O blog 2112 foi formado com intenção de divulgar as bandas clássicas de rock, prog, hard, jazz, punk, pop, heavy, reggae, eletrônico, country, folk, funk, blues, alternativo, ou seja o rock verdadeiro que embalou e ainda embala toda uma geração de aficcionados. Vários sons... uma só tribo!



quinta-feira, 3 de julho de 2025

Entrevista Ubirajara Ferroni (Perfume Azul do Sol)

Em 2021 entrevistei Chico Lobo, ex-integrante da lendária banda Perfume Azul do Sol e lembro que ele me disse quer era o único músico vivo da banda. Mas derrepente... encontrei o Ubirajara o primeiro baterista da banda. Abaixo o registro do nosso bate papo.  

2112. Que tal começar com você falando sobre o começo da sua trajetória como músico. Que bandas participou antes de entrar para o Perfume Azul do Sol?

Ubirajara. Então, Carlos, vim de uma família de músicos; meu pai, Carlos Ferroni, tocava na noite paulistana e chegou a tocar como baterista com a Luz del Fuego nos anos 40, entre outros da sua época; meu avô, Giovanni, maestro, dava aulas de violino. A chave virou com eles; eu e meu irmão, Ubiratan, já dividíamos uma bateria velha para estudar, isso ainda nos anos de 68 69, por aí. Aqui no ABC, em Santo André, na década de 70, havia um cenário musical e cultural muito importante e inspirador; começaram a surgir o movimento punk rock, com os Garotos Podres em Mauá; em Santo André, a banda Punk 765; e bandas de bailes importantes como Porão 99; Botões, com Dave Maclean, guitarrista e cantor que depois seguiu carreira solo de sucesso; e muitas outras bandas covers. Também na mesma época, em Ribeirão Pires, havia um trio que fazia bailes: Os Enigmas 3; Odair, baterista, mais tarde Odair Cabeça de Poeta, do grupo Capote; Gean Mark, guitarrista que mais tarde passou pelo Perfume; e Pedro Baldanza, que mais tarde também passou pelo Perfume. Eu tocava em casas noturnas, bares, restaurantes e na banda de baile Equipe 4, banda (Eu e Eles); seu fundador era Carlinhos Calunga, guitarra e voz; mais tarde, ele foi maestro e arranjador do Wando, trabalhando na PolyGram no Rio. Que mais tarde, ele me convidou para tocar com Wando, viajando pelo Brasil e América Latina. Mas, voltando para os anos 70 ainda, iniciando com 16 para 17 anos, fui estudar na Fundação das Artes de São Caetano e depois na Escola Municipal de Música do Estado de São Paulo, com o professor De Lucas; estudei com ele percussão erudita; ele era o timpanista da Sinfônica do Estado de São Paulo. Antes do Perfume, eu tocava também com a banda PINOIA, de músicas autorais compostas pelo cantor da banda Enzo Mauro Ballarine, um pop MPB filosófico sem registro de gravação; era uma banda de festivais bem-sucedida; o Mauro, conhecido como Magoo, musicou várias peças de teatro em Sampa, ganhando alguns prêmios importantes do meio teatral infantil.

2112. ... dessas bandas alguma delas deixou material gravado?

Ubirajara.
Naquela época, recursos financeiros eram escassos. Estúdios de gravação eram raríssimos, com custos altíssimos e geralmente pertenciam a grandes gravadoras. Por isso, muitas bandas importantes não conseguiram registrar suas obras, que acabaram perdidas em fitas de gravadores de rolo. Hoje, a realidade é outra: você pode gravar no seu próprio quarto. Depois da experiência com 'Perfume Azul do Sol', minha carreira se abriu para o cenário comercial. Toquei com artistas de peso, a começar pelo Grupo Capote. Eles eram bastante requisitados, com discos gravados e muita visibilidade. Com eles, gravei o compacto 'Sertão de Nova York', uma produção de Rogério Duprat e Tom Zé, onde contribuí com bateria, percussão e voz. O interessante é que esse compacto está na internet até hoje, sem ficha técnica, incompleta (risos). Vale mencionar que o Grupo Capote também fazia o acompanhamento com Tom Zé. Na sequência, minha jornada me levou a trabalhar com nomes como Roberto Leal (inclusive em turnês fora do Brasil), Roberta Miranda, Wando, Pery Ribeiro, Antônio Marcos, entre outros. Uma curiosidade da época é que também gravei muitas músicas evangélicas, nos estúdios da Gazeta, que a gente jocosamente chamava de 'santo disco e um inferno de paga'! (risos).

