O blog 2112 foi formado com intenção de divulgar as bandas clássicas de rock, prog, hard, jazz, punk, pop, heavy, reggae, eletrônico, country, folk, funk, blues, alternativo, ou seja o rock verdadeiro que embalou e ainda embala toda uma geração de aficcionados. Vários sons... uma só tribo!



segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Entrevista Black Kings Of The Blues

2112. Primeiramente, como surgiu o projeto Black Kings Of The Blues?

Euclides. Surgiu pela necessidade de tornar essa história mais conhecida, não apenas pela riqueza melódica mas também pela importante história que ela traz em sua formação. Eu já tinha identificado a necessidade de contar e cantar essa história. Mostrei o projeto pra um amigo de longa data, Edgard Radesca do Bourbon, aí ele curtiu e me incentivou a pôr o projeto de pé.

2112. ...e quem faz parte dele?

Euclides. Eu, gaita, back vocal e percussão; Victor Rossetti, gaita, guitarra e voz; Jonny (Ricardo Moreno), bateria; Rodrigo Rossignoli, baixo; Zé Victo, apresentador, voz, back vocal e narrador; Adriana Cristina, apresentadora, back vocal e narradora e cotamos ainda com as participações especiais de Bibba, voz e Laurence Santos, teclados.

2112. Ao longo dos anos, o blues gerou diversas vertentes ao incluir em sua música elementos do rock, do jazz, do funk, do soul etc. O que vocês acham dessas miscigenações do estilo?

Euclides. Nós achamos importantes. Isso tornou o Blues mais audível e mais acessível a outros públicos ouvintes, admiradores e até da legião de outros artistas músicos.

2112. Vocês pretendem trazer de volta o velho blues cantados nos campos do Mississipi, nas prisões, nos bares e cabarés ao largo das estradas?  

Euclides. Não. Não temos esse propósito.

2112. Nos últimos anos o blues tem tido uma grande abertura em nosso país com a criação de importantes festivais espalhados em diversos estados e que muitas das vezes incluem cantores, bandas e músicos americanos e ingleses. Qual a visão de vocês sobre esses festivais?

Euclides. São bem vindos esses festivais como difusão musical. O que falta neles é o que vamos fazer. Mostrar a importante e curiosa história tão fundamental como ferramenta de mudança e oportunidades sociais.

2112. A banda é nova, mas quais são os planos de vocês? Vocês tocarão apenas os grandes standards do blues ou pretendem também criar material próprio? 

Euclides. Primeiramente grandes standarts.

2112. Vocês tem projetos de gravar álbuns ou singles para divulgar o trabalho da banda? 

Euclides. Sim, mas a longo prazo.

2112. Pessoalmente o blues é o meu solo sagrado e Muddy Waters e Elmore James são os meus grandes ídolos. E quanto a vocês quais músicos ou bandas fundamentam o The Black Kings Of The Blues?

Euclides. Muddy, Little Water, Willie Dixon, Robert Johnson, Buddy Guy e claro BB King.

2112. Algum disco em especial?

Euclides. Riding With The King e Me and Mr Johnson do Eric.

2112. Sei que cada músico de blues tem o seu jeito próprio de tocar e cantar suas composições. Nos shows vocês respeitam os arranjos originais ou seguem a intuição do momento?

Euclides. Seguimos a intuição. O blues nos dá esse "Liberdade Poética", digamos assim.

2112. Vocês pretendem trabalhar também como banda de apoio para outros músicos ou cantores? Pelo que eu sei isso é um prática muito comum no universo do blues, não?

Euclides. Sim, gostaríamos muito.

2112. Como contactar a The Black Kings Of The Blues para shows?

Euclides. Por e-mail: eucrio@bol.com.br ou pelo WhatsApp 11 99779 1794.

2112. ... microfone é de vocês.

Euclides. Eu, em meu nome e de toda a rapaziada agradacemos e enaltecemos essa oportunidade.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Entrevista Alexandre Freitas (Tublues e solo)

2112. Passados oito anos desde o lançamento de Blues em breve teremos um novo álbum. O que você pode adiantar sobre o projeto?

Alexandre: Estou super empolgado e já compondo novas melodias, formatando arranjos, riffs, levadas, etc. Pretendo dar sequência à ideia do álbum "Blues", contemplando também elementos de jazz e fusion, onde eu tenho me especializado nos últimos anos.

2112. ... além de você quem mais participará das gravações?

