O blog 2112 foi formado com intenção de divulgar as bandas clássicas de rock, prog, hard, jazz, punk, pop, heavy, reggae, eletrônico, country, folk, funk, blues, alternativo, ou seja o rock verdadeiro que embalou e ainda embala toda uma geração de aficcionados. Vários sons... uma só tribo!



quarta-feira, 13 de maio de 2020

Entrevista Eduardo D’Elboux


Após um dia estressante nada como chegar em casa ligar o som, tomar um bom vinho e ouvir sons que te transportam para fora do caos do dia a dia. Os álbuns Tau Ceti e Meus Dois Mundos funcionam como uma espécie de trilha sonora... uma ponte entre você e novos mundos. Basta apertar o play...

2112. Após vinte e cinco anos o Tau Ceti ressurge das próprias cinzas e de quebra lança o magnífico álbum Meus Dois Mundos. Porque todo esse espaço de tempo?

Eduardo. Eu fiquei parado 14 anos com a Música (eu na verdade sou engenheiro de profissão), embora nunca tenha deixado de ser um bom ouvinte. Há três anos, surgiu um convite pra tocar numa banda de covers de Hard-Rock, o Pompéia 72, o que se mostrou divertido, e aguçou minha vontade de voltar ao meu estilo próprio, que sempre foi o Rock Progressivo. Eu tinha, logo antes de parar no início dos anos 2000, concebido este álbum “Meus Dois Mundos”, e feito boa parte dos arranjos. Em 2018, eu resolvi que queria transformá-lo em realidade, retomei as ideias originais e comecei a trabalhar nele de novo, aos poucos porque agora era um projeto solo e fiz tudo, desde a produção até a programação dos outros instrumentos - até concretizar o álbum em 2019...

2112. Eduardo, o que te levou a optar por compor e gravar tudo sozinho?

Eduardo. Eu certamente preferiria ter músicos de verdade ao meu lado. Foi, com certeza, uma opção de quem não encontrou parceiros para esse tipo de trabalho, que é pouco divulgado e reconhecido no Brasil – preferi programar baixo, bateria, guitarra e outros instrumentos ocasionais, além de fazer meus teclados, mas não mais deixar esse trabalho na gaveta.

2112. ... em algum momento você pensou em chamar seus ex-companheiros de banda para participar do projeto?

Eduardo. Sim, conversei previamente com eles (Ricardo Stuani, bateria e José Alves “Zé do Baixo”). Inclusive queria a concordância deles também para utilizar o nome “TAU CETI”. Mas não daria certo tocarmos juntos, Ricardo está fora do Brasil, e Zé parou de tocar. Quase nos reunimos no final de 2018, numa passagem de Ricardo pelo Brasil, para uma única apresentação do primeiro CD, “Tau Ceti” de 1995, na íntegra, mas infelizmente não deu certo.
2112. Futuramente você pretende chamar outros músicos para compor essa nova fase da banda ou pretende continuar sozinho?

Eduardo. Sinceramente, não tenho planos ainda, o cenário para Prog não anda muito fácil. Mesmo após o lançamento do CD, fiz apenas uma participação especial numa apresentação coletiva com várias bandas, nem mesmo um show oficial de lançamento ainda. Acho que continuar sozinho, no momento, é menos arriscado.

2112. O álbum se divide em dois momentos distintos: Mundo Prog e Mundo Clássico que nada mais é que suas duas maiores influências musicais. Como é ficar entre dois mundos para criar um terceiro?

Eduardo. Trabalhar nossas influências são como jogá-las todas num liquidificador, acrescentar nossas idéias e temperos individuais, e tirar um resultado próprio... Descobri a música clássica através do rock progressivo, e hoje ouço com prazer ambos os estilos (além de muitos outros). Em “Meus Dois Mundos”, tem também quatro Prelúdios que compus para serem a transição desses Mundos Prog (minhas novas composições nesse estilo) e o Mundo Clássico (que tem arranjos meus de compositores eruditos – todos com “B”, Bach, Beethoven, Borodin e Bruckner). Esses Prelúdios tem características que ora os colocam no Mundo Prog (o Prelúdio para Sintetizador), ora no Clássico (o para órgão e para Orquestra) e a real transição, o Prelúdio-Improviso para Piano, talvez minha melodia mais bonita, que é representado na capa pela frágil ponte que liga os Dois Mundos...
2112. Como foi o processo de criação, pré-produção e gravação do álbum. Quanto tempo levou entre compor e finalizar o material em estúdio?