2112. O Perfume Azul do Sol surgiu em 1973 período que a ditadura reprimia duramente as bandas de rock. Como vocês faziam para contornar essas situações?

Ubirajara. Com o Perfume não tivemos problema com a ditadura, até porque a banda apenas ensaiava, não se apresentava. Eram encontros fechados na casa da Ana, ainda no Bixiga, tocando, elaborando os arranjos. Falávamos de esoterismo e espiritualidade; a brisa era intensa. Mas a perseguição era uma realidade para todos da cultura, compositores individuais, como o Geraldo Rosas, que tinha um trabalho com músicas de protesto, como se dizia na época. Cheguei a tocar com ele na Feira da Fraternidade, onde havia agentes da ditadura disfarçados no local fazendo pedidos de música. Eles diziam: "Faz aí uma de protesto pra nós?". Era fazer e ser levado, como muitos na época. Havia agentes infiltrados em todos os segmentos da cultura. Nos anos 80, trabalhei como músico na peça "Abruacadava" com o folclorista brasileiro, ator e compositor Rafael de Carvalho. Ele atuava na novela Gabriela como Coronel Coreolano. "Abruacadava" era uma peça musical com percussão indígena, sons de pássaros da Amazônia e letras falando de Saci, Curupira, e todos os elementos da natureza do folclore brasileiro. No entanto, os censores sempre achavam motivos para vetar o espetáculo, que acabou estreando com muito custo.

2112. Várias bandas tiveram shows interrompidos, letras proibidas, instrumentos apreendidos ou quebrados, casas invadidas, pessoas eram revistadas etc. Você passou por alguma dessas situações?

Ubirajara. Por sorte, nunca passei por uma situação como essa, graças às preces da minha mãe. Certa vez, enquanto caminhava pela calçada do antigo DEOPS, fui arbitrariamente abordado e levado para dentro por um indivíduo mal-encarado que não se identificou. Ele estava com meus documentos e me conduziu para dentro sem dar explicações, ignorando minhas perguntas sobre o que estava acontecendo. Ao chegarmos em uma sala, ele mandou que eu esperasse. A sala tinha um sofá de couro, uma mesa escura cheia de papéis, arquivos e uma cortina verde-escura que ia até o chão. Fiquei ali, em choque, com um soldado na porta, até a chegada de um juiz e um escrivão. Iniciou-se então uma espécie de leitura judicial. Em um determinado momento, o juiz, deu uma ordem, olhou para mim e disse: "Não precisa prestar atenção em nada, nem guardar nada do que você está ouvindo." Após a leitura, assinei os documentos. O agente me levou de volta e mandou que eu esperasse em um banco com outros jovens, estudantes que estavam detidos. Eu estava ali, misturado a eles, até que meu "anfitrião" chegou para me salvar, devolvendo meus documentos e me tirando daquele inferno. Lamento muito por quem não teve a mesma sorte. Naquele dia, eu estava indo para o Perfume ensaiar.

2112. Como você conheceu o Benvindo e a Ana e como surgiu o convite para participar do projeto? Vocês já se conheciam?

Ubirajara. Minha introdução a Ana e Benvindo aconteceu em Santo André, dentro da Sociedade Esotérica de Eubiose. Fomos apresentados e logo engatamos uma conversa sobre os planos do "Perfume Azul do Sol", um projeto que unia música e espiritualidade, e como eles estavam estruturando a banda. Naquele encontro, fui convidado a me juntar a eles como baterista. A proposta do "Perfume Azul" ressoou profundamente com minhas aspirações, combinando perfeitamente minhas buscas por inspiração musical e espiritual. Para aprofundar nossa conversa e conhecer o material musical, fui até a casa de Ana e Benvindo, no Bixiga. Ali, tive a oportunidade de ouvir as composições de ambos. Ana já possuía uma parte considerável de suas criações prontas, e Benvindo também. Fui particularmente impactado pelas músicas de Benvindo. Elas tinham um forte apelo regional e acústico, revelando uma veia popular de grande qualidade, que me lembrou de artistas como Zé Geraldo e Geraldo Azevedo. Havia uma simplicidade autêntica e inata, mas ao mesmo tempo uma sofisticação em sua escrita. A primeira canção que ele me cantou na ocasião foi esta:

