O rock’n’roll é uma das manifestações musicais mais
democrática e mutante do planeta. E o que o Moby Jam faz é isso... continua
promovendo essa mutação ao misturar várias influências a procura da própria
essência. Quem já ouviu o ep Sem Juízo, já participou de seus shows sabe a que
veio a banda. É rock’n’roll direto na veia...
2112. Podemos começar com vocês contando um
pouco da história da banda?
Moby Jam. A banda nasceu na cidade de Varre-Sai-RJ
no ano de 2006, formada pelo trio, Marcelo Vargas, Elson Braga e Augusto
Borges. Inicialmente, tínhamos o nome de Moby Dick, com o crescimento, veio a
necessidade de trocar e personalizar o nome, resolvemos criar algo único que
nos representasse, assim surgiu a Moby Jam, pois nosso som começou com
verdadeiras Jam’s... Gostamos muito de usar o termo “Rockfreestyle” para nosso
estilo de rock enérgico. Hoje a banda conta com o auxílio luxuoso nos teclados
de Gilberto Jorge Suhett, ganhando corpo e experiência.
2112. O Moby Jam investe em material próprio
o que dá maior credibilidade e autenticidade ao trabalho da banda. Como é o
processo de composição de vocês?
Moby Jam. Marcelo Vargas compõe a maioria das
músicas e Elson Braga cria algum material também, nos ensaios que são
verdadeiras jams, com os 4 a “magia” acontece, algumas melodias são criadas e
tudo se encaixa.
2112. Geralmente o que vocês trabalham
primeiro: a letra ou a música?
Moby Jam. Não há uma fórmula exata para criação,
as vezes criamos a melodia primeiro e a letra vai sendo montada aos poucos,
outras, melodia e letra prontas, até mesmo caso de letras antigas com melodias
novas se completando.
2112. Na set list dos shows vocês sempre
incluem releituras de clássicos do rock. Quais são as influências da
banda?
Moby Jam. Rock Clássico, Blues, Metal pesado...
cada um traz suas próprias influências para banda. Levamos um pouco da velha
escola para os nossos shows, Rolling Stones, Barão Vermelho, Hendrix, Lynyrd,
Paralamas, junto com nossas canções, essa mescla vem dando certo.
2112. Entre os clássicos tocados por vocês
qual nunca pode faltar senão a galera reclama?
Moby Jam. As nossas canções, Chuva Ácida, Sol,
Homem de Gelo, Purpurina, sempre aparece alguém lembrando de uma que ficou de
fora de um show.
2112. Já aconteceu do público pedir uma
música que vocês não ensaiaram? Qual é a saída nestes momentos?
Moby Jam. Por várias vezes... foram atendidos em
algumas ocasiões, quando julgamos ser “legal” rsrs... mas teve situações
constrangedoras, como, um ou outro “personagem” pedir sertanejo para uma banda
de Rock... rsrs, jamais serão atendidos...
2112. Vocês são bem conhecidos na região por
seus shows energéticos o que garante grande diversão para o público. Vocês tem
uma agenda muito agitada?
Moby Jam. Os trabalhos aparecem, TV’s, Rádios,
Festivais, mas gostaríamos de ter mais oportunidades... cenário do Rock no
geral...
2112. Como é a cena em Varre-Sai? Tem outras
bandas na cidade?
Moby Jam. Como tem, Varre-Sai se considerar a
quantidade de habitantes pela a quantidade de bandas que tem, dará uma
proporção grande de músicos... sabemos de pelo menos 7 bandas de rock e o forte
aqui é o “forró” rsrs... mas estamos mudando o panorama, a cidade já tem belos
festivais tradicionais que dão espaço para o Rock, como o Rock Noel, há 13
anos, Cevira RockFest, Motofests, o próprio festival do Vinho, Festa de Abril,
todos estes eventos dão espaço para o rock Local.
2112. Em 2014 vocês lançaram o primeiro
trabalho da banda batizado de “Sem Juízo”. O porquê desse título?
Moby Jam. Porque é bem a “nossa cara” rsrs... na
verdade foi o nome de nossa primeira música, Sem Juízo, resolvemos botar no
álbum, foi por onde tudo começou, os riffs nunca mais pararam...
2112. Vamos falar um pouco sobre as
gravações do cd. Quanto tempo vocês gastaram em estúdio?
