Músico simpático e humilde, Jessé Blindog faz um trabalho voltado para o hard e o blues de altíssima qualidade. Quem já foi a um de seus shows ou conhece seus álbuns sabe que não estou mentindo. Homenagem mais que merecida!!
Entrevistas Bônus: Jessé Blindog
O Brasil é um celeiro de grandes bandas e músicos e a Blindog usa rock e blues em doses certeiras para criar um som bacana, visceral e o que é melhor... cantada em português. Seu último álbum Paulicéia, Madrugada & Blues merece ser ouvido com atenção no volume máximo.
2112. A Blindog é uma autêntica
banda de rock e blues inserida dentro de uma cena cada vez mais artificial.
Qual o maior desafio em manter uma banda com características vintage nos dias
de hoje?
Jessé: Os espaços, na mídia e em
shows, estão cada vez diminuindo mais. A bandeira do classic rock, blues-rock e
do blues nunca esteve tão pesada de ser carregada.
2112. Apesar de toda essa
"artificialidade" bandas como Kurandeiros, StringBreaker, Amargo
Malte, Stranhos Azuis, Putos Brothers Band, Power Blues, Dudé & A Máfia,
Mr. Huddy, Nicotines, vocês... tentam a todo custo manter viva a chama do
classic rock, não é?
Jessé: São idealistas, verdadeira resistência, que mantém acesa a chama criativa do rock e do blues e a banda Blindog engrossa essa pequena fileira.
2112. A reação do público nos shows e
mesmo quando ouve os trabalhos da banda te surpreende?
Jessé: A banda Blindog tem como
proposta evitar o cover e a mesmice dos 7lists. Tocamos as
"encrencas" das bandas clássicas, exemplo: da banda Steppenwolf levamos
Screaming Night Hog ao invés da manjada Born to be wild. Isso requer músicos
dispostos a pesquisar e ensaiar. A outra característica da banda é fazer
releituras dos clássicos, não apenas copiá-los. Então, quando tocamos nossa
versão de Come Together/Beatles ou Johnny B. Good/Chuck Berry, entre várias
outras, percebemos com satisfação a boa surpresa causada, vendo que os esforços
valeram a pena.
2112. A sua carreira começou nos
anos 60 celeiro de bandas incríveis que influenciou toda uma geração de
músicos. O que você mais curtia nessa época?
Jessé: Eu sempre estive no fundão da Zona Oeste, Osasco principalmente, onde já em meados dos anos 60s toquei em bandas de bailes. Havia bastante casas, clubes e bares que levavam música ao vivo. Então, as minhas influências básicas da época foram inicialmente o rock instrumental dos The Shadows, The Ventures e, em seguida Beatles e Rolling Stones, com quem tomei contato com o blues (obrigado Brian Jones!). Mas a grande influência, e o que me fez a cabeça em definitivo, foi ouvir guitarristas como Hendrix, Robin Trower, Alvin Lee e bandas como Cream. Mountain, Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple (obrigado Ritchie Blackmore, tb!), e algumas do progressivo, Jethro Tull, Procol Harum e Yes.
2112. Entre as bandas citadas qual
delas se tornou influência direta na sua carreira?
Jessé: Inegavelmente Jimi Hendrix.
Foi um catalizador que bebeu na fonte do blues (T-Bone Walker, Buddy Guy,
Freddie King, entre outros) e catapultou sua influência para as gerações
seguintes. Quando você assiste, mais de quarenta anos após sua morte,
guitarristas virtuoses como Malmsteen, Vai e Satriani, fechando seus shows com
músicas dele, dá pra concluir que ninguém posterior a ele, escapou de sua
influência.
2112. A atual cena do rock te
empolga?
Jessé: Raras exceções me empolgam
hoje: Joe Bonamassa, Eric Gales, Walter Trout, o velho e bom Robin Trower, e
outros poucos, ainda me fazem arrepiar, e se salvam nesse mar de sons
descartáveis.
2112. Vejo o período 1965/1975 como
os mais férteis do rock servindo de base para o que viria a ser o punk, a
new wave, o eletrônico... e mesmo os revivais do rock'n'roll, do hard rock, do
funk etc. Foi um período de grandes bandas, grandes discos...