Eduardo. Teve um tempo que trabalhei em casa, em arquivos MIDI (Musical Instrument Digital Interface), compondo e arranjando, tocando e gravando a partitura ou escrevendo diretamente na partitura (como preferi fazer com a bateria). Eu tinha meus rascunhos do início de 2000 engavetados, e os retomei em meados de 2018, arrumando, revendo e completando. No estúdio (no Laboratório Pedra Branca do amigo e músico também Eduardo Aguillar) entrei no final de 2018 e foram várias sessões (bem espaçadas por causa de tempo e dinheiro) até março/2019. No estúdio, utilizei os arquivos MIDI para disparar meus sintetizadores em algumas músicas ou passagens específicas, ou gravando em tempo real (o Moog, por exemplo, não tem tecnologia MIDI; e alguns solos são improvisados, fiz direto no estúdio). Depois, mixagem e masterização, que fizemos juntos, eu o Aguillar (belo trabalho!!). Em paralelo, outro amigo músico, o Paulo Rossglow Dantas, fez a arte do álbum, conforme minha idéia básica original (“dois planetas ligados por uma ponte caindo aos pedaços, mantendo o logo original do Tau Ceti e a estrela dupla do álbum original”) – achei um ótimo trabalho, e ele acabou fazendo também o clip de “D’Elbook is on the Table”. E a parte mais chata, o envio e realização do CD. Pra isso, tem uma burocracia grande, desde filiação a entidade musical até uma declaração reconhecida em cartório sobre direitos autorais das músicas que compus e das clássicas que adaptei (mesmo todas tendo mais de cem anos e em claro domínio público)...

2112. Quais teclados você usou em estúdio?

Eduardo. A base foram meus teclados Alesis QS7 e o Moog Prodigy (uma versão similar, menor, do MiniMoog model D, com os mesmos osciladores e filtros) - este último minha relíquia, que tenho desde os anos 80. Utilizei também alguns recursos do próprio estúdio, que tem uma biblioteca de timbres bem interessante e, muitas vezes, melhores do que os dos meus sintetizadores para minhas intenções. Importante é que esses timbres do estúdio são parametrizáveis, não apenas presets fixos, e pude trabalhar até chegar onde queria. Por exemplo, os timbres de Hammond: meu Alesis tem timbres muito interessantes que utilizei, inclusive o Hammond percussivo à La Keith Emerson que adoro, mas não tinha um Hammond com Leslie do jeito que eu queria – timbre que utilizei do estúdio depois de muito quebrar a cabeça nas parametrizações. Tive bastante atenção com os timbres, em música instrumental são até mais destacados, e acho que o resultado foi bastante bom.
2112. Pessoalmente gostei muito do resultado obtido no álbum como um todo pois remete ao melhor do rock progressivo. Quais são as suas bandas de cabeceira?

Eduardo. Emerson, Lake & Palmer, Yes, Gentle Giant, U.K., Camel, dentre os prog.;  Beethoven, Liszt, Bruckner e Prokofiev dentre os clássicos; Deep Purple, Gismonti, Milton, Chick Corea, Dave Brubeck e Thelonious Monk em outras áreas musicais.

2112. Existe algum álbum em especial que mudou a sua maneira de ver e ouvir música?

Eduardo. Emerson, Lake & Palmer, “Pictures at an Exhibition”. Uma obra marcante pra mim, em vários sentidos... Meu primeiro álbum de música clássica foi Quadros de uma Exposição de Mussorgsky, justamente para conhecer o original da adaptação do ELP que eu adorava. E foi batalhando em cima dessa partitura, inclusive, que aprimorei um pouco minha técnica (depois de apenas dois anos de aulas de piano clássico, que não me adaptei por fim continuei como autodidata).

