segunda-feira, 8 de maio de 2023

Entrevista Thiago Valle

2112. Walking Alone foi lançado recentemente em single antecedendo o novo álbum Gypsy Tears II. Ele já está pronto ou ainda falta alguns ajustes finais?

Thiago. O álbum já está completamente finalizado. São ao todo 13 faixas. Walking Alone segue uma estética que gosto muito: timbres sujos e pesados costurados por um slide ao longo de toda a música. Gosto muito do momento final da música, com o vocal cantando junto ao solo, em um crescente bem marcante.

2112. A letra em inglês significa que você pretende lançar o álbum no mercado externo? Você está em contato com algum selo? 

Thiago. O disco tem várias influências distintas mas, a mais evidente, é o hard rock. Trata-se de um disco de hard rock. Escrevi boa parte das músicas do disco em inglês porque entendo que, dentro do hard rock, é assim que funciona melhor. Tem duas músicas do disco (Carcará e O Rio da Vida) que escrevi em português. Nessas duas faixas o português caiu como uma luva! De qualquer forma, pretendemos sim lançar esse material novo no mercado externo. Estamos em contato com alguns possíveis colaboradores.

2112. Os vocais de Walking Alone são seus? Quem mais participou das gravações? 

Thiago. Não, os vocais são todos de John Laporte, um grande vocalista de Belo Horizonte. Eu gravei umas demos de voz, por cima do instrumental que já tínhamos gravado, para assim direcionar o John sobre o que ele deveria fazer. A partir disso, ele gravou todos os vocais, inclusive criando várias nuances e melodias de voz. O disco foi todo gravado da seguinte forma:

-Thiago Valle: composições, arranjos, guitarras

-Arthur Luíz: baixo, bateria, produção musical

-John Laporte: vocal, backing vocal

Em uma das faixas, Carcará, há também uma gaita, que foi habilmente executada pelo gaitista Bruno Carvalho.

2112. Você poderia falar sobre o processo de criação das músicas, dos arranjos, da escolha do repertório, das gravações... etc?

Thiago. Com exceção de duas faixas, as músicas desse disco são músicas que carrego comigo há um bom tempo. Algumas já estavam com tudo pronto (arranjos, letras...), em outras faltava um verso ou outro. Walking Alone é uma música que escrevi em 2010. A primeira demo que fiz dessa música foi em 2012, com uma pegada diferente da atual, mas já com quase todos os arranjos que viriam a estar na versão final. Outras faixas são ainda mais antigas. Por exemplo, uma das faixas do disco, Angel of Sin, é um caso curioso. Compus o riff de abertura em 2004 (e agora, além de me sentir velho, passo a achar bizarro eu lembrar de todas essas datas). Depois, em 2006, fiz todo o resto da música, com exceção da letra. Essa música tem vários riffs, inclusive nas estrofes cantadas. Mantive essa música assim, sem letra, até um dia antes dela ser gravada para entrar no disco. Foi um rompante criativo que tive que aproveitar e virou uma de minhas faixas favoritas. Meu processo de criação não difere muito do processo da maioria. 10% de inspiração e 90% de transpiração. Normalmente estou tocando violão ou guitarra e percebo que saiu algo legal. A partir daí eu trabalho nisso e vou criando por cima. Crio então as linhas melódicas principais e escrevo a letra, seguindo o clima que a música passa. Os arranjos seguem o mesmo princípio, vou trabalhando nos pontos que acho que preciso “encher” mais e dando sentido ao vazio em outros pontos. É um jogo de balanço onde o silêncio também tem que falar. Quanto às duas faixas que mencionei logo no começo desse item: Tratam-se das músicas Carcará e Vuela Condor. Essas são as composições mais recentes do disco, foram totalmente compostas em 2022, ano de gravação do disco.