"Carro de boi que não geme não é bom, não

Carro de boi, o bom é o gemedor

Joguei saudades dentro de um fogão de lenha, pra minha surpresa, juro, ela não queimou

Se essa tristeza no meu peito incomoda

Motivo é roda de um carro que se acabou"

As composições do Benvindo tinham o poder de tocar a alma. As de Ana, por outro lado, eram mais intensas e possuíam uma sonoridade futurista, refletindo sua própria personalidade. Havia nelas uma convicção, uma "certa prepotência" que parecia vir de alguém predestinado a anunciar uma nova era, uma grande mudança. Enquanto as músicas de Ana geravam uma sensação de alerta, de expectativa que prendia a respiração, muitas das criações de Benvindo (que infelizmente não foram gravadas) convidavam à contemplação da natureza e ao relaxamento puro, sem qualquer artifício.

2112. E quem era os outros integrantes?

Ubirajara. Os integrantes da banda eram Ana, Benvindo, Gean Mark (guitarrista e violonista de doze cordas) e Gedis (baixista). Gean Mark, que já tinha tocado com Pedrão do Som Nosso, na banda Enigmas Três, em Ribeirão Pires. Gean, tinha a mesma formação e "pegada" musical que o Pedrão. Eu era o baterista e Gedis era um excelente músico da noite em São Paulo.

2112. Baldanza já havia criado o Som Nosso de Cada Dia?

Ubirajara. A Ana e o Benvindo tinham o desejo de trazer o Pedrão para a banda. Posteriormente, ele realmente participou das gravações. Parece que, nessa época, o Pedrão se dividia entre o grupo Som Nosso e o Perfume Azul do Sol. Eu já havia saído para tocar com o Grupo Capote e o Tom Zé

2112. Vocês viviam em um apartamento dividindo espaços, obrigações, ensaios etc. Como era o dia a dia de vocês? Todos tinham trabalhos paralelos ao de músico?

Ubirajara. Sim, nós vivíamos todos juntos no prédio da Eduardo Prado. Eu dividia um apartamento com o Gean Mark e o Gueds baixo, lembro que minha cama era um tapete no chão. Naquela época, o Gean Mark estava trabalhando na música "Triângulo e Zabumba", que mais tarde foi gravada no disco. Essa canção, "Carrego triângulo e zabumba no meu coração", se tornou muito especial. O disco em si era bem diversificado, com ideias e estilos bem diferentes, mas o disco Nascimento estava sendo gerado.

2112. ... segundo Chico Lobo, a Ana era muito competente mas tinha um temperamento do tipo que não aceitava concorrências. Era muito complicado a convivência com ela?

Ubirajara. Ana tinha uma personalidade forte e dominante, o que a tornava a líder incontestável da banda. Aparentemente, todos que entravam para o grupo já compreendiam essa dinâmica, especialmente porque Benvindo era sempre muito calado e parecia estar em um estado meditativo. No geral, a convivência era tranquila. Eu, por outro lado, me via como o músico que estava ali para entender a proposta e agregar valor, ciente da importância do "Perfume”. Nós costumávamos sair juntos para bares, pontos badalados de teatro e também para cursos. Lembro-me de fazer um curso na casa do Marcos Vinicius, um músico vanguardista e escritor com ideias musicais bem distintas. Eu, Ana Benvindo e o cantor ainda desconhecido Belchior 

2112. Como vocês trabalhavam a questão dos arranjos e das letras? Todos podiam opinar?

Ubirajara. Quando entrei no grupo, a Ana e o Benvindo já tinham as músicas bem elaboradas. A ideia era trabalhar nelas para o show e a gravação, que ainda estava um pouco distante. Todos podiam opinar sim, nem sempre eram aceitas, como em toda banda

2112. Chico também afirmou que foi por influência do Benvindo que a Ana criou a banda. A início quais eram os projetos da banda?

