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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Exposição Literária: Johann Peer


A vida é uma poesia em vários tons... seja ela real, surreal, fictícia, triste, alegre, sentimental, vibrante, elegante etc. Mas ainda assim ela, a vida é e sempre será uma poesia! Leia os escritos de Johann Peer, você com certeza se encontrará em algumas delas.

 

A casa torta

Prisioneiros do abismo solidão

Repletos de vazio

Estranha multidão

A mesa posta sem resposta

Alma sem lar a casa torta

A cama é quente

O riso é frio

Indiferente amor servil

São fantasmas que nos vestem

De loucas fantasias

A procura da saída sem sair da escuridão

Escuridão

Prisioneiros do abismo solidão

Repleto de vazio

Estranha multidão

 

Alma Blue

Vestida para amar devora-me

Devora minha solidão

Me cubra com os lençóis secretos

Misteriosos do teu coração

Desnuda minha alma em transe

Me vista com tua presença

Me envolva com os teus sorrisos

Encantados da tua essência

Dispa-se dos teus segredos

Iluminado sob o sol das noites

Faz-me sonhar e amar sem medo

Imaginando o paraíso em flores

Vamos inventar o infinito outra vez

E vestir de nudez a nossa plenitude

Alma blue

Alma blue

Alma blue

Alma blue

 

Do além cantar

Canto para o espaço infinito

Canto para a noite sonhar

Canto para a minha morte

Canto para a vida sem par

Canto para o riso do pranto

Canto para a tristeza espantar

Canto para os excluídos de liberdade

Canto para os sinos dobrar

Canto para os caminhantes

Canto para os tortos a vagar

Canto para os que no trem partiram

Canto para os que estão por chegar

Canto para o Silêncio

Canto para o tempo a bailar

Canto para a dor dos ais que persiste

Canto pra quando a morte chegar

Canto para o meu torto canto

Canto para o Além do voar

Canto para o canto cantar

Canto pra quando a morte chegar

 

Eternidade

In memorian: Cássia Eller

Vou pegar estrada

Para algum ponto de partida p’ro final

Interminável de mim mesmo

No sorriso da tristeza da aurora

A esperança plena se veste

De tons imaginários

Uma sonora viagem

Silenciosa

Que agora grita

Eternidade!

Uma sonora viagem

silenciosa

Que agora grita

Eternidade!

 

Exato êxtase

Quando me inspirar

Na tua expiração

Não sei se vai caber ou não

Do senso a sensação

Ao explodir mil gestos nús

De ti profana erupção

Primaveril floral estão

Tua densa relva em profusão

De intensa seiva o pulsar

Da ação

Íntimo cosmo em expansão

De sermos uno aos turbilhões

No exato êxtase de estar então

No exato êxtase de estar então

 

Filhos do Vício

Há um grave preconceito

Que nos foi imposto

Quando saímos da ilusão

Invadimos sem licença

O adulto mundo da razão

Não somos culpados

Sim, somos vítimas

Da incompreensão

Que vem da criminosa dúvida

Dívida de ser vida

Neste mundo cão

Nós hoje somos jovens

Com pressa de chegar

A algum lugar

Que o destino aponta

Mas...queremos retornar

Somos só filhos

Filhos do vício

Do vício da existência

Que as vezes nos impede

E nos mata de sonhar

Que as vezes nos impede

E nos mata de sonhar

 

Flor da liberdade

Sonho acordado

E viajo em um mundo imaginário

Rico em miragens flutuam

No instante do horizonte de um espaço

Vôo e vejo a clara percepção

Dos olhos nús

Gritam em lembranças vivas

Que ocultam gotas

De silêncio frágil

Fragmento belo

De silêncio frágil

Fragmento belo

Onde me perco e me acho

Na eternidade plena de um abraço

Dessas noites que emergem como pássaros

Cantam inspirações e poesias e delírios, sonhos

Infinitos como a flor da liberdade

 

Luz

Vou dar a luz a tua luz, a meia-luz

Por inteiro grávido de Amor

Na gravidade do espaço-coração

Um novo ser

Chamado sentimento

Na aurora virginal dos tempos

Leve soprar da Eternidade

Claro alvorecer

O grito libertário do sonho igual

A bordo da esperança plena

Serena plenitude

De um novo plano astral

A bordo da esperança plena

Serena plenitude

De um novo plano astral

 

Mutações

Não precisam de dentifrícios

Os uivantes caninos

Antissépsia sem artificialismos

A antissépsia

Não usam molas

Os saltos dos felinos

Que traçam sete vidas teus destinos

De garras siamesas

E as aranhas tuas teias tecem

Multiplicam lares com tuas próprias vestes

Pós borboletas bichos-da-seda

Despertam vidas

Em sombras tamanhas

Luz se revela

Oculta na penumbra

E o Criador criava as criaturas

Que brincavam de ser

O construtor

O construtor

O destrutor

 

Poesia do Submundo

Moramos em um país

Somos vistos como marginais

Derrotados pelo conflito entre o trabalho

E os donos dos capitais

Não sabemos nossos nomes

Se vivemos ou se morremos

De fome ou de doença

Por crime ou violência

Moramos em um país

Onde nós somos culpados

De rasgarmos o futuro

Pros nossos filhos abortados

Massacrados pelos homens

Que estão cegos de poder

Não sabemos como vamos

Sobreviver

Há tantas injustiças que convêm

A nos partir

O nosso ego é ilimitado

Não sabemos como definir

Neste país de marginais

Marginais corrompidos

Pelo dinheiro sujo de sangue

Drogas ou homicídio

Essa música é para aqueles

Que não se deixam conduzir

De carregar nas costas

O castigo do passado

E se destruir

Pelas garras do poder

Das cegueiras da ilusão

Que se presta a julgar a Humanidade

Ou tal país pelo crime de omissão!

 

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