2112. Gypsy Tears é sem sombra de dúvidas um dos melhores álbuns instrumentais lançados esse ano. Fale um pouco sobre a sua concepção e gravação.
Thiago. Obrigado, meu caro. Entre idas e vindas, o álbum foi gravado em Belo Horizonte, no Home Studio Stanza, entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021. O produtor musical foi Arthur Luíz, que também tocou baixo e bateria. Todas as faixas são de minha autoria e são músicas que já carrego comigo há uns bons anos... Algumas, inclusive, há pelo menos 10 anos. O álbum perfaz uma série de conceitos, muitos deles conceitos gráficos (sou artista plástico e músico e, por isso, não consigo deixar de ver música como uma série de formas e cores), passando por climas e estéticas diferentes. É um disco de bases firmes e pesadas e, em suma, é um disco de guitarra.
2112. O álbum traz fortes influências setentistas. O que você ouve e é influência na sua música?
Thiago. Sempre ouvi muito rock dos anos 70, especialmente hard rock. Sou fascinado por bandas de hard rock do começo dos anos 70, muitas delas pouco conhecidas como Leaf Hound, Lucifer´s Friends e outras. Dá para perceber uma precariedade na gravação dessas bandas, mas isso concebeu às músicas uma estética meio “cinza” que eu adoro. É um desequilíbrio sonoro fascinante. Além disso, adoro Led Zeppelin. Acho que é a única banda da qual gosto de todos os discos, sem exceção. Para mim, aqueles quatro caras soam de forma mágica... Também adoro The Who, já inclusive tive uma banda cover de The Who. O disco deles de 1971, Who´s Next, é, na minha opinião, um dos 10 melhores discos de todos os tempos. Pinball Wizard, música do disco Tommy, mudou a minha cabeça assim que eu a ouvi. Por fim, não posso deixar de citar Guns n´Roses, banda fundamental na minha formação como músico. Eles eram viscerais demais, davam o sangue em cada nota. Acho, então, que as 3 bandas mais importantes na formação do meu som foram essas: Led Zeppelin, The Who e Guns n´ Roses. Rolling Stones também está lá, bem presente, bem de perto.
2112. Outro ponto que me chamou atenção é que você mandou mão no peso mas abriu mão dos atuais exercícios de velocidade. O peso é essencial mas um pouco de harmonia e lirismo, não faz mal a ninguém, não é?
Thiago. Procuro sempre fazer o que a música pede. Particularmente, não gosto muito dessas músicas muito fritadas, com solos estupidamente difíceis de serem executados e absurdamente chatos de serem ouvidos. Sei que têm seus méritos, mas isso não é pra mim. Nem para tocar e nem para ouvir. Gosto de peso e de solos com melodias. Tem vários trechos que removemos os solos e deixamos a música mais crua (em Papilon, por exemplo, retiramos alguns arranjos e solos que já estavam gravados e deixamos só a guitarra base gritar – que, por sinal, já estava fazendo um riff bem legal, qualquer solo por cima disso atrapalharia).
2112. Você tocou guitarra, violão, viola caipira e baixo e contou com a colaboração de Arthur Luíz na produção musical que ainda tocou bateria e baixo. Em algum momento você pensou incluir outros músicos para que pudesse se concentrar mais na guitarra?
Thiago. Eu fiquei por conta das guitarras, violão e viola caipira. Toquei baixo em City Sax Six Sex e em alguns outros pequenos trechos. Arthur tocou a grande maioria das linhas de baixo e fez todas as baterias. Eu fiz algumas sugestões de arranjos para estes dois instrumentos (baixo e bateria), além de também ter dito coisas do tipo “aqui tem que ser mais pesado, aqui tem que ser mais fritado, aqui vai na caixa, aqui vai nos pratos”... Mas foi isso, o grande mérito das linhas de bateria e baixo é dele. Mandou muito bem.
Não pensamos em incluir outros músicos nas gravações. Desde o início, a minha ideia era gravar tudo só nós dois, e logo de cara fluiu muito bem. Não tinha motivo para mudar isso. Talvez no próximo disco, quem sabe?
2112. Outro fator interessante é uso de viola caipaira em Cachoeira da Serra. Como foi trabalhar esses dois estilos tão distintos entre si?