Ubirajara. Os projetos do grupo incluíam shows e a gravação de um disco autoral, o que de fato aconteceu mais tarde. A ideia de ter todos os membros do grupo vivendo juntos e criando foi concretizada até certo ponto. A convivência era muito boa, marcada por conversas místicas.

2112. No período que participou da banda vocês tocavam apenas músicas próprias ou rolava releituras também?

Ubirajara. O repertório do grupo sempre foi autoral, com Ana e Benvindo criando músicas lindíssimas. Benvindo tinha composições que nunca foram gravadas e se perderam. Depois que se separou de Ana, ele morou um tempo em minha casa e passava o tempo todo cantando suas músicas inéditas.

2112. Porque a banda nunca se apresentou ao vivo? A intenção era primeiro gravar o álbum para depois montar a agenda de shows ou havia muita insegurança por parte de todos na questão dos shows?

Ubirajara. O plano era gravar um disco e realizar shows em faculdades e teatros, aproveitando qualquer oportunidade que surgisse. Acreditávamos que o álbum poderia abrir portas. Era realmente inspirador: um grande sonho e uma proposta musical alinhada com a transformação que marcava a época. No entanto, nada acontecia de concreto. 

2112. Ubirajara, o que te levou a sair da banda? Nesse período já havia o projeto de gravação do álbum?

Ubirajara. Foi então que recebi o convite para integrar o grupo Capote, o que já me trazia alguma renda – afinal, e estava cada vez mais difícil manter a paixão pela arte. Foi nesse ponto que me desliguei. O disco foi gravado e, confesso, fiquei tocado, mas fico feliz que o álbum finalmente tenha sido lançado.

2112. O que você fez após sair da banda?

Ubirajara. Como mencionei, fui trabalhar com o grupo Capote e com Tom Zé. O grupo era formado por Odair Cabeça de Poeta (cantor), Coelho (no violão/contrabaixo, que chamávamos de "violacho") e Edgar (no violão) e eu bateria. Estava escalado também para acompanhar o Belchior, que na época ainda era desconhecido. No entanto, decidi seguir com o Capote e o Tom Zé, que faziam muitos shows em faculdades. Trabalhar com Tom Zé foi uma experiência muito importante e um grande aprendizado.

2112. Ouvindo o álbum hoje qual a sua opinião sobre ele?

Ubirajara. Ao ouvir este álbum hoje, sou tomado por uma onda de nostalgia. Sinto uma mistura de emoções, pois ele evoca uma era de grande pureza musical, onde a arte existia por si só. É uma memória musical marcante, um testemunho fiel de um importante movimento que florescia naquela época. O álbum "Nascimento" não só representa, mas também registra de forma perfeita e duradoura esse período, e sua essência continua a ressoar

2112. Nascimento tornou-se um clássico sem ter sido lançado oficialmente no mercado. Existe apenas algumas poucas cópias prensadas e enviadas de brinde a radialistas e alguns comerciantes. Você tinha conhecimento desse fato?

Ubirajara. Eu não tinha conhecimento disso. Foi um amigo músico que me falou sobre a valorização do álbum 'Nascimento' e da procura por informações do 'Perfume Azul do Sol' na internet. Para mim, foi uma surpresa agradável, e então fui buscar mais detalhes online.

2112. ... e o que te trouxe de volta a banda? 

Ubirajara. Meu retorno aconteceu depois que o álbum foi lançado. Nós nos encontramos novamente na Sociedade Esotérica de Eubiose. A Ana havia brigado com o baterista, lembro que foi uma situação bem complicada. Lembro que já havia alguns trabalhos para fazer, ainda com o "Disco". Animei-me, e ensaiamos em uma casa no Morumbi que tinha uma espécie de teatro com palco, aparelhagem e bateria. Toquei várias músicas do álbum que eu tinha aprendido. Foi um ensaio bem legal. Infelizmente, a Ana e o Benvindo estavam brigando muito, acho que já havia um desgaste na relação deles.

