tentamos fazer a melhor música de todos os tempos. Tem gente que vai gostar... tem gente que não vai gostar. Seja como for, as pessoas ouvirão um trabalho honesto e dedicado.
Zeno. Tendo a pensar como você, mas por exemplo “When” é pop se comparado com as outras faixas e tem atraído a atenção de pessoas que não pertencem ao nicho do prog e estão mais conectadas com o rock em geral. Não sei o quanto isso será motivo para guiar nossas músicas futuras, mas é um fenômeno incipiente que está acontecendo. Mas no momento não vejo a gente enveredando para músicas mais pops.
2112. O álbum conta com algumas participações mais que especiais. Essas participações foram surgindo ao longo das gravações ou já estava tudo acertado?
Zeno. Foram convites pensados na medida em que as músicas iam surgindo. No SOLAR já tivemos várias participações, apenas mantivemos a mesma linha de pensamento de que outras contribuições enriquecem nossa música. Destaco a participação do Marcos Moura do Bacamarte em “Enigmatic Eye part 1”
2112. Em De Caelo temos a participação do músico Ronaldo Rodrigues que é sem sombras de dúvidas um dos melhores tecladistas da nova geração além de ser uma pessoa super humilde. Como vocês se conheceram?
Alessandro. Bem, nós já conhecíamos os trabalhos da Arcpelago e Caravela Escarlate. Inclusive, no Carioca Prog Festival encerramos o show tocando Caravela Escarlate, abrilhantado pelo próprio David Paiva cantando com a gente. Depois, em 2020, teve um movimento de algumas bandas gravarem, em suas casas, tocando músicas de outras bandas. No nosso caso, gravamos Ebulição dos Tempos, do Ronaldo, que deu um feedback que nos encheu de alegria. Ao iniciarmos as gravações do Lacrimal, como o Zeno colocou, surgiu a ideia de convidá-lo a gravar De Caelo e também Shedding Tear. Ficamos extremamente felizes com o fato de ele ter aceito. De fato, ele é um dos melhores do Brasil e, como você mencionou, uma pessoa muito acessível.
2112. A tecnologia trouxe esse conforto de gravar a distância e depois enviar os arquivos para qualquer parte do mundo. Isso ajuda bastante, não é?
Alessandro. Sem essa tecnologia ao nível que chegamos, acho que a Prognoise sequer teria o reconhecimento que está tendo hoje! No caso do Lacrimal, a maior parte foi gravada em estúdio, num processo lento, por causa da pandemia. Ainda assim, vários elementos foram gravados em casa. O Gilberto gravou muito das guitarras em casa, e enviava para o Hugo, no estúdio. Nossos mestres Marcus Moura e Ronaldo Rodrigues gravam de casa e enviaram o material do Rio de Janeiro para Porto Velho! Nosso grande pianista rondoniense Mauro Araújo gravou todas as teclas de casa, aqui em Porto Velho, e encaminhou para o estúdio. Essa tecnologia, mais do que ajudar, é fundamental para nosso trabalho, desde a criação em conjunto, gravação e, principalmente, difusão de nossa música. Basta imaginar que menos de 24 horas depois de lançado no nosso canal no Youtube, teve gente na Europa mandando mensagens de elogio e perguntando sobre o cd físico.... Isso é sensacional!
2112. Qual música será o carro chefe para divulgação nas rádios? E como está a acolhida do álbum nas plataformas digitais?
Zeno. Estamos trabalhando com “Noite” como single. Os feedbacks estão sensacionais, tanto no Brasil quanto no exterior. Em poucas semanas de lançado, LACRIMAL já está chamado bastante atenção.
2112. Vocês pretendem lançar Lacrimal no exterior? Quais são os projetos da banda nessa área?
Zeno. O álbum digital já está no mundo, quando sair o CD físico vamos ver o que faremos quanto ao exterior já que estamos tendo procura lá fora.
2112. Uma mera curiosidade: O que significa o Pvh após o nome da banda?
Alessandro. Um fato interessante. O PVH surgiu porque, no início, quando criamos o Facebook da banda, a página não aceitava o nome sem um “sobrenome”. Daí, para conseguirmos criar, pensamos em uma forma de identificar de onde a banda é, com a sigla da nossa cidade: Porto Velho = Pvh. Mas sempre que podemos, deixamos claro que a banda se chama Prognoise.
2112. Qual o e-mail/telefone para a contratação dos shows e também para a aquisição de Lacrimal.
Alessandro. Os telefones são: 69 – 99236-5900 (Alessandro) e 69 99286-9264 (Zeno) os dois WhatsApp e o e-mail: prognoisepvhoficial@gmail.com. Sobre o cd físico, é interessante responder aos próprios admiradores, que já perguntam sobre o trabalho em vinil. Ainda não trabalharemos com vinil - talvez para o futuro. Mas nossa previsão é de estarmos com o cd físico em dezembro ou, no máximo em janeiro. Não devemos produzir muitas cópias. Algumas pessoas têm pedido inclusive para reservar suas cópias, tanto aqui quanto no exterior (isso é fantástico” kkkk). Mas sempre vamos informar pelas redes sociais da banda sobre tudo, inclusive, sobre a chegada dos cds.
2112. .... o microfone é de vocês!
Alessandro. É fundamental agradecer novamente ao 2112 por abrir esse espaço. Como falei sobre a tecnologia, é essa tecnologia que nos permite estar fora de Rondônia, Brasil adentro e mundo afora! E veículos como esse são fundamentais para que isso ocorra. Fomos agraciados pelo 2112 quando lançamos o Solar e, novamente agora, com o Lacrimal, vocês nos dão esse espaço. Agradecemos a vocês e, principalmente a todas as pessoas que nos ouvem, nos aplaudem e nos mandam feedback sobre o novo trabalho. Isso envaidece e, ao mesmo tempo, nos dá vontade de nos dedicar ainda mais, para retribuir nas redes sociais, em shows (que finalmente vamos voltar a fazer) e na certeza de que sempre manteremos nossa honestidade nas composições. Sem os veículos de divulgação e sem o alvo, que é o público em geral, não teríamos o reconhecimento que estamos atingindo. Continuem com a gente!!!
Zeno. Muito obrigado Carlos, seu espaço é fundamental para as bandas divulgarem seus trabalhos. Valeu!!!
Interview: Prognoise
2112. Let's start talking about the magnificent art that includes Lacrimal. The cover immediately awakens the listener's curiosity in wanting to understand the concept that involves the project as a whole. This is very fascinating, don't you think?
Alessandro. Art by Bárbara Ugalde, a local artist who has a wonderful work. We had already worked with her at Solar, in 2018, and when we started the work of Lacrimal, she presented us with this work of art. Without a doubt it is a very exciting art, strong, and that really gives this idea of "what will we hear on this album?" The cover matched the album's theme perfectly.
2112. This story reminded me of the legendary prism of The Dark Of The Moon album. Everyone knows who the band is, their music, who produced it and that just by looking at the cover. It's interesting how art has the power to change the course of history, isn't it?
Alessandro. It's a comparison that fills us with pride!!!!!! We even had the idea of not putting anything on the cover. Only art itself! Not even the album name. We get the impression that people agree that the name and art complement each other perfectly. And we want people to make the same relationship between title, artwork and album content. If we achieve (or have already achieved) this, we will have achieved another victory as musicians.
2112. Is there a concept involving Lacrimal? Could you explain to us?
Zeno. Basically, the pandemic context and all the anxieties related to it led to the creation of the album as it stood. It is not conceptual in the sense that all tracks are not intertwined by some common plot, but it is nonetheless because they all reflect a historical moment in which we live.
2112. The pandemic has ruled people's lives a lot. And for you bands I believe it has been worse in the sense of not being able to rehearse, perform, write together etc. How did you go about creating the new themes?
Alessandro. In fact, the pandemic delayed disrupted and has affected everyone's lives. No one is known to have been unaffected. In our case, it immediately canceled all the presentations we would do in 2020 and 2021, including a festival in Minas Gerais, Camping Rock, to which we were invited in 2019. Initially, we were literally not knowing what to do. The year 2020 has been lost! Only after we managed, even individually, to learn to live with the pandemic and internalize that there was no prediction of returning to the stage, we were able to compose. The songs were broadcast via WhatsApp by the group. Zeno, as the band's main composer, presented the structures and we, each in their homes, added elements, giving ideas, exchanging information... only in early 2021 did we meet again in person, to go on defining arrangements and finishing the songs. Of course, with all the necessary precautions and following the safety recommendations.