Thiago. Cachoeiras da Serra está “guardada” há um bom tempo. Acho
o timbre de viola caipira lindo, caiu como uma luva nessa faixa, mesclando
muito bem com as guitarras. Esse é um dos riffs que mais gosto. Usei slide
durante as estrofes, como se fosse uma voz cantando, enquanto que a viola faz a
cama. Gostei muito do resultado, especialmente da explosão que a música tem da
metade para o final. Tentei tirar todo o timbre da viola durante o tema final,
explorando bastante cordas soltas e palhetadas bem aceleradas.
2112. Essa música é uma homenagem a fazenda onde você mora:
Cachoeiras Pé da Serra. Como surgiu a idéia?
Thiago. Isso surgiu de forma natural. Fiz o riff e pensei “poxa, isso bem que poderia ser o tema desse lugar aqui.” E assim foi, criei toda a estrutura da música e as melodias com essa ideia na cabeça. Ela tem um clima nostálgico que me traz muita paz.
2112. O brasileiro precisa ser menos preconceituoso com a sua cultura. Afinal todo estilo é compatível se usado corretamente, não é?
Thiago. Exatamente. Tem muita coisa a ser explorada, basta o pessoal passar a olhar com bons olhos.
2112. O Sepultura deixou isso claro em Roots e no show com o Zé Ramalho. No fundo rola mais desinformação que preconceito, você não acha?
Thiago. Acho que rola um pouco dos dois. Tem gente que acha que é um absurdo usar instrumento caipira no rock. Isso é de uma bobagem sem fim. Música é o maior legado da humanidade, esse tipo de preconceito não combina com toda a magnitude que a música é.
Thiago. Fiz a maioria dos arranjos, bem como a estrutura harmônica das músicas. Arthur contribuiu muito em vários pontos específicos, em especial na timbragem. Aliás, gastamos um bom tempo timbrando tudo, guitarras, baixo, bateria... Não queríamos deixar boas músicas se perderem por conta de timbres fracos e sem graça. Precisamos de peso! Papillon é um riff enérgico de hard rock. É música de guitarra! Essa me passa uma ideia de fuga, de alguém que está sendo perseguido... E então a música desaba, que é onde o suposto fugitivo é capturado... Aí vem o terceiro tema, com um clima pesado de vilania. Disso tudo veio o nome Papillon: esse era o apelido de um cara que pautou sua vida em fugir de uma prisão na Guiana Francesa. O livro é muito bom, assim como o filme. Recomendo. Toltech é a música que ferve meu sangue. Eu queria fechar o disco com os dois pés na frente, por isso escolhemos essa. A parede sonora que fizemos na base harmônica durante os solos foi matadora. Trata-se de um processo onde gravei várias guitarras, com umas timbragens específicas para cada uma delas, enquanto que o solo come solto por cima. Virou uma muralha!
2112. A zeppeliana Slide It On traz um baixo que duela com a guitarra resultando num trabalho magnífico. Que sonzeira meu camarada!
Thiago. Obrigado. Essa foi a primeira do disco a ser gravada.
Usei em Slide (bottleneck) durante toda a música. Usei também uma afinação um
tanto quanto estranha: dropei um tom a primeira corda, ficando por fim DBGDAE,
de baixo para cima. Fiz isso para tirar mais som da guitarra nos refrões,
podendo assim encher a mão nas 4 cordas de baixo da guitarra, usando slide. O baixo ficou bem engordurado, deu um peso
bruto para a música.
2112. Runa abre com uma bela introdução blues para depois cair
num furioso hard rock. O que você ouve de blues?
Thiago. Essa música foi um parto hehe. Eu simplesmente não estava gostando do timbre da guitarra, estava soando fraco demais e minha ideia inicial para essa música era outra, queria algo mais brutal. Então, regravamos tudo, com mais drive e mais peso, fazendo também o baixo acompanhar a frase da guitarra em alguns pontos. Gostei. Ela por fim muda de tema, variando para algo mais alegre e positivo. Nessa eu também usei uma afinação diferenciada: DAF#DAD, de baixo pra cima, perfazendo assim a afinação em ré aberto, muito comum no blues. Tenho muito do fraseado do blues na minha forma de tocar, dá pra perceber isso facilmente no meu som. Mas essa influência veio de bandas de “hard rock bluezeiras”: Led Zeppelin, Leaf Hound, Guns n Roses (o fraseado do Slash é cheio de licks de blues), e por aí vai. Pete Townshend era um cara mais do R&B, seu fraseado é outro. Durante muito tempo ouvi muito Eric Clapton (Derek and The Dominoes é simplesmente sensacional, assim como Cream) e, em um outro momento, eu só ouvia Stevie Ray Vaughan. Acho sensacional a pegada desse sujeito. Da velha guarda, fico com Robert Johnson. Eu tinha um CD que vinha numa latinha com algumas de suas músicas, depois consegui ter todas elas. Não é mole tocar e cantar tudo aquilo ali ao mesmo tempo...