2112. O que a Chantecler, selo que bancou as gravações do álbum alegou sobre o não lançamento do álbum?

Ubirajara. Não sei exatamente o que a gravadora alegou na época, mas é possível ter uma ideia. Eles faziam isso com alguns artistas, talvez para abater impostos como despesas. Infelizmente, a prática era essa, mas felizmente o álbum continua a se perpetuar, alcançando novas gerações que era a visão íntima de Ana e Benvindo.

2112. A banda não tentou oferecer o material a outra gravadora?

Ubirajara. Não tenho essa informação. Acredito que faltou interesse do grupo. O Perfume precisava de um bom agente para a área comercial, algo que o artista geralmente não domina.

2112. Na sua opinião esse fato foi um dos fatores que selou o fim da banda?

Ubirajara. Sim, na minha opinião, havia grande expectativa em torno do álbum. Contudo, após seu lançamento, faltou apoio da gravadora. Além disso, ninguém se dispôs a defendê-lo, e Ana e Benvindo já estavam em constante conflito.

2112. Você e o Benvindo ainda trabalharam juntos. Que tipo de som vocês faziam? Existe gravações desse período?

Ubirajara. Eu e o Benvindo ficamos muito amigos depois que ele se separou da Ana ele passou um tempo lá em casa; eu, nessa época, tinha acabado de me casar e tocava com a Roberta Miranda e, depois, com Roberto Leal. Ele estava sempre por lá, entre idas e vindas de shows, chegando até a fazer uma música para o Roberto Leal. Embora ele não tenha chegado a gravar, o Roberto gostou e até a cantava.

2112. Quanto tempo vocês trabalharam juntos?

Ubirajara. Minha interação com a banda se deu em dois momentos distintos: um ano antes do lançamento do álbum e novamente algum tempo depois. Embora eu não consiga determinar precisamente a data em que retornei, a amizade com os membros, principalmente com o Benvindo, perdurou por muitos anos.

2112. Você ainda continua na estrada como músico?

Ubirajara. Hoje, sou professor de bateria na Musical ART SMA, uma renomada escola de música em Santo André. A instituição é liderada há 36 anos por Davi Marques, um talentoso músico violonista arranjador compositor, proprietário diretor da escola.

2112. Mesmo com o fim da banda vocês mantiveram contato uns com os outros ou cada um foi para um lado?

Ubirajara. Atualmente, não tenho mais contato com ninguém do Perfume. Fiquei sabendo que o Benvindo e a Ana já não estão mais entre nós. Lembro que o Gean Mark me encontrou uma vez, enquanto eu estava tocando na Vero Verde. Não o reconheci de imediato, mas depois, quando fui à mesa dele, ele se identificou e fiquei muito emocionado. Ele havia se tornado piloto da TAM.

2112. ... o microfone é seu!

Ubirajara.  Agradeço a oportunidade de falar sobre o grupo Perfume Azul do Sol, que foi tão significativo no início da minha jornada musical. Tive uma carreira profissional de sucesso, trabalhando com muitos artistas renomados e viajando pelo Brasil, América e Europa, o que me permitiu criar meus filhos. No entanto, nada se compara com a paixão com que fazíamos música, nos anos 70 e 80. Tenho certeza de que a essência do Perfume Azul do Sol ainda encanta muita gente, mesmo sem o apoio de gravadoras ou canais de TV. Para mim, o Perfume cumpriu sua proposta de ser uma boa semente, que em sua estranheza, continua a germinar Obrigado por me permitir compartilhar um pouco dessa história

 

Legendas:

 

01: Ubirajara Ferroni, Jean Mark, Gudes, o estilista da banda (Ubirajara não lembrou o nome) e Eduardo Prado.

 

02: Gean Mark, Benvindo, Ana e Gio.

Bônus:

https://furia2112.blogspot.com/2021/05/entrevista-chico-loboperfume-azul-do.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário