O blog 2112 foi formado com intenção de divulgar as bandas clássicas de rock, prog, hard, jazz, punk, pop, heavy, reggae, eletrônico, country, folk, funk, blues, alternativo, ou seja o rock verdadeiro que embalou e ainda embala toda uma geração de aficcionados. Vários sons... uma só tribo!



quinta-feira, 31 de maio de 2018

Entrevista Gueppardo

Os anos oitenta foram fundamentais para a renovação do rock com o surgimento de uma leva de bandas que mudaram pra sempre o cenário da música. E eis que do sul surge o Gueppardo que desde 2007 vem carregando com muita dignidade a bandeira do hard metal e prestes a lançar o terceiro trabalho. Vamos fazer um negócio? Leia a entrevista, compre os cd’s e não deixe de ir aos shows para conferir de perto essa usina de riffs.        

2112. A Gueppardo tem onze anos de estrada e com certeza muitas histórias de lutas para contar. Como surgiu a banda?

Pery. O Gueppardo surgiu em setembro de 2007, inicialmente com meu irmão Peter no baixo, por isso os dois pês.

2112. A início foi complicar estruturar a banda com todo o material necessário? Pergunto isso pois conheço história de muitas bandas que seus integrantes já tem seus próprios instrumentos outros já dependem dos amigos emprestarem algum instrumento para os ensaios, shows até tudo se ajustar...   

Pery. Já vínhamos de outras bandas autorais, e covers também, em 2007 eu já tocava a quase 19 anos. Por isso o processo foi fácil.

2112. O nome da banda me trouxe logo a mente o gigante Def Leppard. Vocês curtem a banda? 

Pery. Não, apesar de respeitar o Def Leppard nada temos a ver nem sonoramente, nem visualmente.
2112. Vocês sempre apostaram em material próprio o que impõem um certo respeito no meio sendo que boa parte das bandas iniciam tocando releituras de clássicos do rock para depois de um certo tempo partirem para o material autoral. Todos compõem na banda?

Pery. Desde o início tocamos repertório 100 por cento nosso, o debut foi num teatro, lotado por sinal no dia 15 de novembro de 2007, o compositor principal sou eu mas tem alguns temas em parceria sempre.
 
2112. Eu acompanho muito a movimentação do rock pelo Brasil visitando blogs, comunidades e mesmo ouvindo muitos cds, demos e sempre tive uma boa impressão das bandas e do público do sul... Enfim como é a cena? Tem muitos locais bacanas para tocar?  

Pery. A cena musical aqui é complicada, não tem muitos bares e vivemos uma crise, incrivelmente estamos crescendo a cada ano, não sei explicar como. Muitos sucumbiram, mas nós estamos cada vez mais fortes. Desejo tempos melhores à todos.

2112. Em 2009 vocês chegaram a gravar um EP Instinto Animal que nunca foi lançado oficialmente e nesse maio tempo a banda também deu uma parada e só retornou suas atividades em 2015... O que houve?  

Pery. Fizemos de 2007 a 2012 cerca de 350 shows, houve mudanças de formação e desgaste natural. Acho que por isso paramos.

2112. Em algum momento vocês pensaram em acabar com a banda ou a parada foi uma necessidade?

Pery. Nunca foi minha vontade parar, haja visto que retomei as atividades.

2112. Poderiam falar um pouco sobre as gravações do EP?

Pery. As gravações foram de maneira urgente, com pouco tempo e recurso, finalizadas em abril de 2009 no Estúdio Hurricane.

2112. Até a volta em 2015 o que vocês fizerem?

Pery. Paramos em abril de 2012, e em dezembro de 2014 reuni uma banda para gravar, nesse meio tempo compus o Fronteira final, e toquei em outras bandas, mas a idéia sempre foi retomar.

2112. É nesse ano também que a Gueppardo lança o álbum Fronteira Final que foi muito bem aceito pela crítica especializada e o público. Isso deu uma estimulada na banda?  

Pery. Estimulou tanto que estamos aqui, te dando essa entrevista, hehe.

2112. No Fronteira Final vocês reaproveitaram o material não lançado do EP para ajudar a compor o álbum ou é tudo material novo?     

Pery. Não, no Fronteira trabalhei do zero, tudo material inédito.

2112. O sucesso do álbum levou vocês a abrirem shows de grandes nomes do metal mundial como Steve Grimmett's Grim Reaper e Blaze Bayley (Iron Maiden). Isso de uma certa maneira ajuda a ser conhecido e apreciado por um público maior e mesmo serve de aprendizado para vocês que estão ainda novos na cena, não é?

Pery. Olha, tocar com esses grupos maiores pode ser faca de dois gumes, mas mostramos nossa qualidade, e nossa experiência também, foi muito positivo. e nesse meio tempo fizemos muitos shows como headliners. O Gueppardo até é jovem, mas o time tem muita estrada, são todos músicos experimentados.

2112. Vocês também fizeram duas tours: Sin Fronteiras Tour 2016 e Animal Tour 2017 que levou a Gueppardo a diversas cidades do sul, sudeste e também da Argentina. Conte um pouco dessa história... 

Pery. As tours foram demais, a segunda ainda melhor, vendemos muitos cds e fizemos cerca de 90 shows. Foi ótimo.

2112. O povo argentino é realmente animal?

Pery. Sim, os argentinos são apreciadores de rock, mas tivemos muita sorte, pois por onde passamos fomos bem recebidos, eu diria que o público tem sido animal, no geral. 

