O blog 2112 foi formado com intenção de divulgar as bandas clássicas de rock, prog, hard, jazz, punk, pop, heavy, reggae, eletrônico, country, folk, funk, blues, alternativo, ou seja o rock verdadeiro que embalou e ainda embala toda uma geração de aficcionados. Vários sons... uma só tribo!



quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Entrevista Orlando Azevedo


Já tive o prazer de entrevistar o baixista Carlão Gaertner e agora é a vez do batera Orlando Azevedo da lendária banda A Chave abrir o jogo. Foi um papo direto, sem muitos rodeios sobre a banda, sobre a convivência na famosa Casa Branca, a cena da época, o fim da banda... Enfim, outra entrevista histórica!!   

2112. Me responda uma coisa que outras bandas você participou antes de integrar a banda A Chave?

Orlando. A Chave foi minha primeira grande banda e grande amor. Nossa logo era um buraco de fechadura que se transformou num anjo e logo depois satânico. Eu criei a logo pois A Chave em seu início vivenciou pra valer o peace and love e o flower and power revolution!

2112. Infelizmente o rock brasileiro 60/70 tem poucos registros de suas bandas e o que existe gera muitas dúvidas. O que mais marcou a sua vida naquele período?

Orlando. O início da porrada com antenas dispersas em vários pontos do país. Porto Alegre, por exemplo, sempre foi uma porrada em suas artes e manifestações. Quando a guitarra elétrica gritou feito uma cigarra foi um Deus nos acuda. Um relâmpago no país do samba e da bossa nova. Era um sacrilégio e uma heresia. Até parece ou parecia mas a revolução já estava no ar. Grandes festivais convocando milhares num mesmo pensamento. A revolução. Aqui no Brasil a jovem guarda com toda a galera que sabemos e, com um Roberto Carlos gritando "quero que tudo o mais vá pró inferno" Festa de arromba do Erasmo, Jet Blacks, Renato e seus Blue Caps. Era o grito. Havia uma sintonia e identidade. Um pacto de sangue e de vida. Uma crença inabalável e muito forte. Neste período o que mais me marcava era como se conseguia produzir e tocar em equipamentos roots e precários demais. Tudo era difícil e muito caro. Hoje temos um elenco de ofertas e diversidades que era impossível pensar. Os Tremendões, teclados Caribean... batera Gope e Pinguim. Baquetas não havia opção. Mas se fazia e produzia. O mundo todo estava em transformação e o rock era o grito universal e comum.

2112. Você acha que existe um certo glamour ou exagero quando se fala daqueles anos ou eles foram realmente mágicos?

Orlando. A grande magia acima de tudo era a sintonia e sinfonia que rasgara o casulo. O palco e os músicos eram a representação desse pulsar do coração e da grande convocação. Eram o retrato do outro. O grande canto. A grande alquimía.

2112. Ouvindo os discos da Chave achei sua batida bem no estilo do Bill Ward do Black Sabbath. Quais bateras foram decisivos na sua formação?

Orlando. Minha grande influência foi Charlie Watts em seu início e depois o John Bonham do Led. Um batera mais do que perfeito e com bom gosto e talento único. Os Stones e Charlie Watts pela precisão concisa da batida. Não há como ficar parado. É ligar na tomada e fazer ligação. Kenney Jones dos Small Faces e speed & loucura e performance Keith Moon.

2112. Atualmente tem alguém que te chama atenção?

Orlando. Já vi muita coisa legal no canal bis por exemplo. Tem muita coisa boa. Hoje temos acesso a tudo de informação, de técnica e a altos equipamentos. Mesmo aqui em Curitiba tem muitas bandas boas. Contudo, o grande problema é ter o que dizer como antena... Aí a barra pesa mesmo. Música sempre será a antena de uma geração. Sua voz e seu canto. Como a barra é pesadíssima mesmo que a loucura seja um forte componente muita coisa se perde... some e evapora. O mundo da música se transformou completamente e para segurar a barra há que gerar shows que só vão render se existir fama e mídia. É uma contradição e a real. Hoje tudo se baixa e pirateia em todos os níveis de expressão. Ainda nem mixou e já está na poeira cósmica

2112. Que conselhos você daria como sendo fundamentais para quem está começando a vida de músico?

Orlando. Humildade e determinação. Garra e coragem. Muito treino e estudo. Não se isolar como músico e conviver com todas as manifestações de arte. Cinema, literatura, teatro etc são essenciais ao corpo da alma

2112. Meu primeiro contato com o rock'n'roll foi através do single disco Let's Spend Tonight Together/Ruby Thuesday dos Rolling Stones e mais tarde Led Zeppelin II. E o seu?