Alexandre: Pretendo fechar um time mais restrito devido à linguagem e logística que penso padronizar. Trabalhar com muitos músicos é muito bom porém tem suas dificuldades. Ainda mais que minha intenção é levar essa galera pra tocar ao vivo e, sendo assim, um time mais "fechado" será o ideal, creio.

2112. O álbum será instrumental como os anteriores ou você pretende incluir alguma música vocalizada? A sua esposa é cantora, não?

Alexandre: Pretendo mesclar como no álbum anterior ("Blues"). Provavelmente serão 6 instrumentais e 6 com vocais. Minha esposa com certeza irá cantar em pelo menos duas composições. E assim como no álbum anterior mencionado, pretendo também mesclar letras em português e inglês.

2112. Alexandre, o cenário hoje enfrenta uma nova ameaça: a invasão de bandas de IA. Sendo músico, compositor, arranjador e professor como você enxerga esse desafio? Qual a sua visão de mercado hoje?

Alexandre: Já fui bem mais medroso e pessimista em relação a esse novo momento mundial. O que me consola é a possibilidade de se tornar tão comum e acessível a ponto de nos tornar, fazedores de música orgânica, uma espécie de "artigo de luxo" e artesanal, assim valorizando mais nossa criação. Esse é o meu desejo e esperança.

2112. Não tenho bem certeza... mas acho que foi Andy Wharol que disse em 1969 que o futuro da música seria o da flauta de bambu. O que você pensa a respeito disso?

Alexandre: Não conheço essa afirmativa e não consigo também opinar sobre isso. Posso deduzir que minha resposta anterior tenha algo a ver com isso, sobre o orgânico, artesanal, espontâneo, humano...ser mais valorizado e se tornar artigo de luxo para as próximas gerações.

2112. Voltando ao novo álbum... as gravações já estão em andamento? Quantas músicas serão incluídas?

Alexandre: Atualmente já tenho algumas semi-prontas e outras totalmente prontas. Creio que 12 faixas estarão de bom tamanho, porém se no final eu for incluir mais eu o farei sem preocupações.

2112. Você é do tipo de compositor que tem várias composições guardadas, riffs prontos, demos gravadas... Enfim, como é o seu processo de criação?

Alexandre: Exatamente como descreveu. As ideias vêm e ao longo do tempo a gente vai lapidando, dando forma, trabalhando e desenvolvendo. Raramente a música e seu arranjo já vem pronta na mente.

2112. Você compõem e faz os arranjos sozinho?

Alexandre: Quase sempre. Quando algum amigo, músico ou aluno vêm com uma ideia interessante eu proponho uma parceria. Isso sempre agrega e fomenta a movimentação em torno do projeto.

2112. Voltando no tempo... como foi o início de sua trajetória como músico antes de iniciar sua carreira solo?

Alexandre: Sempre toquei na igreja e posteriormente em bandas de baile ou de cover. Como fui criado na magia artística e criativa dos anos 80 meu repertório sempre foi embasado neste período (com fragmentos dos anos 90 também). Somente depois que tive contato com os anos 60 e 70 que mergulhei de cabeça em tocar esse tipo de som e me especializei nessa sonoridade mais vintage/cru. Começaram as bandas de cover pra tocar Deep Purple, Led Zeppelin, etc. Esse contexto todo me levou à escolher os gêneros favoritos e seguir neles hard rock, rock blues, blues, jazz...

2112. Quais músicos mais influenciaram no seu jeito de tocar?

Alexandre: Pra ser sucinto: David Gilmour, Mark Knopfler, Byan May, Stevie Ray Vaughan, Jimi Hendrix, Eric Clapton, Joe Satriani, Andy Timmons, Eddie Van Halen... são muitos, mas creio que estes são os principais.

2112. ... existe músicos que seguem um único estilo. Nada contra, mas como professor você não acha que isso limita o universo de um instrumentista?

Alexandre: Concordo em gênero e grau. Os ídolos citados acima, por exemplo, eram versáteis e ouviam de tudo. Na minha vida existe demais outros estilos como MPB, regional (nordeste), bossa nova, entre outros, que me ajudam demais a enxergar tudo de maneira mais ampla e criativa.

2112. Você estudou violão erudito mas toca blues e rock que são estilos mais básicos? Como você trabalha isso?

Alexandre: Estudei somente 2 anos de erudito, meu forte mesmo sempre foi o popular. Amo todos os períodos da história da música (renascentista, barroco, Classicismo, Romântico etc), porém tive que escolher no que me especializar.