2112. Acredito que apenas você, Amyr Cantúsio Jr., Patrick Wichrowski, Ronaldo Rodrigues e uns poucos mais ainda mantém acesa a chama do prog eletrônico no Brasil. Porque o estilo é tão pouco explorado por aqui?

Eduardo. Infelizmente, o ouvinte padrão do Brasil segue a grande mídia, e essa ignora música de qualidade. Existem muitos músicos excelentes, mas vivem em nichos específicos de pouco público – não só o prog, mas qualquer outro estilo que esteja fora do padrão massificado de hoje. Existem, ainda bem, sites que divulgam nosso trabalho, como o seu, mas de alcance infelizmente limitado. Porém, é a Música que acreditamos e fazemos de coração, o melhor que podemos – e com sinceridade, sem concessões!!
2112. Uma coisa que sempre me chamou a atenção no rock progressivo é a fidelidade dos seus fãs que beira ao culto. Vocês músicos/bandas nem precisam fazer maiores alardes para divulgar álbuns ou eventos que o público sempre chega junto. Acredito que só o heavy metal possuem fãs tão dedicados assim...

Eduardo. Sim, verdade. O Heavy e a ópera, kkk... Sou suspeito pra falar (ou escrever...), pois também sou fã incondicional desse gênero – mas é cativante!! Usa influências de todos os lados, clássicas, jazz, regionais, com uma roupagem rock, com num nível de elaboração apurado, e de uma pluralidade sem igual. Difícil enjoar de uma música que tem pouca repetição, busca o novo... Muito diferente do pop mais pegajoso das rádios, que pouco tempo depois esquece suas (fracas) músicas em função de outro produto igualmente descartável. O Prog (como toda boa música bem elaborada) não é efêmero, podemos ouvir hoje os clássicos de 30, 40 anos atrás com o mesmo prazer...

2112. Outro ponto positivo tem sido o surgimento de várias bandas comprovando o crescimento da cena, a renovação dos fãs e o que é mais interessante... tudo no maior sigilo. Eu vejo o prog como uma grande sociedade secreta...

Eduardo. Sim, um nicho, mas fiel!! Com a Internet, o acesso ao material musical ficou praticamente irrestrito, basta procurar pra encontrar grandes bandas, de hoje inclusive (não só dos saudosistas que vêem os anos 70 como única alternativa). Descobrir novidades num YouTube virou também uma busca bem legal, como era antigamente caçar os LPs nas lojas de discos...
2112. O Tau Ceti surgiu numa época que o punk, a new wave, o pós-punk, o pop eletrônico etc dominavam as paradas de sucessos de todo o mundo e o prog era visto como um movimento em decadência. Como foi os primeiros anos da banda?

Eduardo. O Tau Ceti surgiu em 1988, como consequência natural de minha banda anterior, o Antares (no fundo, a mesma banda mas com músicos diferentes). Eu tinha tentado tocar com todo mundo que conhecia, mas o Antares não engrenava muito... Aí tentei um anúncio no jornal, e apareceram dois garotos de 18 anos (eu tinha 25 na época). Meio descrente, marquei uma Jam... e tivemos  um entrosamento de imediato!! Foi uma época muito produtiva, tanto em aprimorar minhas composições da época do Antares como novas que surgiram, além de alguns covers que tocávamos em shows (principalmente ELP). Ficamos juntos até 1992, quando gravamos o CD “Tau Ceti”, que acabou saindo só em 1995, quando a banda já estava desfeita...

2112. A início vocês se chamavam Antares mas por causa da banda homônima de metal mudaram para Tau Ceti. O que realmente significa o nome?

Eduardo. Tanto Antares como Tau Ceti são nomes de estrelas. As capas dos dois álbuns do Tau Ceti mostram planetas com uma estrela dupla ao fundo...
2112. Desde o princípio a idéia era formar uma banda totalmente instrumental ou você cogitou em algum momento incluir um vocalista? 