Orlando. A banda inglesa de Shadows com Cliff Richard depois Ventures que na real eram muito mais instrumental mas, já havia a guitarra elétrica e o balanço das horas incontáveis: https://www.youtube.com/watch?v=fnaVtx2kF54. Contudo já antes Elvis e Bill Halley com que tocamos e abrimos shows tinham ascendido o rastilho da batida do beat. Down beat. O rasgar do blues e seu andamento e batida pulsante e dançante. Rock around the clock, Satisfaction, Whole lotta love, God save de Queen, Sex Pistols, Ramones, Nirvana e Rage Against são marcos! Jamais imaginara que tocaria ao lado do velho Bill Haley e seu pega rapaz. Ao terminar nossa apresentação ele chegou para mim inteiramente suado e me disse: "My god,speed king", e me apertou a mão. Nunca mais esqueci. Foi o maior elogio que recebi em minha vida.

2112. Você tinha acesso a discos ou como eu ouvia na casa dos amigos ou fazia cópias em fitas K7?

Orlando. Nos anos 60 viajava todo o ano de férias para Lisboa e de lá trazia altos discos que muitas vezes só aqui chegavam muitos meses depois. Ou seja, o repertório inicial do grupo que tinha outro nome e seu repertório estava muitos anos luz na frente

2112. Como você entrou para A Chave?

Orlando. No colégio dos jesuítas aqui em Curitiba e logo que cheguei ao Brasil conheci o empresário de um grupo chamado Jetsons - José Luís Pinto Pereira hoje psiquiatra. Estudava no colégio Medianeira e já era o diretor de ação do cultural do grémio estudantil. Me convidaram para ser o diretor artístico do grupo após ter ido num ensaio. Tudo mudou, desde repertório até figurino. Voltei para Lisboa em 68 para estudar direito mas na real ia direto para a night ouvir blues e ver outros grupos como os Sheiks. Ouvia Ottis Redding sem parar, por exemplo. Meus pais tinham ido para Madagascar e os integrantes do grupo pediam meu retorno. Uma namorada e o grupo me fizeram retornar em caráter definitivo. O Brasil hoje é minha pátria embora seja açoriano nascido numa das ilhas do arquipélago. A Chave nasce da criação de uma campanha de lançamento tendo figuras decisivas em sua saga. Nasce da indagação que cobriu a cidade com cartazes com apenas texto perguntando "Você sabe o que é A Chave? Qual a diferença entre a chave, um elefante e um micróbio gigante? Fora vizinho e amigo de Aluizio Finzetto diretor artístico do Canal 6/TV Tupi. Pedi um help e ele manda o produtor e diretor Valêncio Xavier (que veio a ser o criador da Cinemateca de Curitiba e grande escritor) assistir um ensaio de A Chave. Deste modo A Chave nasce com um programa semanal de TV dirigido pelo Valêncio Xavier e nós participando como músicos criadores e atores numa peça de teatro da Denise Stocklos. Foi uma pancada já com músicas próprias como embrião embriagado, poema de Camões musicado numa série de inesquecíveis programas na TV na loucura de Valêncio Xavier cuja oficina era na real uma imensa piscina de gelatina. Contudo A Chave ainda tocava bailes shows e num reveillon o baterista italiano Jean Franco some e dá o cano num reveillon na cidade de Palmeira onde o grupo nasceu. Ia ser um caso sério e de morte. Subi na batera e como já tinha uma boa noção enfrentei o ringue e assumi em caráter definitivo o posto de baterista. Rápidamente peguei a performance da batida porrada do rock além da performance de palco num a incorporação do Keith Moon. Chegamos a tocar dez horas seguidas pois nosso empresário era barra - Paulo Hilário que criara Os Metralhas onde tocava baixo. Eram covers dos Beatles. Fechava um contrato atrás do outro. Éramos movidos a anfetamina com uma performance de palco muito boa mesmo. Paulinho era um demônio na guita. Um virtuose!