2112. Depois de ministrar aulas em escolas e conservatórios você criou a "Feeling Ritmos e Cordas" em parceria com o baterista Cláudio Abreu. Como é lidar com alunos que já chegam querendo tocar como fulano ou beltrano? Que conselhos vocês dão?

Alexandre: Busco sempre me espelhar na maneira como eu comecei também. Sendo assim busco referências nos guitarristas citados acima, ensino seus solos e todo o embasamento teórico que envolve o entendimento sobre as construções dos mesmos. Porém o objetivo maior é, nas etapas finais do processo, cada um encontrar o seu "som', ou seja, sua maneira de tocar, suas próprias ideias e seu timbre.

2112. A Tublues banda tem uma longa história. Você está desde o início ou foi convidado posteriormente pelo Cezar para fazer parte da banda?

Alexandre: Estive desde o início em 1999. Fui convidado a entrar numa banda que estava nascendo e a partir disso começamos a compor e... o resto é história.

2112. Vinte é fortemente influenciado pelo blues e pelo rock dos anos 60 e 70. Como foi levar para dentro do estúdio o som que vocês faziam no palco onde vocês tem a liberdade de improvisar e solar?

Alexandre: Esse espírito todos nós conseguíamos levar pra onde for, seja pro estúdio ou seja pro palco. Só mudava de local aonde iríamos fazer um som cheio de riffs, energia, sujeira e alma!

2112. Quanto tempo vocês gastaram de estúdio entre gravações, mixagem e masterização?

Alexandre: Aproximadamente de 6 a 8 meses.

2112. Atualmente a banda está sumida dos palcos mas a Tublues ainda existe como banda? Podemos esperar novos projetos incluindo shows e gravações?

Alexandre: No momento a Tublues está inativa por tempo indeterminado. Nenhuma previsão de retorno ou de alguma reunião.

2112. Daylights é um álbum maravilhoso e tem um ótimo repertório. Mas uma curiosidade: quem é o Andy de "I Remember Andy"? É algum amigo ou é apenas um personagem fictício?

Alexandre: Nenhuma das duas coisas. Trata-se de um ídolo, mencionado acima também, chamado Andy Timmons. Explico: Ele tem uma música chamada "I Remember Stevie", aonde homenageou nosso ídolo em comum Stevie Ray Vaughan (também citado acima como um de minhas maiores referências). Aí eu quis fazer igual a ele homenageando a ele mesmo...por isso o nome "I Remember Andy". Inclusive ele tem um cd "Daylights" e sabe desta homenagem.

2112. As músicas do álbum já vinham sendo trabalhadas a algum tempo? Qual delas deu mais trabalho na hora de gravar?

Alexandre: Iniciei o processo destas composições aproximadamente desde 1998. Porém a faixa título e "I Remember Andy" foram compostas no período da gravação do álbum.

2112. Em 2017 é lançado Blues. O título do álbum remete a uma das músicas como aconteceu em Daylights ou ele é realmente todo voltado para o blues?

Alexandre: Ele é voltado para diversos tipos e estilos do gênero blues (Feel Blues, Rythman Blues, Blues Rock, Shuffle, acústico...entre outros).

2112. Você tem expectativa de quando será lançado?

Alexandre: Estou ainda na fase de produção, porém já tenho uns materiais prontos e outros bem adiantados. Pretendo lançá-lo até dezembro ou antes.

2112. Para quem conhece Daylights e Blues o que elas podem esperar desse novo álbum?

Alexandre: Esperem composições e arranjos fortes, letras ácidas e melancólicas, solos melodiosos e virtuosos, variações entre blues, rock e jazz e uma boa dose de feeling.

2112. Como adquirir seus álbuns e contratar seus shows?

Alexandre: Esse novo álbum provavelmente será intitulado como "Listening To The Blues And Jazz" e não será fabricado em mídias físicas como foram feito os três anteriores, e sim somente lançado nas plataformas digitais. Peço que acompanhem em meu perfil do Spotify ( https://open.spotify.com/intl-pt/artist/5E7IfU2ulcQlDXXDXzovJx) , Instagram (@alexandrefreitasfeeling) e no YouTube (https://www.youtube.com/@AlexandreFreitas).

2112. ... o microfone é seu!

Alexandre: Agradeço demais pela oportunidade, carinho e espaço oferecido por você. Espero em breve conversarmos novamente, com o novo álbum já lançado. Peço a todos que me sigam nos canais mencionados e acompanhem as novidades! Não desistam da boa música! Seguiremos resistentes e lutando por ela!


 Obs.: Todas as fotos foram retiradas do Facebook do músico.