Eduardo. Não, a primeira versão da banda tinha duas vocalistas!! Duas de minhas composições do primeiro “Tau Ceti”, Andarilho e A Divina Comédia, tinham letra – e em “Meus Dois Mundos”, D’Elbook is on the Table também teve letra... O Antares já era instrumental, primeiro um trio mas depois um quarteto (com a inclusão de um guitarrista), a formação fixa de trio teclado-baixo-bateria só instrumental veio com o Tau Ceti mesmo.

2112. Mas e se aparecesse uma cantora interessante como a Enya... rolaria alguma coisa?

Eduardo. Seria uma experiência interessante, sem dúvida... Em “Boto”, a terceira música de “Meus Dois Mundos”, com seu clima etéreo, uma vocal do estilo dela seria incrível...

2112. Em 1992 vocês fecharam contrato com o selo Faunus Records para a gravação do primeiro álbum. Como surgiu o primeiro contato?

Eduardo. Em 1991, nós fizemos o show de fechamento de um Festival de Música no bar Persona (na r. 13 de Maio, em SP), e o “Zé do Disco” Grijó, da Faunus, era um dos jurados. Ele se interessou por nosso trabalho, e começamos a conversar. Ele vinha de um lançamento de bom reconhecimento na época, o Quaterna Réquiem, e seu selo tinha boas perspectivas, principalmente para o mercado europeu, onde ele negociava bem com selos independentes de lá. Para nós foi uma realização, claro – um pouco difícil de concretizar, mas depois deu certo.
2112. Em função do orçamento vocês tiveram que praticamente fazer milagres para terminar o álbum. Qual a sua opinião sobre o trabalho como um todo?

Eduardo. Levando em conta as condições, de tempo corrido em função do orçamento, acho que, hoje, à distância, o resultado ficou bem satisfatório. Claro que tem muitas coisas que gostaria de ter refeito, aprimorado – mas fizemos bastante pra quem nunca tinha entrado num estúdio antes. O próprio Zé do Disco tinha sua primeira vez como produtor... Algumas coisas são engraçadas, como uma hora que perdi a paciência, e tirei o (fraco) técnico de som da cadeira e executei eu mesmo a mixagem de algumas músicas... Mas gosto do álbum, e tenho um carinho muito especial por essas músicas, tanto em termos das composições em si, como pelo idealismo que nos levou a esse trabalho – sem concessões de qualquer tipo.

2112. Depois teve problemas envolvendo falta de grana para bancar a masterização e a prensagem do álbum que só seria lançado 1995. Tudo isso é muito frustrante, não?

Eduardo. Sim, foi frustrante, mas não teve outro jeito. A Faunus, por problemas realmente complicados, ficou sem poder investir no LP que deveria sair logo depois, em 92 mesmo. Acabou, depois de se estabilizar um pouco (mesmo assim foi o último lançamento do selo), e de forma muito legal conosco para cumprir o combinado, lançando o álbum em 95 – e, na época que o CD estava imperando, o álbum não saiu em LP como combinado, mas direto em CD. A banda tinha se desfeito em 92, e acabei fazendo o lançamento do álbum num show solo, programando o baixo e bateria em MIDI...
2112. Em meio a esse furacão o Tau Ceti sobreviveu graças a sua teimosia, não é?

Eduardo. Sim, o cabeça-dura aqui não desiste facilmente... Sonhos são nosso alicerce, nossa razão de prosseguir... E, mesmo sendo um músico limitado e nem sequer profissional do ramo, a música é minha grande paixão. Quando não tinha mais banda, eu programei uma pra mim no computador e continuei com meu trabalho...
2112. A banda com trio sobreviveu até meados de 1992 quando fizeram um show de despedida. Sem cd lançado você continuou sozinho programando o baixo e a bateria para suprir a falta de músicos. Você chegou em algum momento pensar em desistir da carreira?

Eduardo. Até então, não. Eu queria prosseguir, era muito importante pra mim. Depois até integrei outra banda, mas chegou um momento que efetivamente acabei parando, em 2003, pra só retomar em 2016... Na época eu estava com muitas viagens a trabalho pelo lado engenheiro, nasceu meu filho, o tempo estava curto e a expectativa musical ruim, e acabei parando... Mas foi um erro, e minha retomada há poucos anos só me confirmou ainda mais isso!