Moby Jam. Fomos rápidos... até porque gravamos
em Teresópolis, levamos 2 dias... rsrs, sendo que 1 para gravar e mais 1 para
finalizar o vocal, depois, muito trabalho de mixagem, produção, escuta, volta,
escuta, até chegar no resultado perfeito.
2112. O que foi mais difícil em estúdio?
Moby Jam. Foi uma experiência fantástica, teve
até música inédita (O vôo)... não vemos como dificuldade, pois tocávamos há um
longo tempo nossas músicas, foi só relaxar e executar nosso trabalho. Tivemos a
parceria maravilhosa do Márcio Pombo e Felipe Marques, foi demais.
2112. Vocês já tinham alguma experiência com
gravações?
Moby Jam. O trio havia gravado um CD demo com 3
faixas, Marcelo Vargas possuía experiência com estúdios e indicou o Estúdio do
Pombo em Teresópolis, o que foi perfeito para o nosso momento.
2112. O resultado final agradou?
Moby Jam. Perfeito, o CD “bombou” nas críticas
especializadas, aparecemos na TV Record de Campos, entramos para o “time” da
Roadie Metal de Goiás, vários programas de Rádios, várias resenhas, inclusive
na Whiplash, 2 Moções honrosas da Câmara de Vereadores de Varre-Sai, duas
premiações em festivais e o mais importante, admiração, carinho e feedback
positivo dos fãns, o resultado foi uma premiação para o trabalho de todos nós.
2112. O tecladista Gilberto Jorge Suhett é
um músico tarimbado com muitos anos na estrada e que tem dado uma grande força
a banda. Ele será incorporado como membro oficial ou apenas fará participações
nos shows e futuras gravações?
Moby Jam. Já é de casa, mais um membro da
família Moby Jam, já participa das “brigas”... rsrs, como dizem: “ Tamo Junto”
na alegria e na tristeza.
2112. Vocês já participaram de vários
festivais e nos mais variados lugares... desde boates a pubs vocês estão sempre
marcando presença. É difícil manter uma banda na ativa?
Moby Jam. De certa forma é muito difícil, tem as
questões dos compromissos, da despesa, do tempo, todos temos ocupações
distintas, distância, estrada, cada um vive hoje em uma cidade diferente,
mas... quando fazemos o que amamos, tudo fica mais fácil... claro que há
discussões, mas os sorrisos superam, nunca pensamos no fim... precisamos de
mais oportunidades, queremos sempre mais shows.
2112. O que faz mais falta além de apoio dos
fãs. Patrocínio? Mais festivais? Mais bares? Qual seria a solução para um
circuito mais forte?
Moby Jam. Acho que de tudo um pouco, o
principal, a renovação dos fãs... o sertanejo se renovou... não gostamos, mas
renovou... o ritmo e o visual acompanharam o momento, enquanto o Rock, as
pessoas ficam ouvindo as mesmas bandas das “antiga” e tem muita gente boa por
aí... implorando espaço, só pesquisar. Torcemos por mais espaços para as bandas
locais, valorizem o músico local, menos burocracia aos espaços culturais, muito
difícil conseguir a documentação de liberação para eventos em Varre-Sai.
2112. Há planos para a gravação de um novo
trabalho? Vocês podem adiantar alguma coisa?
Moby Jam. Em fase final de composição, esperamos
entrar em estúdio no segundo semestre, vem pedrada por aí, o álbum está ficando
sensacional, no nível ou melhor que o primeiro CD.
2112. O que os amantes do rock’n’roll podem
esperar da Moby Jam para este ano?
Moby Jam. Muita Garra, Marcelo Vargas cantando e
rasgando a guitarra como nunca, Elson e Augusto quebrando tudo com um
entrosamento de peso na cozinha e Gilberto fazendo a cama com toda sua
experiência nos teclados, estamos com um lindo show e preparando um belo CD!
2112. Obrigado por vocês disponibilizarem um
tempo para responderem as perguntas... e dizer que o microfone é de vocês...
Moby Jam. Continuaremos na estrada... Convidamos
a todos para o show do Festival do Vinho de Varre-Sai, será uma grande festa!
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Agradecemos ao Carlos
Antonio Retamero Dinunci pela oportunidade e apoio de sempre ao rock e a todos
que nos acompanham, muito Rockfreestyle!
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