2112. Riffactory, Night Club e City Sax Six Sex traz uma sequência incrivelmente matadora. Trilha sonora perfeita para um racha na estrada...
Thiago. Essas três músicas compõem um tema (assim como Noite,
Brisa e Claro como a Noite compõem outro). No caso, Riffactory, Night Club e
City Sax Six Sex tratam do mundo urbano, uma espécie de cidade suja e
corrompida. O clima que me vem a mente é daquele momento em que você volta a pé
pra casa, sozinho, de madrugada, depois de sair do bar, e passa por ruas e
becos escuros, ouvindo os barulhos noturnos da cidade. Plasticamente não deixa
de ser bonito... Trabalhei essas músicas pensando nessa estética.
Thiago. Essas são músicas mais calmas, para dar um descanso. Como eu disse anteriormente, essas três músicas perfazem um tema. Noite meio que faz uma introdução para Claro como a Noite (esta segunda começa com uma variação melódica da primeira, acrescentando notas e mudando os compassos). Brisa está no meio das duas, separando-as, para que, ao chegar em Claro como a Noite, o ouvinte se lembre um pouco que já ouviu aquele tema antes, que é uma música calma... E aí vem a porrada, a distorção e a bateria, e tudo fica pesado. Tenho outras músicas acústicas guardadas que aparecerão nos próximos álbuns, além de algumas músicas que variam entre algo leve para o pesado. Estarão presentes sim.
2112. Você fez um belo uso do pedal wah wha em Riffactory. Ela ficou pesada e swingada ao mesmo tempo. Foi uma das que mais gostei...
Thiago. Legal, obrigado. Eu adoro tocar essa música, é como uma série de riffs de guitarra que vão se sucedendo em linha reta. Tirando a parte onde tem uma guitarra com wah wah no fundo, todo o resto da música tem uma guitarra, baixo e bateria. E pronto.
2112. O álbum já está disponível nas principais plataformas digitais à exceção de Cachoeiras da Serra e Claro como a noite (Versão Porfácio) que sairão apenas no cd. Quais são as suas expectativas?
Thiago. Eu estou satisfeito e confiante com trabalho. Demos muito duro e o resultado me agradou muito. Tenho consciência de que fiz o meu melhor, e Arthur também pensa o mesmo. Eu também sei que ele se esforçou ao máximo, fico feliz e confiante em saber que pude contar com alguém tão bom assim no que faz. Toda essa dedicação que tivemos, além de nos ter proporcionado ótimos momentos durante as gravações (alguns bem difíceis, mas faz parte hehe), resultou em um disco do qual me orgulho muito. É isso que conta.
2112. Claro como a noite - Posfácio é minimalista. Uma base harmônica com a sobreposição de várias outras camadas de melodias em que você usa diversos instrumentos. Ela soa bem etérea...
Thiago. Essa é uma das faixas bônus, corresponde à décima quinta faixa. Última faixa. Ela é como se fosse um desdobramento da música Claro como a Noite (décima faixa). Toquei a mesma base harmônica e gravei várias camadas de melodia por cima, algumas delas no improviso. Gostei e deixei.
