O blog 2112 foi formado com intenção de divulgar as bandas clássicas de rock, prog, hard, jazz, punk, pop, heavy, reggae, eletrônico, country, folk, funk, blues, alternativo, ou seja o rock verdadeiro que embalou e ainda embala toda uma geração de aficcionados. Vários sons... uma só tribo!



sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Entrevista Sandinistas



Eis uma banda para a fazer a diferença no cenário do rock brazuca: Sandinistas! Força, postura e um som sujo e pesado injeta sangue novo num cenário recheado de porcarias que as “grandes” gravadoras produzem com um falso selo de qualidade. Precisamos mudar esta realidade e mesmo parar de achar que somente o produto importado é bom. Nossas bandas precisam de apoio para que possam crescer e se manterem vivas. Pare, pense e se envolva nesta batalha pelo crescimento e fortalecimento do nosso cenário... essa mudança só acontecerá se você mudar!

2112. Primeiramente conte um pouco da história da banda.  

Paulo SS. Eu postei no facebook:  procuro caras pra tocar blues, punk rock, rock’n roll. Primeiro o Thiago se prontificou, em seguida o Ivo, trocamos idéias, ajustamos os pontos em comum, marcamos um ensaio, rolou bem e aqui estamos desde março de 2017.

2112. O nome Sandinistas é uma homenagem ao álbum do The Clash ou a própria revolução popular sandinista ocorrida na Nicarágua entre1979/1990

Paulo SS. O Ivo lançou essa idéia, nós aprovamos. Não diria homenagem, mas os dois são referências importantes.

2112. São Paulo é uma cidade de múltiplas faces... É difícil viver num lugar onde o caos e a música andam juntas e uma é o equilíbrio da outra ou isto é estimulante para se produzir música real?

Paulo SS. Não é difícil pra nós, sempre vivemos aqui. Fazer música é nossa vida desde sempre, com ou sem caos, equilíbrio e estimulantes, kkkkk.

2112. Como vocês definem o som da banda?

Paulo SS. Rock sujo e barulhento.    
2112. O punk este ano completa quarenta anos de existência no Brasil e várias bandas desativadas estão voltando a cena como o AI-5, Lixomania e Condutores de Cadáver. Isso é relevante para vocês ou o importante é caminhar olhando pra frente? 

Paulo SS. Parabéns para o punk e para os que estão voltando, que sejam felizes com suas verdades e sua música. Sandinistas sempre, avante!

2112. Vocês acham que o punk rock ainda existe como movimento ou a cena segue isolada onde umas poucas bandas ainda promovem uma revolução sonora e social?  

Paulo SS. O punk rock tem muita importância na estética e na estrutura de composição de nossa música. Quanto a cena, revolução ou movimento, isso não tem importância para nós, queremos nos divertir fazendo nossa música, gravar, fazer shows e divulgá-la para o maior número de pessoas possível, sem segregações, sem abraçar causas ou levantar bandeiras, apenas fazer nosso humilde rock barulhento.

2112. Hoje a indústria musical vive um momento caótico com a revolução digital e suas inúmeras plataformas levando muitas bandas a viverem uma liberdade jamais vista na história da música. Isto seria uma releitura do “faça você mesmo”? 

Paulo SS. Não diria uma releitura, mas a evolução do “faça você mesmo” acho também que a digitalização, as plataformas e a distribuição são bem organizadas, pelo menos para a Sandinistas não é caótico, acho que vai de cada um, como cada um administra sua carreira, pra nós tá tudo tranquilo.

2112. O Brasil vive um momento conturbado mergulhado na corrupção e no próprio caos social... Isso de alguma maneira serve de material para vocês comporem?

Paulo SS. Infelizmente nossa realidade é triste, mas sim, serve de material pra nós sempre.

2112. Que bandas influenciam o som de vocês?

Paulo SS. Muitas, vou dizer as principais: Ramones, The Clash, Rolling Stones, Dead Kennedys, AC/DC, Social Distortion.

2112. Qual a política interna da banda?

Paulo SS. Respeito mútuo e muito trabalho.

2112. O atual cenário do rock brasileiro te estimula? O que vocês ouvem quando estão em casa?

Paulo SS. Não, não estimula. Ouvimos blues, rock e suas vertentes.
2112. Vocês estão planejando a gravação do primeiro EP da banda e estão pedindo ajuda, ok? Como as pessoas diretamente ou indiretamente podem ajudar? Seria utilizado o sistema de cotas?  

Paulo SS. Sim, vamos lançar nosso primeiro EP no primeiro semestre de 2018, através do sistema de financiamento coletivo, que é uma realidade para muitas bandas e artistas independentes. É bem simples, as pessoas apoiam com um valor e dependendo do mesmo ganham recompensas: adesivos, cds, camisetas, nome no encarte do EP, etc. É só entrar no catarse e apoiar como puder, este é o link: catarse.me/sandinistasprimeiroep . APOIE NOSSO ROCK!

2112. E se uma gravadora se interessar pelo projeto, vocês aceitam?  

Paulo SS. As gravadoras hoje não trabalham mais como antes, apenas com grandes somas, grandes contratos, grandes produções, acho que mais confortável para o artista é ter seu próprio selo, cuidar da distribuição física e digital, venda de shows, enfim, cuidar de sua própria carreira. Mas, é claro que uma proposta boa e respeitável pode ser bem aceita.

2112. O que os fãs da banda e do próprio rock podem esperar desta gravação?

Paulo SS. Podem esperar por boas canções rock e diversão garantida em alto volume!

2112. Dá para adiantar alguma coisa? 

Paulo SS. Sim claro, é só ir aos nossos shows.

2212. O underground ainda é o melhor caminho para se ouvir música verdadeira?

Paulo SS. Sem dúvida, mas não é uma regra.
2112. Agradeço a oportunidade de entrevistar vocês, saber um pouco mais da história da banda, sua ideologia e dizer que o microfone é todo de vocês... 

Paulo SS. Nós agradecemos pelo convite e pelo apoio. Para você e para todos os leitores, muito obrigado. Vão aos nossos shows, ouçam nossa música, apoiem as bandas da sua área, apoiem os Sandinistas, apoiem o rock!

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