Jessé: As bandas dessa década se
digladiavam sempre em nome da criatividade. Álbuns maravilhosos um após outro.
Até que as grandes gravadoras tomaram as rédeas e impuseram "sempre mais
do mesmo" para otimizar lucros.
2112. Mas voltando a sua carreira
que bandas você participou até formar a Blindog?
Jessé: Nos anos 60s as principais
foram Blue Star e Beatos, de bailes. Nos aos 70s e 80s, já com trabalhos
autorais e releituras de clássicos do rock e do blues, Sepulcro, Nó Virgem e
Atalho Tao. Nos anos 90s, Bluedog (1993 e 1994), Irmandade do Blues (1994 e
1995) e Blindog (1995 até hoje).
2112. Existe registros desses
períodos?
Jessé: Lamentavelmente muitos registros
foram perdidos, mas no Youtube Banda Blindog, estão sons da banda Atalho Tao na
música Brasileiro Nato-1983 (Maria da Paixão/vc, Reynaldo Alves/bx, Roberto
Batera, e eu-gt); banda Bluedog (com Silvio Alemão/bx, Armando De
Julio/bt, Vasco Faé/vc e gaita, e eu-gt) 1993-numa versão de Little Wing/Hendrix
no lendário Jazz and Blues-Santo André; banda Irmandade do Blues na TV
Alphaville-1994 (formação do Bluedog, acrescido do guitarrista Edu Gomes) nas
releituras de Big Bill Blues (Big Bill Broonzy) e Screaming Night Hog
(Steppennwolf), e da banda Blindog, músicas do último CD "Paulicéia &
Madrugada & Blues".
2112. A Blindog tem mais de vinte
anos de estrada e já lançou três álbuns: Blindog (95), Sampa Midnight (03) e
Paulicéia, Madrugada, Blues (10). Quando você decidiu que era a hora de criar a
sua própria banda?
Jessé: Na verdade, Blindog é mais
que uma banda, é um projeto musical que tem o blues-rock como base sonora, que
se iniciou na banda Bluedog, passou pela Irmandade do Blues (que seguiu seu
caminho, com sucesso), e se consolidou na banda Blindog. Nessa trajetória a
banda teve várias formações, tendo vários músicos de talento e dedicação
passado por ela, e contribuído para seu estágio atual.
2112. A início
foi difícil encontrar pessoas com as mesmas idéias que a sua?
Jessé: Como se trata de uma banda
com som e 7list focado numa vertente específica do Rock e do Blues, poucos são
os músicos que se adaptam, e se sujeitam tirar músicas em casa, ralar em
ensaios antes de subir em um palco, preferindo um repertório mais
comercial/standard, de fácil aceitação, e visando retorno financeiro imediato.
Por isso, sou sempre agradecido aos que abraçaram e contribuíram para esse
projeto musical.
2112. Na entrevista concedida a Guitar
Player você mencionou possuir um banco de riffs e levadas que serve de base na
hora de compor. Como isso funciona?
Jessé: Sou um cara que transpira
música, acordo e durmo ouvindo bons sons. Ouço de tudo! Então, em vários
momentos me vem fagulhas/idéias de composições, levadas, riffs...Através dos
tempos fui registrando essas idéias de todas as maneiras, gravando,
escrevendo...Então há uns 10 anos gravei todo esse material, subdividido em
riffs, de onde seleciono as introduções, pontes e finais, e levadas. Isso
facilita muito na hora de compor. É "só" aplicar bom senso, criatividade
e inspiração. Tem me facilitado a vida! Ainda tenho umas 20 horas de gravações
inéditas.
2112. Você é do tipo que compõe
muito?
Jessé: Compunha quando tinha um
trabalho/gravação para fazer. Hoje estou mais empenhado. Para o instrumental, e
arranjos, tenho maior facilidade. Quanto a letras/líricas sou bem mais crítico
e sofro um pouco. Com a atual situação econômica, onde os contratantes pagam os
músicos com a sobra de caixa, quando pagam, a banda Blindog resolveu se
concentrar em gravar materiais inéditos, e menos palco, o que vai demandar um
exercício maior de composição. Eu curto!
2112. Qual o parâmetro que você faz
de um álbum para o outro?
Jessé: Quem acompanha a trajetória
da banda Blindog sabe que o som tem uma cara, uma personalidade: É blues para
os roqueiros e rock para os bluseiros. É esse lema a ser mantido em cada novo
trabalho.