2112. Essas duas faixas bônus tem duas curiosidades que eu gostaria que você comentasse a respeito.
Thiago. Claro como a Noite - Posfácio é uma música triste, de despedida, em homenagem ao meu falecido pai, morto em um acidente de carro em 2019. A música Hermes (décima segunda faixa) também é para ele. Esse era o sobrenome dele. Cachoeiras da Serra fiz em homenagem à fazenda onde moro aqui no interior de Minas. O clima meio caipira dessa música não é a toa hehe. Outra curiosidade legal é quanto a forma como as gravações dessas duas faixas foram feitas. As outras 13 músicas foram gravadas em BH, no Home Studio Stanza, do produtor musical Arthur Luíz. Gravamos todos os instrumentos lá. Já as duas faixas bônus (Cachoeiras da Serra e Claro como a Noite – Posfácio) foram gravadas a distância. Gravei todas as guitarras daqui da minha casa, com os meus equipamentos, usando um metrônomo como guia, montei tudo e mandei para o Arthur. Ele então trabalhou na mixagem dessas guitarras, sugeriu que eu regravasse algumas coisas, eu sugeri como deveria ser o baixo e a bateria, ele gravou... E fomos fazendo assim, até batermos o martelo! Isso só foi possível porque, quando chegamos nessa altura do campeonato, já nos conhecíamos tão bem que já era possível prever a ideia do outro. Essas coisas da música são demais!
2112. Álbum pronto na mão... quais são os seus projetos para os próximos meses?
Thiago. Vou trabalhar na divulgação do álbum. Quero que ele chegue em todos os lugares possíveis. Fiz uma revista em quadrinhos para uma das faixas (Claro como a Noite) e já vou começar a fazer outra para outra música do disco. Mas o foco agora é na divulgação e, para isso, conto com a ajuda de quem puder ajudar nisso. Mesmo porque, escrever, ilustrar e pintar histórias em quadrinhos demanda um tempo quase que intergral. Divulgação do disco é o principal por agora! Além disso, pretendo fazer shows ao vivo do disco. Acho que agora as coisas vão melhorar de vez (refiro-me em relação a pandemia). Vai ser fantástico mandar essas músicas ao vivo!
2112. Apesar do formato já estar um tanto saturado você pretende fazer alguma live para promover o álbum?
Thiago. Isso pode acontecer sim. Pretendo fazer algumas com o Arthur (eu na minha casa e ele na dele, já que moramos em cidades diferentes), mas nem seria tocando nem nada, seria mais conversando a respeito do disco, falando das músicas, gravações, arranjos e tal... Pretendemos também fazer uma série de videos mostrando como gravamos cada música, com trechos das gravações e tal... Acho isso mais legal do que essas lives de shows aí... Nunca gostei muito disso. Junto a isso, também estou fazendo a divulgação da revista em quadrinhos, já que ela faz menção ao disco.
2112. Você pretende negociar Gyspy Tears com algum selo para lançá-lo no exterior?
Thiago. Seria uma boa, mas não sei como fazer isso. Alguma sugestão?
2112. Junto ao cd você está lançando também uma revista em quadrinhos chamada Claro como a noite que é nome de uma das faixas do álbum toda pintada a mão. Fale um pouco sobre esse projeto?
Thiago. Sim, o quadrinho se chama Claro como a Noite e tem a mesma pegada conceitual que a música. Trata-se de uma história de 72 páginas, toda pintada mão. Um longo trabalho que finalmente consegui finalizar. A história é bem conceitual: uma pessoa, que não consegue se encaixar no mundo em que vive, passa então a criar um mundo imaginário para si... Mas, com o passar do tempo, esse mundo cresce demais, passando a ser maior do que a própria pessoa. Assim como no disco, o quadrinho também tem um posfácio, que serve para fechar o conceito. No disco funciona da mesma forma. Cheguei a fazer algumas exposições por aí com alguns dos quadros do que viria a ser a HQ Claro como a Noite. Alguns desses quadros inclusive seguem espalhados por aí hehe. A pegada é toda em preto e branco, com a palheta invertida. Isso me ajuda a mostrar graficamente a ideia de que é possível ver clareza na escuridão... De que é na escuridão completa que conseguimos enxergar com clareza. Daí vem o título: Claro como a Noite. Uma dicotomia.