2112. Were the recordings made remotely or in the traditional way, respecting the rules of health surveillance?
Alessandro. That's interesting too. As we finished the songs, we went to the studio to record. From the guide, we recorded practically alone in the studio, to avoid any risk of contagion. This contributed to a certain delay, as it was practically one at a time, on pre-established days, for the recordings. Even so, there were recordings from home and sent to the studio, such as keyboards by Mauro Araújo and some guitars by Gilberto Lobo, right here in Porto Velho, and recordings by our partners in Rio de Janeiro, which also came through the internet. But we've already talked about that.
2112. How much time did you spend recording Lacrimal?
Alessandro. 9 months. We started working in January and finished in September. As stated earlier, security procedures were always ahead and, consequently, the time to record was longer than it would have been if we weren't going through this worldwide catastrophe!
2112. I’ve heard Túmulo, Lacrimal, When and Enigmatic Eye (Part 1) on YouTube and I really liked the material. Progressive rock with strong seventies elements of very high instrumental level. What has most influenced the construction of the songs and the composition of the lyrics?
Zeno. As I said before, the pandemic was very influential. After
SOLAR it took me a while to have content for the new songs, but then all that came and gradually the inspiration came as a sublimation to overcome the bad feelings of the pandemic. For the rest, our desire to create and evolve musically prevailed. Prognoise is a band that doesn't want to settle down. We still have a lot to show.
2112. I confess I don't like neo-prog bands that use pop elements in their albums. The prog is a rich move if we take into account the material produced between 1967-79. Do you think this is necessary?
Alessandro. I think this is very personal indeed. While it is a natural evolution, you have to be careful not to detract from the thing as a whole. The main thing, in my opinion, is that the work is done honestly. I really like to emphasize this. For example, in Incandescent, by Solar, there is a passage that is a traditional samba, in the middle of the prog. This took place while we were working on the arrangement of the song. It appeared, we analyzed it, we liked it and we finished it. In Night, by Lacrimal, there is fusion! Okay... it's not pop but it was something that came up in the construction of the song. What we want is for people to know - and realize - that we are honest and dedicated to our work. Taste is very personal, but when we stop to compose, we want and try to make the best music of all time. There are people who will like it... there are people who will not like it. In any case, people will hear honest and dedicated work.
Zeno. I tend to think like you, but for example “When” is pop compared to the other tracks and has attracted the attention of people who doesn't belong to the prog niche and are more connected to rock in general. I don't know how much of that will be a reason to guide our future music, but it's an incipient phenomenon that's happening. But at the moment I don't see us going into more pop songs.
2112. The album has some more than special guest appearances. Did these participations appear throughout the recordings or was everything already set?
Zeno. Invitations were designed as the songs emerged. In SOLAR we have already had several participations, we just kept the same line of thought that other contributions enrich our music. I highlight the participation of Marcos Moura do Bacamarte in “Enigmatic Eye part 1”.
2112. In De Caelo we have the participation of the musician Ronaldo Rodrigues, who is without a shadow of a doubt one of the best keyboard players of the new generation, besides being a super humble person. How did you meet?
Alessandro. Well, we already knew the work of Arcpelago and Caravela Escarlate. In fact, at Carioca Prog Festival we ended the show playing Caravela Escarlate, enhanced by David Paiva singing with us. Then, in 2020, there was a movement of some bands recording, in their homes, playing songs from other bands. In our case, we recorded Ebulição dos Tempos, by Ronaldo, who gave us feedback that filled us with joy. When we started recording Lacrimal, as Zeno put it, the idea arose to invite him to record De Caelo and also Shedding Tear. We were extremely happy that he accepted. In fact, he is one of the best in Brazil and, as you mentioned, a very accessible person.
2112. Technology has brought this comfort of recording from a distance and then sending the files anywhere in the world. That helps a lot, doesn't it?
