O blog 2112 foi formado com intenção de divulgar as bandas clássicas de rock, prog, hard, jazz, punk, pop, heavy, reggae, eletrônico, country, folk, funk, blues, alternativo, ou seja o rock verdadeiro que embalou e ainda embala toda uma geração de aficcionados. Vários sons... uma só tribo!



segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Entrevista Vagner Luiz Inácio (Véio Rock)

Assim como os Rolling Stones e o Made In Brazil o Véio Rock faz apenas rock'n'roll para dançar, cantar, festejar a vida e se divertir. Quem já foi aos seus shows ou conhece a sua música sabe perfeitamente o que eu quero dizer. "... I said I know it's only rock'n'roll but I like it."

2112. Estado Metal seu novo trabalho foi lançado durante uma live. Fale um pouco sobre esse projeto.

Vagner. Estado Mental foi lançada ao vivo na Kiss FM no dia 02/03/2021, pouco antes da e ser decretada a pandemia no Brasil e a música que dá nome a meu primeiro EP. A música tocou, juntamente com Sem Rumo, por mais de 40 semanas consecutivas na programação da rádio em todas as principais capitais e quase todo os estados brasileiros. É sem dúvida meu maior sucesso.

2112. O título tem algo a ver com a pandemia?

Vagner. Medo foi escrita, produzida e lançada durante a pandemia. Nela eu tento mostrar a cultura do terror, onde um sujeito tem medo até dele mesmo. É um alerta as pessoas, para que elas encarem os seus demônios de frente.

2112. Estamos vivendo tempos sinistros com a infectação de milhares de pessoas... sem contar as mortes de amigos e entes queridos. O que isso afetou diretamente na concepção do álbum, nas gravações etc.

Vagner. Medo é mesmo um desabafo e um alerta as pessoas. Todos temos os nossos demônios e cabe a nós encará-los. Não podemos viver escondidos em um quarto a vida toda. Em certo momento teremos que sair de lá e encarar a vida de peito aberto.

2112. As gravações foram realizadas em horários alternadas seguindo as regras da pandemia ou foi do modo tradicional?

Vagner. As gravações de Medo seguiram todos os protocolos de segurança, com músicos gravando cada um em seu próprio estúdio. Também a produção, mixagem e masterização foram feitas de modo remoto.

2112. Medo soa meio que um desabafo... O que te levou a escrever a letra.

Vagner. Já estou trabalhando em novas canções, mas devido à pandemia ainda não entrei em estúdio para produção. Mas com toda certeza, assim que passarmos essa fase difícil vem coisa nova ai. Por enquanto ainda sem data definida para lançamento.

2112. Achei muito interessante o single O Vilão que fala sobre o lado obscuro da psique humana. O que mais te atrai em temas como esses?

Vagner. O vilão é meu xodó. É foi a música que me abriu as portas as grandes rádios e me fez acreditar no projeto. Ela foi lançada na Transamérica FM e a partir dela a coisa tomou forma.

2112. É notório que os vilões atraem multidões... a prova é o fascínio que Darth Vader desperta nos fãs de Guerra nas Estrela. No seu ponto de vista o que atrai as pessoas a terem esse fascínio pelo lado sombrio da vida?

Vagner. Os vilões são personagens que criam um fascínio em todos os seres humanos. São muito retratados na telona e pouco explorados na música, então busquei retratá-los em uma de minhas músicas. Acho que o fascínio de um grande vilão gera nas multidões é que todos, mesmo que de maneira inconsciente, temos um vilão dentro de nós.

2112. Vagner, você além de músico é economista e empresário. A pandemia te afetou muito?

Vagner. Essa pandemia atrapalhou e muito a todos nós. Somos hoje 19 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza. Infelizmente muitos brasileiros passando fome e até que haja a retomada dos níveis de atividade econômica, muitos ainda padecerão, se não por essa maldita doença, de fome.

2112. Acredito que para ser músico no Brasil antes torna-se necessário ter um trampo fixo. Poucos vivem &exclusivamente& de música a não ser que tentem o mercado externo como fez o Sepultura, o Angra e o Viper, não é?

Vagner. Antes de qualquer coisa, viver exclusivamente apenas de um negócio não é uma opção, nem no Brasil nem fora dele. Os grandes empreendedores sabem do risco de se ter apenas uma fonte de receitas. Na música não deve ser diferente e mesmo o Sepultura, Angra, Vipers, os seus integrantes tem negócios paralelos. Para citar um exemplo, o Kiko tem diversos cursos on line, inclusive de empreendedorismo. O Max, ex-Sepultura, tornou sua marca de roupas (Cavalera) um negócio rentável, ainda que alavancado pela marca Sepultura. O Barbosa tem cursos de guitarra nas plataformas de cursos on line e ainda que sejam negócios relacionados a música, são atividades paralelas e alavancadas ao principal negócio. Se olharmos para o mainstream da música mundial, Dickinson dá palestras a grandes empreendedores pelo mundo todo, Kiss produz desde bonecos, gibis e até desenhos animados. Por tanto, mesmo que suas principais receitas venham de direitos autorais, vendas de shows e mídias nas plataformas ou mesmo a venda de cds e dvds como eram a pouco tempo atrás, ter apenas uma fonte de receitas não é prudente e nem sensato, mesmo aos grandes músicos que já têm carreiras suas consolidadas.