2112. Depois de muita luta você é convidado a participar do Moonshadow. Como o convite?

Eduardo. Eu tinha uma página na Internet, e eles me acharam por lá. Era uma banda de rock mais tradicional, e precisavam de um tecladista. Fui tocar com eles um dia, achei interessante o som, mas conversei que queria mexer bastante nos arranjos. Tive essa liberdade, e o som mudou razoavelmente, aproximando o som da banda de um neo-prog, lembrando até um pouco o Marillion da fase Fish.

2112. A Moonshadow ao contrário da Tau Ceti seguia a linha do movimento neo-progressivo que adicionou elementos da música pop a sua fórmula original além de encurtar o tempo da músicas. Como músico e também como fã, você gostou dessas mudanças?

Eduardo. Na verdade, foi um pouco ao contrário. Era uma banda pop-rock que eu acrescentei alguns elementos de neo-prog, kkk. E no início funcionou bem, estávamos todos contentes com o rumo da banda, muitos shows (mais do que tive com o Tau Ceti), e a gravação de um CD/EP, “Tales from Soul” em 1999, de produção independente. Minha participação no CD ficou bem razoável, eu acho...
2112. Você gravou apenas um álbum com a banda e depois de um certo tempo saiu. Soube que você queria continuar fazendo prog enquanto Clayton e Rodrigo algo mais ligado ao rock’n’roll e ao hard. Isso é real?

Eduardo. Sim, as opiniões foram mudando. Eu achava que essa etapa do Moonshadow era o início de uma guinada mais forte para o prog, mas não era unânime. Parte da banda, ao contrário, queria um rock mais clássico, e acabei perdendo o interesse e saindo. O Moonshadow continuou, com outras mudanças de formação, e somos amigos até hoje – o rumo musical é que divergiu.

2112. Vejo que uma banda para dar certo precisa que todos tenham os mesmos interesses para não perder o foco, não é?

Eduardo. Sim, e é muuuuuito difícil. Cabeças pensam diferente, e tem que haver um grande respeito para saber aceitar e mesclar essas diferenças. Diferenças que podem ser de um determinado tamanho num dado momento, mas aumentar até o ponto de ruptura com o passar do tempo...

2112. Foi após a sua saída do Moonshadow que você resolveu reformular o Tau Ceti. A início o que você tinha em mente?
Eduardo. Retomar a banda exatamente como tinha parado, mas agora como trabalho solo. Foi a fase que comecei a trabalhar em material novo, que viria ser, anos depois de ficar na gaveta, “Meus Dois Mundos”. Isso foi de 2000-2003.

2112. Sua esposa andou cantando em alguns shows. Você pretende mantê-la na banda?

Eduardo. Na verdade, foi só uma participação especial, cantando algumas músicas de um show solo basicamente instrumental.

2112. Não seria interessante produzir algo nos mesmos moldes do álbum Focus On Proby?

Eduardo. Se achasse um vocalista que topasse esse tipo de trabalho... Mas não no estilo de Proby, não aprecio muito...

2112. Apesar de estarmos numa trincheira tentando vencer o corona vírus quais são os seus projetos para os próximos meses?

Eduardo. Na quarentena forçada, pretendo primeiro me por em forma de novo, estou muito destreinado. Depois, talvez começar a escrever novo material...

2112. Entre Dois Mundos será lançado no exterior?

Eduardo. Em CD não, apenas minha produção independente local. Mas o CD está em desuso, e nas plataformas digitais de Streaming, já está presente (inclusive os dois álbuns do Tau Ceti, não só o novo). Por causa de um homônimo sueco, em Streaming, apareço com “TAU CETI – Brasil”
2112. Qual o e-mail para a aquisição dos cds e contratação de shows?

2112. ... o microfone é seu!

Eduardo. Queria agradecer a oportunidade dessa conversa com você e os amigos do 2112, sempre bom falar do assunto que é nossa paixão, a Música. Aos que se interessaram, será um prazer compartilhar meu trabalho com vocês, seja no meu Facebook, canal do YouTube ou Streaming, links abaixo. Não sou um músico profissional, mas faço meu melhor pela Música que tanto adoro!! Abraço a todos!!

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