Alessandro. Without this technology at the level we've reached, I think Prognoise wouldn't even have the recognition it is getting today! In the case of Lacrimal, most of it was recorded in the studio, in a slow process, because of the pandemic. Still, several elements were recorded at home. Gilberto recorded a lot of guitars at home, and sent them to Hugo, in the studio. Our masters Marcus Moura and Ronaldo Rodrigues record from home and sent the material from Rio de Janeiro to Porto Velho! Our great pianist from Rondônia, Mauro Araújo, recorded all the keys from his house, here in Porto Velho, and sent them to the studio. This technology, more than helping, is fundamental to our work, from the creation together, recording and, mainly, dissemination of our music. Just imagine that less than 24 hours after it was released on our YouTube channel, there were people in Europe sending praise messages and asking about the physical cd.... This is amazing!
2112. Which song will be the single for radio promotion? And how is the reception of the album on digital platforms?
Zeno. We are working with “Night” as a single. The feedbacks are sensational, both in Brazil and abroad. Within a few weeks of its release, LACRIMAL is already drawing a lot of attention.
2112. Do you intend to launch Lacrimal abroad? What are the band's projects in this area?
Zeno. The digital album is already in the world, when the physical CD comes out, we'll see what we'll do about the outside since we're looking out there.
2112. A mere curiosity: What does PVH mean after the band's name?
Alessandro. An interesting fact. PVH emerged because, at the beginning, when we created the band's Facebook page, the page did not accept the name without a “last name”. Then, in order to create, we thought of a way to identify where the band is from, with the acronym of our city: Porto Velho = PVH. But whenever we can, we make it clear that the band is called Prognoise.
2112. What is the email/phone number for contracting the shows and also for acquiring Lacrimal?
Alessandro. The telephones are: 69 99236-5900 (Alessandro) and 69 99286-9264 (Zeno) both WhatsApp and e-mail: prognoisepvhoficial@gmail.com. About the physical cd, it's interesting to answer the admirers themselves, who already ask about the work on vinyl. We won't work with vinyl yet - maybe for the future. But our forecast is that we will have the physical cd in December or, at the latest, in January. We shouldn't produce too many copies. Some people have even asked to reserve their copies, both here and abroad (this is fantastic” LOL). But we will always inform you through the band's social networks about everything, including the arrival of the cds.
2112. ... the microphone is yours!
Alessandro. It is essential to thank 2112 again for opening this space. As I said about technology, it is this technology that allows us to be outside Rondônia, in Brazil and around the world! And vehicles like this are fundamental for this to happen. We were graced by 2112 when we launched Solar, and again now, with Lacrimal, you give us that space. We thank you and especially all the people who listen to us, applaud us and send us feedback on the new work. This makes us proud and, at the same time, makes us want to dedicate ourselves even more, to give back on social media, at shows (which we're finally going to do again) and in the certainty that we will always maintain our honesty in the compositions. Without the dissemination vehicles and without the target, which is the general public, we would not have the recognition we are achieving. Stay with us!!!
Zeno. Thank you so much Carlos. Your space is essential for bands to promote their work. Cheers!!!
Translation by Luiz Carlos Figueiredo
Lacrimal (2021)
01. Nefrectomia
02. Lacrimal
03. Noite
04. Shedding Tear
05. Enigmatic Eye (Parte Um)
06. Enigmatic Eye (Parte Dois)
07. When
08. De Caelo
09. Túmulo
Prognoise é:
Alessandro Amorim: Contrabaixo elétrico, Fretless, Violão nylon, Violão aço
Gilberto Lobo: Guitarra base, Guitarra solo, Guitarra slide, Teclados e sintetizadores
Ícaro Dickow: Bateria
Zeno Germano: Vocal, Backing Vocal, Guitarra base, Guitarra solo, Teclados e Sintetizadores
Músicos convidados:
Adriano Ribeiro: Teclados
Eduardo Barros: Violino
Marcus Moura (Bacamarte): Flautas
Mingo Manito: Guitarras
Ramon Alves: Sintetizadores e efeitos
Ronaldo Rodrigues (Arcpelago/Caravela Escarlate): Teclados e sintetizadores
Gravado no Estúdio Play, Porto Velho-RO
Arranjos: Prognoise.
Produção: Prognoise e Jeff Almeida
Direção Musical: Zeno Germano
Mixagem, masterização, sintetizadores e efeitos: Jeff Almeida
Arte de capa: Bárbara Ugalde
Prognoise Rock Progressivo: prognoisepvhoficial@gmail.com - Porto Velho, RO - 69 992365900 992689264.
Link da entrevista anterior:
http://furia2112.blogspot.com/
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