2112. Vocês vivam numa espécie de comunidade com vários tipos de atividades artísticas. Devia ser bem interessante...

Orlando. Do que seria uma república de quatro também estudantes Ricardo Voight, Fernando Bittencourt, Carlos Gaertner e Celso Ferraz nasce a casa branca onde é montado um super estúdio super eficiente em seu isolamento acústico para os ensaios diários de A Chave, estúdio de gravação que vendia fitas K7 piradas e selecionadas, laboratório de cinema e fotografia; atelier de artes gráficas e laboratório de texto. Na real a intenção surgira da idéia de criar um laboratório de comunicação e criação A Chave onde todos os pulsares artísticos fossem um só coração e ação. Todos criariam projetos conjunto que envolvessem as diversas linguagens. Havia logo na entrada uma super galeria do grande pintor Rones Dunke que praticamente integrava A Chave. A Casa Branca que tinha todo o seu telhado pintado de branco e numa ironia à casa branca americana passa a ser ponto de convergência dos inquietos dessa geração e numa barra muito pesada pois éramos vigiados dia e noite pela delegacia antitóxicos. Nossas letras eram quase todas censuradas

2112. Nessa ebulição cultural onde entra o poeta Paulo Leminski?

Orlando. Eram umas quatro da matina quando batem na janela de meu quarto na Casa Branca. Era o Paulo Léminski com outro fotógrafo já falecido Haraton Maravalhas e um psiquiatra chamado Psico. Bom foi amor ao primeiro baseado e para quem conheceu Léminski sabe bem o quão sedutor era e envolvente. Já sabia bem da história dele mas não o conhecia. Existira um importante grupo em Curitiba de intelectuais chamado Áporo que Léminski integrara antes de ir par o Rio. Por outro lado eu pensava em musicar Alice no país das maravilhas. Paulo também. Iniciamos um convívio diário junto com Alice Ruiz + Aurea e Miguel Angelo atravessando noites regadas a muita criação e loucuras. Nasce o projeto em prol de um português elétrico com músicas criadas de nossa safra e seara com dezenas de músicas na letargia do tempo como povo desenvolvido, é povo limpeza/Mulher interessante/ Aqualung etc etc

2112. Ele foi uma influência decisiva na vida da banda e de vocês, não é?

Orlando. Nós fomos uma super influência na performance intelectual dele. A primeira gravação de Léminski foi com A Chave. Mas como fomos contracultura e não acontecemos em nível de mídia só citam Caetano, Moraes Moreira etc... uma lástima de conivência com a omissão. Mas várias questões começaram a se acentuar na convivência - a ânsia de Paulo querer estar em todas e ser notório e famoso, a ligação que ele tinha com a bossa nova e samba e mesmo as letras não diziam o que nossa geração sentia e pensava inclusive politicamente. Claro que era um bom poeta embora sua melhor obra seja o Catatau que ninguém lê. Mas as letras de nossa lavra eram mesmo imbatíveis como o hino e porrada Meu oficio é o rock and roll, Raquel, Mulher do Presidente, Sexo por telefone, Vai à luta, Beco das Garrafas, Socorro, socorro

2112. Não é novidade que naquele período houve muita retalhação nas letras, shows... por causa da censura. Vocês tiveram algum problema com os títulos/letras de A Bruxa e Blue Satanás?

Orlando. Por incrível que pareça com essas não mas com quase todas as outras sim. Eram simplesmente censuradas e mutiladas!

2112. Em 1977 vocês gravaram seu único registro fonográfico o single Buraco no Coração e Me provoque pra ver. Como foram as gravações?