2112. Motoboy é um relato sincero do
dia a dia de muitos brasileiros. A temática me trouxe na cabeça a letra de Eu
sou Boy do grande Kid Vinil que retratava com muito bom humor a dureza da vida
de um trabalhador. Isso de uma certa maneira cria um elo importante entre a
banda e o ouvinte, não é?
Jessé: Também entendo assim. Motoboy
é uma singela crônica do dia-a-dia dessa classe batalhadora, sofredora e, às vezes,
com razão, incompreendida.
2112. Traduz: paulicéia, madrugada,
blues...
Jessé: Com o quarto CD "Avenida
Paulista", completamos a trilogia de tributo a capital paulista, uma
metrópole com suas virtudes e mazelas, mas acolhedora. E não tem nada mais
bluezy que o centro velho de SP em plena madrugada.
2112. Vocês se preparando para
gravar o quarto álbum da Blindog com previsão de lançamento para final deste
ano. Vocês já tem uma data prevista para entrar em estúdio? Como anda a
pré-produção?
Jessé: Está tudo planejado para em
Julho/19 começarmos a gravação do CD autoral "Avenida Paulista"
(provavelmente com 14 músicas, 12 inéditas e 2 regrações). A pré-produção está
concluída, só estamos revisando.
2112. Quem irá produzir o álbum?
Jessé: Como já me envolvi na
produção do CD "Sampa Midnight" e coproduzí "Paulicéia &
Madrugada & Blues" (junto com o fera e mestre Alexandre Fontanetti),
provavelmente irei produzir "Avenida Paulista".
2112. Você pretende usar a mesma
sonoridade analógica para a gravação do novo álbum como no Paulicéia...?
Jessé: No que for possível, sim. Acho mais "quente" o som.
2112. Haverá algum single antecendo
o lançamento do álbum?
Jessé: Provavelmente a música título
"Avenida Paulista".
2112. ... o microfone é seu!
Jessé: Aproveito para agradecer aos fãs da banda Blindog, às casas/eventos em
que temos tocado por prestigiarem a música ao vivo, aos músicos que passaram
pela banda pela contribuição, e aos atuais Marcelo Viterite, bateria e Michele
Naglieri, vocal e baixo por dividirem comigo o peso de manter ativa uma banda
independente e a chama acesa do blues-rock tupiniquim!
Postada em 28 de junho de 2019
Entrevista 02
Avenida Paulista será lançado em breve
fechando a trilogia (ou seria uma espécie de ópera rock?) começada em Sampa
Midnight. O álbum é uma ode de amor a esta grande metrópole chamada São Paulo.
Os detalhes dessa nova produção está na entrevista abaixo.
2112. Em breve será lançado Avenida Paulista que junto a Sampa Midnight e Paulicéia & Madrugada & Blues encerra o ciclo de homenagens a São Paulo. Como surgiu a idéia dessa trilogia?
Jessé. Aos 14 anos (1964), comecei a trabalhar como office boy em um escritório da Rua José Bonifácio, no centro da Capital. Nos serviços que me passavam, a grana que me davam para o ônibus, eu embolsava, e caminhava rápido, cortando caminhos, para chegar ao destino. Assim, rapidamente conheci todas as avenidas, ruas, vielas e entranhas de Sampa. E aprendi a amá-la! E agora, depois de mais de 50 anos, vi a oportunidade de pagar com música, a minha admiração por essa, hoje, megalópole! E o terceiro CD, "Avenida Paulista", vem encerrar essa trilogia do tributo à Sampa!
2112. Acredito que seria
interessante relançar os três álbuns num único box para que as pessoas tivessem
uma idéia do projeto como um todo. Isso tudo me faz lembrar uma ópera rock. A
idéia é essa?
Jessé. É uma boa estratégia, Carlos
Antônio! Apesar de o primeiro CD da trilogia, "Sampa Midnight", estar
esgotado, agradeço a sugestão e, vou pensar nela.
2112. São Paulo City é emblemática:
sua gente de várias nacionalidades, seu trânsito caótico, seus arranhas céus,
sua rica periferia, sua cultura multiracial... Inspiração para compor é o que
não falta, não é?