2112. Atualmente vocês estão em estúdio preparando o sucessor do Fronteira Final. Dá para adiantar alguma coisa? Já tem título provisório...

Pery. O disco está pronto, e se chama Execução Sumária, estamos esperando a prensagem.

2112. Soube que vocês vão regravar os temas do EP e vão incluir também algumas bônus especiais? Vocês pretendem incluir algum material gravado ao vivo?

Pery. Exato, tem vários bônus, duas inéditas, mas ao vivo pretendemos lançar o quarto álbum. 

2112. Uma curiosidade pessoal: vocês não pretendem lançar as gravações originais do EP como bônus nos próximos álbuns... Os fãs da banda não cobre isso de vocês não?  

Pery. Por enquanto não, mas no futuro quero relançar o Instinto como bônus de algum álbum, talvez, mas com encarte e fotos da época.

2112. O álbum vai ser lançado ainda este ano?

Pery. Sim, não vemos a hora de lançar.

2112. Falamos de tantas coisas mas ficou faltando saber quem são as influências da banda!  

Pery. Nossas influências no geral são o metal clássico, aquele dos anos 80 mesmo, eu gosto muito de heavy nacional, A Chave do Sol, Azul Limão, Harppia, Taffo, etc e do metal Argentino, Rata Blanca, Alakran, Hermética, Horcas, etc. 

2112. Vocês são do tipo de banda que acompanha a movimentação do cenário ou isso pouco importa? Pergunto isso pois já conversei com diversas bandas que curtem um determinado tipo de música e só ouvem aquilo e pronto. Acredito que temos que estar atentos a movimentação para não ficarmos como a banda de uma época, não e? 

Pery. Na minha opinião, no momento que uma banda tem tanta atividade ao vivo como a nossa, vai acabar se relacionando com muitas outras bandas, e isso é ótimo, enriquece o conhecimento e influencia sim, às vezes tu te depara com bandas maravilhosas e absorve coisas positivas delas, também fica atento no que não deve fazer. Outro ponto é que ganhamos muitos cds na estrada, de bandas que tocamos, isso é demais.

2112. O microfone é de vocês...

Pery. Bom, quero agradecer ao espaço, convidar a todos a irem em nossos shows e dizer que não somos nada sem o público, é o motor que nos movimenta. Espero muitos anos de estrada e nos vemos por aí. Grande abraço.

Informações sobre a Gueppardo:

Facebook: www.facebook.com/Gueppardo/


Execução Sumária Lyric Video oficial: https://goo.gl/S1oe15 Fúria e Paixão

Videoclipe oficial: https://goo.gl/ubKxVQ

Álbum “Fronteira Final” completo: https://goo.gl/JTn8zk 

Contato:


ou 



quarta-feira, 30 de maio de 2018

Livro “Os Últimos Dias do Rock n´Roll”


 
O jornalista, produtor cultural, músico e vocalista da banda de rock Nicotines Sandro Nine vai lançar um livro que será publicado no começo de 2019. A obra será uma espécie de biografia com entrevistas, shows, coberturas de evento e festivais, e o envolvimento de Nine não só na cena rock manauara, mas como no Brasil todo.

O livro já tem título, “Os Últimos Dias do Rock n´Roll”, que segundo Nine, será um recorte sobre todo que fez e viveu dentro do rock ‘n’roll, na música independente ao longo dos anos em Manaus e por suas andanças pela Regia Norte e Brasil a  fora.

Segundo Nine, esse recorte pretende mostrar alguns momentos da cena rock manauara, passando pelo Festival Fronteira Norte, Festival Amazonas de Rock até os dias atuais com a banda Tudo Pelos Ares no Rock in Rio. O livro vai aborda também outras curiosidades, como o encontro com os Mutantes, show de Raul Seixas em 89, João Gordo, Phillipe Seabra, Clemente, Marcelo Nova, Manoel Villas Boas (Mr. Jungle), Vinicius Tocantins entre outros.

O livro conta vai contar com prefácio do produtor musical e audiovisual Lenildo Gomes, na qual também conheceu a cena rock de Manaus nos anos 80 e é amigo pessoal de Sandro Nine.

Já em nível nacional o autor está em fase de negociação com uma editora na qual fara a distribuição nacional da obra.
“A ideia surgiu de uma conversa com uma grande amiga que motivou esse digamos, volta a literatura. Esse livro é basicamente sobre a minha vivência dentro do rock manauara atuando como produtor cultural, músico, compositor. Será um olhar maduro e profundo sobre música, política cultural que e todas as coisas extraordinárias que tive prazer de fazer parte”, afirmou.

Sobre o título do livro Sandro Nine disse:“O rock nunca vai morrer, nunca vai nem agonizar, mas algumas coisas que vivemos nele, como relações, parcerias e até mesmo bandas acabam um dia. Esse livro é uma espécie de visão do fim do mundo sobre isso, sobre o rock que conhecemos e vivemos. 
O rock sempre nos deu, atos de amor e revolta, talvez isso esteja morrendo. É uma visão de tudo que foi bom, mas infelizmente já passou”. Disse Nine.

Radicado há quase 5 anos em Boa Vista/RR, Sandro Nine atua na cena rock da região norte desde o fim dos anos 80 é um entusiasta do rock e da música independente, tendo contribuído com a Web radio Manifesto Norte, o projeto Riffs Desplugados e outras colaborações como o Selo Som Independente,  além de ser vocalista da banda de Nicotines.