2112. A revista virá acoplada junto ao álbum ou são projetos distintos?
Thiago. Prefiro dizer que são projetos que se somam. A música funciona perfeitamente sem o quadrinho. O quadrinho funciona perfeitamente sem a música. Mas, quando você consome ambos, uma nova sensação é extraída. E nem digo que a pessoa deve ler o quadrinho ouvindo a música ao mesmo tempo. Além de ficar totalmente fora de sincronia com o tempo de leitura, soaria absurdamente tosco e infantil achar que essa dinânima funcionaria para alguma coisa. A ideia é poder ler o quadrinho sabendo que a trilha sonora que compõem aquela cidade caótica é a música Claro como a Noite. E o contrário também é válido. Ouvir a música imaginando o visual preto e branco e invertido das cidades caóticas do quadrinho Claro como a Noite. É isso, artes que se somam. O álbum já pode ser ouvido em todas as plataformas digitais. Segue abaixo o link:
https://linktr.ee/thiagobvalle
Quanto ao material físico (revista em quadrinhos Claro como a Noite de 72 páginas, marcador de páginas, revista Sketchbook de 36 páginas com rascunhos e páginas excluídas de Claro como a Noite, CD físico com encarte de 12 páginas, poster e outras coisas mais...) pode ser adquirido diretamente comigo ou na minha campanha de financimanento coletivo no Catarse. Inclusive, vou entrar com mais recompensas agora que já consegui bater a meta! Aproveito para já agradecer a todos que colaboraram e acreditaram no meu projeto. A campanha continua ativa por mais alguns meses, então corre lá! O CD, além de contar com duas faixas bônus (Cachoeiras da Serra e Claro como a Noite – Posfácio) tem um encarte de 12 páginas, com pinturas que fiz exclusivamente para ele, retratando cada uma das músicas. Ficou muito legal esse material!
2112. Além de músico você também é artista plastico, é graduado em arquitetura e urbanismo e com pós graduação em cinema. Como você mantém a sua agenda em dia?
Thiago. Pois é hehe tenho que fazer meu dia durar 30 horas! Hoje
em dia, estou dedicado à música e às artes plásticas. Meu trabalho com cinema
atualmente se resume nas edições de video que faço para a divulgação do disco e
do quadrinho, mas em breve virá coisa maior por aí. Planejo fazer uns filmes,
usando minhas músicas de trilha, vai ser um trabalho interessante. Caso alguém
se interesse em entrar nessa aventura, só me procurar!
2112. Isso de uma certa maneira deve influenciar bastante a
sua música e vice-versa. É uma troca super bacana, não é?
Thiago. Influencia demais. Regularmente, me vejo pensando na música em forma de imagens. City Sax Six Sex pra mim é um monte de prédios se mexendo e engolindo alguém na rua. Night Club é um beco sujo com um bar de luz verde na porta e um toldo rasgado cobrindo a entrada. Brisa é um riacho com cachoeiras à luz do entardecer. Riffactory é uma fábrica abandonada. E por aí vai...
2112. Viver arte, respirar arte, produzir arte... deveria ser a regra número um da humanidade. O mundo fica mais leve, não é mesmo?
Thiago. Certamente, meu caro. Um dia isso será possível e desejado por todos...
2112. Thiago, qual e-mail/telefone para contactar você para adquirir seu álbum, sua revista ou mesmo marcar shows?
Thiago. Para ouvir o disco nas plataformas digitais:
https://linktr.ee/thiagobvalle
Para adquirir o CD e a revista em quadrinhos, segue o link da campanha de financiamento coletivo do meu projeto Gypsy Tears / Claro como a Noite:
https://www.catarse.me/claro_como_a_noite_6695
Para acessar meu portfolio (pinturas, desenhos, músicas e filmes):
https://www.behance.net/thiagovalle
Para marcar shows ou tratar de qualquer outro assunto:
E-mail: thiagobvalle@gmail.com
Instagram: @thiagobvalle
Tel.: (31) 9 9151-3364
2112. ... o microfone é seu!
Thiago. Obrigado pelo espaço. Gypsy Tears é um disco que foi gravado nos últimos meses, mas são músicas que já carrego comigo há anos. O mesmo vale para o quadrinho, Claro como a Noite, venho desenvolvendo essa história já há um bom tempo. Tudo aqui é autobiográfico e dei o melhor de mim. Quero que as pessoas percebam que, para bem ou para mal, todo esse trabalho aqui, música e artes plásticas, é uma extensão verdadeira e honesta de mim.
Obs.: As fotos utilizadas nessa postagem foram retiradas da internet e infelizmente não deu para identificar o nome dos fotógrafos. Quem tiver alguma informação favor enviar para o meu e-mail: furia2112@gmail.com que eu faço as devidas correções.
Nenhum comentário:
Postar um comentário