Jessé. Ela sempre inspirou poetas,
músicos, pintores, dramaturgos..., e me inspira também. A noite paulistana é
mágica! A música que abre o CD, "Avenida Paulista", descreve a cena
no primeiro verso "Noite fria na Avenida Paulista/a dama desfila com seu
casaco de vison/enquanto o mendigo banguela aquece seu cão/a prostituta retoca
o batom"!
2112. Você é do tipo de músico que
tem sempre um pedaço de papel a vista para anotar idéias que pintam como
trechos de letras, riffs, arranjos...
Jessé. O perverso é que esses insights surgem, geralmente, quando estou dirigindo, ou quando estou acordado de madrugada (sou insone). E na primeira oportunidade, anoto. Mas já tive dias estragados por não me lembrar mais, ou perder parte, de uma idéia "matadora"! Quanto a riffs, melodias e levadas, sempre abasteço um banco que mantenho há anos, usados na hora de compor.
2112. Em suas letras você
"compositor" fala muito do dia a dia dos paulistas... mas como o
"cidadão" Jessé enxerga São Paulo?
Jessé. Como disse, é uma notável
megalópole, hoje você já não enxerga suas divisas, é emendada a municípios
super populosos como Guarulhos, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema
(ABCD), Osasco, Cotia, entre outros. É o sonho de migrantes e imigrantes, mas,
ao mesmo tempo que é acolhedora, é cruel com os ingênuos, desprevenidos e
azarados. As ruas abrigam vários deles!
2112. Estive em São Paulo uma única
vez e me senti como o aquele personalidade do cinema: Crocodilo Dundee...
completamente perdido em meio a todo aquele caos urbano. Como é viver em meio a
essa louca realidade todos os dias?
Jessé. Como todo animal, o paulistano
é adaptado ao seu louco, mas adorável, habitat. Se você me deixar numa fazenda
por uma semana, a partir do terceiro dia pra mim será um suplício. Cadê as
sirenes, as buzinas, os gritos dos camelôs...?!!!
2112. Todo ouvinte tem uma
grande curiosidade em saber o que realmente acontece dentro de um estúdio
durante as gravações de um álbum. Você pode falar um pouco sobre todo o
processo que envolveu a gravação de Avenida Paulista?
Jessé. Carlos Antônio, existem
alguns formatos de como se gravar. Depende do orçamento (no meu caso super
curto. Tive que vender parte de meu equipamento!), da escolha do estúdio, se
você tem uma banda entrosada e ensaiada, se terá músicos convidados, se todas
as músicas estão completamente definidas, se haverá partes improvisadas, se foi
feita uma pré-produção...
Na gravação do CD "Avenida Paulista", agora como músico solo,
na pré produção defini todos detalhes, introduções, riffs, levadas, pontes,
finais, instrumentos em cada faixa, sempre respeitando as características dos
músicos convidados. Pensei ter previsto tudo, mas, como gravar não é fazer
pãozinho francês, sempre surge o inesperado, que é a graça/emoção do processo.
Correu tudo bem, deu tudo certo! E, espero que, desse trabalho honesto, a
galera curta/goste do resultado!
2112. Quem produziu e arranjou o
álbum?
Jessé. O
álbum todo foi arranjado por mim, já a produção dividi com o super conceituado
Alexandre Fontanetti do Estúdio Space Blues.
2112. A parte gráfica já está
pronta?
Jessé. A parte gráfica já está bem
encaminhada. Na próxima semana já deverei ter o teste. Simples e bacana, foi a
concepção!
2112. Este mês está sendo realizado
a masterização do álbum. Você já tem uma data prevista para o lançamento
oficial de Avenida Paulista? Teremos alguma live para apresentar o novo
trabalho?
Jessé. Carlos Antônio, premeditei
lançar o álbum na segunda quinzena deste mês. No dia 27, se a pandemia deixar,
completarei 70 anos de idade, um marco na minha vida, e de qualquer um,
imagino. São poucos os músicos que chegam aos 70 anos em plena atividade e
motivado. Como disse meu ídolo Johnny Winter: "still alive and well,
baby"!!!
2112. Você pensa em lançar algum
single nas plataformas digitais para promover o álbum?
Jessé: Ainda estou estudando a
estratégia de lançamento. Mas, provavelmente, a música "Avenida
Paulista" será o "boi de piranha"!