Orlando. Eduardo Araújo conhecia o som da banda e, generosamente, cedeu de graça seu estúdio para que gravássemos duas baladas que nem eram muito a cara de A Chave. Jamais esquecerei o dia da gravação que teve a participação especial do inesquecível e genial Manito (ex Incríveis, Casa das Máquinas, Made etc etc) com sax e piano. São as únicas músicas e gravações que permitiriam remixar. Essa gravação só ocorreu graças a Eduardo Araújo ou não fosse o bom demais

2112. Vocês mesmo fizeram os arranjos?

Orlando. Todos os arranjos eram de A Chave e de modo particular há que destacar a genialidade do virtuose Paulo Teixeira guitarrista que estava para A Chave como o Keith para Stones. Mas antes tivémos um tecladista Eli Pereira Alves formado em piano clássico crente e careta total mas gênio. Era um super arranjador. Detonávamos ao tocar In a Gadda da Vida

2112. Hoje este single se tornou um ítem raro sendo disputado a tapa no mercado negro. Vocês nunca pensaram em relançá-lo?

Orlando. Na real o que ocorreu e depois penso que deixamos o mistério surgiu um CD pirada impecável e bem feito que eram vendido na feira de vinil em Sampa. Claro que era um pirata com várias músicas que surgiu a partir de uma fita de gravação que havia sido deixada no carro do Pisca guita da Casa das Máquinas. Uma pena pois era uma fita mono e não dá para remixar. Por sugestão de Marcia mulher de Paulo Teixeira resolvemos piratear o pirata e prensamos 500 que sumiram numa semana. A Chave foi para mim um projeto de vida criativa e um ciclo que se encerrou.

2112. Vocês não tiveram tempo de gravar um álbum inteiro mas em 2004 vocês foram surpreendidos com um bootleg que trazia trechos de um show e o single de bônus. Qual foi a sua reação?

Orlando. Fiquei surpreso demais e ao mesmo tempo feliz pois era muito bem produzido. Não acreditava no que via ao pegar o CD.

2112. Você tem idéia de quem prestou esse bom serviço ao rock brazuca?

Orlando. Penso que o responsável tenha sido o super guita Pisca do Casa das Máquinas que cedeu essa fita para alguém que desconheço até hoje. Quem sabe poderia se revelar. Na real ressuscitou A Chave da letargia do esquecimento pois mesmo os programas raros sobre o rock no Brasil foram super omissos e negligentes. Não foram sérios e fruto de oportunismo barato e leviano!

2112. A qualidade não é das melhores mas dá para sentir o quão fodaços eram os shows da banda, não é?

Orlando. Penso que dá para sentir sim. Claro que a deficiência da gravação se faz sentir mas da mesma forma se faz sentir o speed e pegada. A Chave foi sem dúvida muito prematura como o foram os Mutantes em seu início mas não em sua continuidade viajante.

2112. O público reagia a altura do som da banda?

Orlando. O público ia ao delírio e existem fatos surreais. Tivemos falsificação de ingressos para grandes shows que realizamos no Palácio de Cristal do Círculo Militar em Curitiba. No clube Sírio Libanês em Curitiba a moçada adentrava pelo telhado pois não comportava mais público em seu interior. Quando A Chave tocava "A coisa era pra matar" e muito, muito antes de Planet Hemp o palco ficava forrado de pontas de baseados que recolhíamos após e detonávamos

2112. Existe um outro bootleg com um show de 1975. Você conhece esse?

Orlando. Sim conheço e penso que até é melhor do que foi usado no CD pirata. É de um show em Londrina que realizamos junto ao Made com quem fizemos diversas incursões. Só que éramos muitas vezes melhores, quer na música, quer na performance em palco. Com todo o respeito ao Osvaldo mas não dava prá saída nem para comparar era outra vibe e postura. Embora respeite a resistência deles.

2112. Como era a cena na época? O que você destacaria como importante e que passou despercebido aos olhos de muitos?

Orlando. As bandas eram cometas isolados. Tinha admiração pela banda O Peso que para mim é um marco no rock brasileiro. Eram muito bons!