2112. Fale um pouco sobre o começo da sua carreira na música. Você participou de muitas bandas?

Vagner. Eu comecei na música as 16 anos, como vocalista de pequenas bandas em Curitiba. Passei por diversas delas e devido às dificuldades encontradas naquela época tive um hiato aproximadamente 19 anos longe da música. As dificuldades de se gravar naquela época. Era tudo muito caro e difícil de encontrar bons produtores e equipamentos. Também um nódulo nas cordas vocais me obrigou a me ausentar da música. A princípio seria apenas uma pausa para o tratamento, mas ai veio faculdade, casamento, filho, responsabilidades (hehe) e claro, certa desilusão a música que me tiraram dela por quase 20 anos.

2112. O que levou a carreira solo?

Vagner. O que me levou a carreira solo foi a falta de comprometimento dos músicos que eu encontrei durante meu período com bandas. Nem todos os mesmos objetivos de vida. Muitos estavam atrás de um instrumento apenas por amor a música e simples diversão, enquanto eu queria voar.

2112. Entre bandas e músicos que você curte quais foram influências diretas na sua vida como músico e letrista?

Vagner. Eu cresci ouvindo Led Zeppelin, AC/DC, Iron Maiden, Judas, Sabbath, Raul, Engenheiros, Titãs, Barão, Legião, dentre tantos outros nos anos 80. Foi uma época maravilhosa pro rock nacional e internacional e é até uma injustiça não citar todos aqui, mas passaríamos o dia aqui.

2112. Me diga como foi participar do Make Music Day, evento que celebrou a música em mais de 120 países e 1000 cidades. A repercussão foi boa?

Vagner. Receber o convite do coordenador regional para participar do maior evento musical do planeta foi maravilhoso e uma grata surpresa pra mim. O Make Music Day foi disparado o maior evento que participei. Minha live obteve mais de 15 mil visualizações simultâneas e alavancou muito minha carreira, principalmente no que diz respeito a redes sociais.

2112.  Tem outros projetos nesse formato e quais são as suas expectativas em relação a cena, apoio cultural, shows etc.

Vagner. Eu produzi algumas lives em minhas redes, inclusive para a Tendência Rock, que é um movimento de apoio as bandas independentes. Participei de outros festivais on line, como para o Pedrada Rock, idealizei e produzi o Live Crash TV com a Cacá no início da pandemia. Quanto ao apoio cultural que tanto precisamos, principalmente de nosso governo foi muito pequeno e irrelevante. Essa lei Adir Blanc não favoreceu os pequenos músicos e a Lei Rouanet, todos sabem que também só favorece os grandes músicos e produtores. Pelo que tenho observado todo o apoio a cena tem partido de pequenas iniciativas individuais, infelizmente. Já os shows estão parados e sem data prévia de retorno e enquanto essa situação não se resolver acredito que não voltaremos. Aliás, acho que esse ano será praticamente impossível retomarmos de onde paramos.

2112. Por último... porque de Véio Rock?

Vagner. Veio é um apelido que trago de minha adolescência. Na ocasião de meu retorno a música, que foi um convite que recebi de um moto clube para fazer um show me deparei com a necessidade de ter um nome artístico. Assim, só juntei meu apelido a minha ideologia de vida. Kkkk

2112. Qual o tel./e-mail para aquisição de material de merchandising e shows pós-pandemia?

Vagner. Eu estou presente em todas as redes sociais. Os fãs, produtores e contratantes podem encontrar meus trabalhos no meu site, Facebook, Instagran e também em todas as plataformas de streaming

www.veiorock.com.br

https://open.spotify.com/track/2EJvKhKJjhCefAebbCL1SX?si=SR8SCZHdTiS5S4xbMQfONQ]

http://instagram.co,/veiorockoficial

https://www.facebook.com/vagnerveiorock/

https://youtu.be/1cZ9uaCljq8

2112. ... o microfone é seu!

Vagner.  Gostaria de agradecer primeiramente ao espaço que o seu blog 2112 dá a todos nós da cena independente. É esse espaço que une e aproxima nós artistas de nossos fãs e é importantíssimo para o fortalecimento e crescimento da cena. Em segundo lugar, agradecer a todos que de alguma forma contribuíram e participaram das produções. A WWA Music Maneger, a WTF Records e a Roadie Metal que acreditaram em meu trabalho e todos os fãs que curtiram, comentaram e compartilharam em suas redes as músicas do Véio Rock. Acho que eles são o motivo de estarmos trabalhando tanto pela música. Sem eles nada disso seria possível. Meu muitíssimo obrigado a todos e aguardem que em breve vem músicas novas por ai... Fiquem ligados.

 

Obs.: As fotos foram todas solenemente roubadas do Facebook do cantor. Identifiquei apenas o nome do FernandoBFotografia. Se alguém souber o nome dos demais fotógrafos favor enviar para o meu e-mail: furia2112@gmail.com para que eu possa fazer as devidas correções.

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