Pepe Bueno na minha opinião produz hoje
uma das melhores músicas desse país. São rocks e baladas carregadas de muita
poesia e uma rica textura musical que gera um som super bacana para ouvir
dirigindo, pedalando ou mesmo numa caminhada. Yes, nós temos rock de
qualidade!!
2112. Desde que você postou o vídeo com a
gravação do Hammond em estúdio que eu estou inquieto, ansioso para ouvir o seu
novo trabalho. Que bela sacada, cara!
Pepe. Valeu cara,
venho mostrando nas redes sociais o dia a dia da gravação, é um jeito legal de
eu mostrar como venho gravando o disco. E tenho a sorte de estar gravando boa
parte do disco no sensacional Orra Meu Estúdios, o que possibilita eu banhar o
disco de Hammond.
2112. Há muito que as bandas abandonaram o
uso de órgãos o que é uma pena. Sinto muita falta do instrumento nas bandas
atuais...
Pepe. É questão de
arranjo né e gosto, eu gosto muito (risos), no disco passado o Alberto Sabella
havia tocado no disco todo, nesse o Rodrigo Hid, colocou umas teclas também,
essa dupla é da pesada.
2112. Confesso que fiquei decepcionado
quando o Deep Purple lançou Perfect Strangers dando ênfase a um som mais
moderno limando os famosos Hammoond do mestre Jon Lord em favor de
sintetizadores. Na minha opinião é a pior fase da banda... de “influência”
passaram a “influenciados”!
Pepe. Eu gosto do
disco, lógico não é meu predileto, mas tem músicas bem legais. Sobre os sintetizadores
se bem colocados, ficam legais, é questão de linguagem e fazer o que a música
pede.
2112. Mas como anda as gravações do novo
álbum? Dá para comentar alguma coisa?
Pepe. Estou
terminando, espero rs. Gravar um disco é difícil, porque requer cuidado nas
performances e depois ver se suas ideais condizem com os arranjos, mas estou
bem feliz com o disco. Como disse antes, estou postando uns vídeos das minhas
aventuras nos estúdios.
2112. Você quando vai para o estúdio já
entra com tudo esquematizado ou muita coisa é trabalhada de acordo com o
andamento dos trabalhos?
Pepe. Normalmente
com Os Estranhos, só venho com o esboço da musica esqueletado, depois a música
vai surgindo, vem dando certo.
2112. É você mesmo quem faz os arranjos?
Pepe. Não, é um
arranjo coletivo. Faço sugestões, mas muitas ideias surgem dos músicos que
estão tocando.
2112. E quem está produzindo o álbum?
Pepe. Eu e o
Gabriel Martini, que vem de dois trabalhos incríveis com o Guilherme Arantes e
tocou em muitos shows comigo nos Estranhos, um parceiro fantástico que só posso
agradecer e venho aprendido muito com ele.
2112. As composições incluídas neste novo
trabalho são todas inéditas ou você retrabalhou algum material não aproveitado
em outros álbuns?
Pepe. Tem duas
músicas antigas nesse álbum, uma da época de uma banda que eu tinha com
Marcello Schevano e se chamava Soulshine, ele inclusive faz uma guitarra
espetacular nesse som. E uma outra parceria minha com Rodrigo Hid, que fizemos
em 2004 ou por ai rs, ainda bem que gravamos ela no celular ou numa fita, daí
chegou a hora de gravarmos ela, um rock caipira.
2112. Pergunto isso porque recentemente
baixei um bootleg duplo do Pete Townsend contendo demos que iriam formar o
projeto Lifehouse mas que por motivos desconhecidos resultou no clássico Who
Next com apenas parte do material. O restante seria reaproveitado em álbuns
posteriores da banda e do próprio guitarrista, entendeu?
Pepe. Sim, as
músicas são compostas conforme o tempo e as vezes não são aproveitadas no
momento da composição.
2112. Você tem o hábito de compor com
certa frequência?
Pepe. Sim, sempre,
é uma necessidade que sinto, sempre estou com o violão por perto.
2112. Outra coisa... Robert Plant evitou por
um bom tempo incluir material do Led Zeppelin em seus shows. Você também evita
incluir músicas do Tomada em seus shows ou nunca teve problemas com isso?
Pepe. Claro, no
show do lançamento do meu disco “Eu, o estranho”, toquei Catarina. Tem muita
música legal do Tomada que posso incluir nesse meu novo show.