2112. A banda tem seu trabalho
conhecido por fazer um power blues de primeira qualidade. Mas uma
curiosidade... você incluiu uma daquelas baladas bluesística com um daqueles
solos lento de cortar o pulso (no bom sentido, claro!)?
Jessé. É de lei, num album, você
incluir uma baladona, e também, no praia blues, pelo menos um slow blues. A
balada ficou por conta da faixa "Julia", que compus para minha
graciosa netinha sueca, já slow blues gravei 3, "Blues para Aylan" um
réquiem ao garotinho sírio (e a todas as crianças igualmente desafortunadas)
afogado na travessia do mar Egeu, "Seduzido e mal pago" e "Vida
de cão", com temas "fossa" tradicionais do blues.
2112. Sobre baladas... era comum nos
anos 60/70 as grandes bandas incluírem sempre uma em meio aos números mais
pesados. Bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath, Nazareth... que eram símbolos
de bandas pesadas tinham esse hábito que se perdeu com o passar dos anos...
Jessé. Free Bird do Lynyrd Skynyrd,
é uma delas. Sem se esquecer das baladas da banda Scorpions, uma mais bonita
que a outra. Mas, como os brutos também amam, para quem não conhece, recomendo
do Black Sabbath, Dying For Love, com o Tony Iommi inspirado!
2112. Estamos em meio a uma
verdadeira guerra com essa pandemia. Mas apesar do momento... quais são os
projetos para os próximos meses?
Jessé. Falando de pandemia, o
vocalista Rama Raynsford, que canta várias músicas do "Avenida
Paulista", testou positivo para o Coronavírus e teve que concluir sua
participação, gravando em casa. Carlos Antônio, imagine eu, 70 anos, convivendo
com Lúpus há quase 10 anos... Estou pensando em me esconder debaixo da cama,
rsrsrs! Meu projeto atual e para o futuro, compor, compor, e compor. Na
verdade, hoje, já estou trabalhando, separando material e escalando o time para
o próximo álbum!
2112. É uma boa notícia... mas o que
você diria para as pessoas sobre essa pandemia?
Jessé. Perversa! Após as guerras, a
população dos países envolvidos, estava mais envelhecida, pela perda maciça de
jovens. Nessa pandemia, o oposto, vamos perder muitos idosos (Itália, como
exemplo), rejuvenescendo, do pior modo, a população. Protejam-se!!!
2112. Uma última pergunta: Já pensou
em fazer uns poucos shows que fosse apenas com material desses três álbuns?
Acredito que daria para as pessoas terem uma real dimensão da sua obra como um
todo, não é? É só um dica.
Jessé. É uma boa dica, Carlos
Antônio! Vou ficar de olho/ouvido no "barulho" que o disco vai fazer!
2112. Qual o telefone/e-mail para
quem quiser adquirir o cd?
Jessé. No meu email: blindogpowerblues@yahoo.com.br, atenderei a
todos, com muito prazer!
2112. ... o microfone é seu, meu
camarada!
Jessé. Aproveito a oportunidade
para, primeiramente, agradecer muito a você, ao seu Blog 2112, a outros
batalhadores incansáveis como o Luiz Domingues, o Marinho Scott, e a todos que
incentivam/divulgam, de diversas formas, as bandas autorais brazucas. E como
não poderia deixar de ser, agradeço aos meus irmãos de som, Bruno Tritono
Santana e Rama Raynsford (voz), Marcelo Viterite (bateria) e ao amigo fera
Robson Fernandes (gaita), como também ao pessoal dedicado do Estúdio Space
Blues, Alexandre Fontanetti e ao seu fiel escudeiro, João Nhoque, pela
dedicação e talento doados ao trabalho. Penso que neste novo trabalho
"Avenida Paulista" atingimos novamente a nossa meta: "Para os
roqueiros, blues, e para os blueseiros, rock"! The blues is alright, and
the rock & roll, too!!!
Postada em 17 de junho de 2020
Nota: As fotos foram retiradas do Facebook do homenageado e infelizmente as fotos não tinham os nomes dos seus autores. Portanto, quem tiver alguma informação por favor entre em contato pelo e-mail furia2112@gmail.com para fazermos as devidas correções.
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