2112. O que levou a banda encerrar carreira?

Orlando. A Chave encerrou seu ciclo de uma década tocando com a mesma formação num lacônico show Socorro, socorro (de uma super música e letra) num minúsculo teatro TUC em Curitiba. Se encerrava um ciclo onde se acentuaram diferenças pessoais e profissionais. Ivo estava cada vez em seu solo e depois adentrou o Blindagem que nunca foi rock. Aliás até hoje nem sei qual é a praia deles, pois não têm o que dizer. Muitas vezes me dá a sensação de ser um grupo sertanejo pois nem caipira é. Mas tem quem goste e aplauda. A banda encerrou pois era impossível sobreviver da banda mas, acima de tudo por diferenças éticas e estéticas na formação de cada um.

2112. Vocês se reuniram alguns anos depois mas infelizmente acabou não dando certo. O que realmente houve?

Orlando. Fizemos uma única apresentação para celebrar o CD pirata mas já não havia mais liga. Ivo só subiu no palco com seu pagamento antecipado. Não havia mais tesão e pairava o ranço da mágoa e do caráter. Sinceramente hoje sinto pena de ver o que o caminho da vida lhes concedeu. Absolutamente inexpressivos e fake. Uma lástima!

2112. Depois do fim da banda você continuou tocando ou largou tudo?

Orlando. Tinha uma Ludwig Octaplus que na época pagamos US$20,000,00 doletas. Loucura! Baquetas trazia ou mandava vir de fora. Hoje de vez em quando dou uma pegada numa Pearl que é de meu filho mais novo que tocava pra caralho mas não quis mergulhar na grande aventura da música. Ele é super designer e responsável pela Editora Voar. Voltar a tocar será sempre um grande prazer mesmo que haja cheiro de naftalina no ar. Acho que meus interesses que sempre o foram são definitivamente outros. A fotografia que para mim é sinónimo de poesia e música é meu palco iluminado e regido pela luz. O palco da mediocridade do ego não me interessa muito menos estar ao lado de quem se acha gênio e é nada de nada

2112. Você tem idéia de quantas composições existe guardada esperando por um registro?

Orlando. Algumas boas dezenas de composições mas irão se perder como teriam se perdido as que constam no pirata. Toda a noite entrávamos no estúdio e ensaiávamos diáriamente cerca de seis horas

2112. Muitas bandas daquele período estão retornando suas atividades lançando inclusive novos trabalhos e aí fica aquela pergunta que não quer calar: Você toparia fazer alguns shows?

Orlando. Até pensamos em fazer uma jam terapia. A Chave mesmo depois de se encerrar como quarteto teve como formação um trio - Carlos Gaertner no baixo, eu na batera e Celso Blues Boy na guita e vocal. Este era um trio realmente foda e nunca A Chave esteve tão perto de ser e acontecer. Mas após dois meses diários de ensaios e um som porrada, mas porrada mesmo jogamos a toalha. Carlão bancava o Celso mas não deu para segurar. Tinha atingido uma super performance e destreza como batera. Todos tocávamos muito mesmo. Celso Blues Boy era foda e uma presença carismática no palco.

2112. ... ou quem sabe gravar um cd/dvd para deixar como registro oficial para as novas gerações?

Orlando. Já foi pensado pelo menos em ensaiar e gravar decentemente e com qualidade técnica. Quem sabe! Eu e Carlão nos relacionamos bem, Paulinho está na trip dele e na escolha dele e do que é. Seria essencial a presença do grande músico que ele e cuja performance perdeu por razões óbvias. Só não vê quem não quer!

2112. Como disse acima foi um prazer enorme entrevistá-lo, saber o seu ponto de vista da história desta grande banda e dizer que o microfone é seu...

Orlando. Viva o rock still alive and well!

 


Junto a entrevista eu recebi algumas fotos do ainda inédito próximo livro do Orlando. Espero que vocês apreciem esta oportunidade de conhecer o outro lado deste grande baterista e mesmo de se encontrar com as nossas raízes. Boa viagem!   
 
 
 

Próximas entrevistas...

 

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