2112. ... de uma certa maneira os fãs
esperam por isso, não é?
Pepe. Sim, claro. É
uma opção do artista tocar ou não, a vida é cheia de caminhos né? Precisamos
respeitar e seguir em frente.
2112. A Tomada tem prazo para voltar ou no
momento a sua carreira solo é prioridade?
Pepe. Venho
conversado com o Alpendre sobre isso, podemos entrar em estúdio nesse ano
ainda, mas não estamos com prazos e urgência, mas temos umas músicas legais pra
serem tocadas e gravadas, vamos ver se rola.
2112. O novo álbum já tem nome? Há projeto
de lançamento de singles e vídeo clipes?
Pepe. Devo lançar
um single antes do lançamento do disco, logo depois do Carnaval. Estou montando
o making of das gravações do disco, já está com 7 minutos rs, vai mostrar os bastidores
da gravações. Deve rolar ao menos um videoclipe para o disco, mas não sei qual
música e como vai ser. Tem um nome sim, mas ainda não sei qual é. rs
2112. Já existe uma prévia para o lançamento
do álbum?
Pepe. Espero que
seja nessa década ainda rs. Deve sair em Abril pelo selo Curumim Records.
2112. Obrigado pela entrevista, pela
disposição em responder as perguntas... o microfone é seu!
Pepe. Valeu o
espaço, fica aqui meu agradecimento as guitarras de Pi Malandrino, Marcello
Schevano, Roy Carlini, Moko e Hid, as bateras de Junior Muelas e Gabriel
Martini, as teclas de Rodrigo Hid, Xande e Alberto Sabella, as vozes de Caio
Lobo, Fernando Ceah, Chico Marques, Xande Saraiva e Hid e ainda podem ter mais
participações. Aos estúdios Orra Meu , Curumim, Area 13 e Carlini’s Estudios.
Bom é isso, com certeza esqueci de alguém, daqui a pouco meu telefone toca.
Crédito das Fotos: Cris Jatoba
Curumim Records, o novo selo dos Estúdios Curumim
Gravadora investe em novos
artistas e resgata discos clássicos
Entre os estúdios mais tradicionais de São Paulo, o Curumim
completa 30 anos de muita história. E pra comemorar 3 décadas de contribuição
com a música brasileira, o estúdio reativa o seu selo, Curumim Records,
agora sob a direção de Pepe Bueno (Tomada, Pepe Bueno & Os
Estranhos), Fernando Ceah (Vento Motivo) e Chico Marques (8080,
Flying Chair).
A gravadora estréia com o relançamento, já disponível nas
plataformas digitais, de toda a discografia clássica do fundador dos Titãs, Ciro
Pessoa, com os álbuns No Meio Da
Chuva Eu Grito Help, Em Dia Com
A Rebeldia, o até então inédito Batuque
Aqui, além do clássico e raro álbum Fósforos de Oxford, da lendária banda Cabine C, que Ciro
formou logo depois de deixar os Titãs.
Entre relançamentos e material inédito, incluindo algumas
preciosidades do acervo do estúdio, a Curumim Records promete muitas
novidades para os próximos meses.
Já está programado para o dia 22 de fevereiro o lançamento do
single duplo Ciclorama / Entre a
Serpente e a Estrela, da banda Vento Motivo. As faixas são parte
do novo álbum da banda, Obras Cruéis,
previsto para o final de abril.
Dia 08 de março é a vez do novo lançamento de Pepe Bueno &
Os Estranhos, com o single Não
Muda Mais (você é uma maluca), o primeiro do novo álbum de Pepe, agora
acompanhado pela banda Os Estranhos.
No dia 22 de março, o selo lança nas plataformas digitais os
álbuns Al Ataque e Metalrock, da cultuada banda uruguaia
Acido, pioneira do metal uruguaio, formada no início dos anos 80.
Além do trabalho de resgate de títulos importantes ainda não
disponíveis nas plataformas digitais, produções originais já estão em estúdio,
e a Curumim Records anunciará mais novidades em breve.
Instagram:
@curumimrecords
WhatsApp:
11 97126 4048
Vanessa
Anchieta.
Dia 08 lançamento do single Não
Muda Mais (você é uma maluca)
Próxima entrevista
Nenhum comentário:
Postar um comentário