2112. Foi você mesmo quem fez todos os arranjos?

Thiago. Eu fiz todos os arranjos de guitarra. Quanto ao baixo e bateria, cheguei a dar algumas indicações do que eu queria, mas o grande mérito é do Arthur Luíz, que foi quem gravou esses instrumentos. O mesmo vale para o vocal. Eu gravei umas demos cantando as músicas, mas foi John Laporte quem soube interpretar isso e elevar ao máximo o nível do vocal, criando uma série de nuances e melodias para enriquecer o trabalho. Achei o resultado incrível.

2112. Como você trabalha as músicas em estúdio até chegar ao ponto que você deseja ou você já chega com tudo na cabeça?

Thiago. Isso depende. Eu nunca chego ao estúdio com “pouca coisa”. Sempre já tenho a estrutura da música já definida e boa parte dos arranjos. Em muitas das vezes já chego com tudo pronto na minha cabeça, pois já fiz várias demos na minha casa. A partir daí, vamos gravando as pistas de guitarra, as guias, solos, baixo, bateria e tudo mais. O vocal entra por último. Porém, acontece as vezes de mudarmos alguma coisa, pois concluímos que assim seria melhor. Nessa etapa, estamos apenas Arthur Luíz (produtor, baixista e baterista) e eu. Resolvemos então, por exemplo, diminuir certa estrofe, aumentar outra, dobrar o tempo do solo (ou diminuir pela metade) ... Tudo priorizando a música em si. Arthur é um excelente profissional, produziu o primeiro disco e trabalhamos muito bem juntos. Depois de todo o instrumental gravado, partimos para as gravações dos vocais com o John Laporte.

2112. As músicas do II serão todas cantadas ou terá alguns temas instrumentais também?

Thiago. Todas são cantadas, sem exceção.

2112. ... o álbum será lançado em todos os formatos: vinil, cd e cassete? E na parte gráfica teremos surpresas como no primeiro álbum? 

Thiago.  Certamente farei um material físico. Para o primeiro disco, fiz CD, revista em quadrinhos, livretos... Gosto muito disso, é um espaço que tenho para poder colocar meus desenhos e pinturas em prática. Farei uso disso também no segundo disco, acompanhado de vídeos. Estou desenvolvendo esse “kit gráfico” para esse novo disco e em breve faremos o lançamento.

2112. Thiago, como foi a aceitação do primeiro álbum? Ele correspondeu a suas expectativas? 

Thiago. Gostei muito, obtive muitas opiniões e críticas positivas. Foi minha primeira experiência em gravar e lançar disco, bem como a primeira experiência com plataformas digitais. É curioso saber que tenho fãs na Noruega e outros países tão distantes do meu, que ficaram sabendo do meu trabalho por conta dessas plataformas. 

2112. O que você tirou como lição da gravação do primeiro álbum e que não repetiu nesse segundo trabalho?

Thiago. São álbuns bem diferentes. O primeiro foi instrumental, o atual é cantado. Isso já muda bastante as coisas. Dediquei-me ao máximo em ambos. Como lição, do primeiro para o segundo, conduzi as coisa com mais leveza. Foi um processo muito prazeroso e enriquecedor.

2112. O primeiro álbum teve cópias vendidas no exterior? Como foi a aceitação?  

Thiago. Vendemos cópias físicas para o exterior, principalmente Europa e Japão. Lá ainda tem mercado para esse tipo de material. Pretendemos fazer o mesmo com esse segundo disco.

2112. Disco pronto na mão... você pretende montar uma banda ou mesmo manter os músicos que participou das gravações do álbum para fazer shows? Quais são os seus projetos? 

Thiago. Já começamos com as apresentações ao vivo. Fizemos alguns shows de pré-lançamento, em formato acústico, tocando ao vivo 11 das 13 faixas do disco. Foi ótimo, o público interagiu bastante com essas músicas autorais. Bruno Carvalho, que tocou gaita na faixa Carcará, participou dessas apresentações, tocando em todas as músicas, com gaita e flauta. Ficou excelente, mostrando um possível caminho de ele entrar definitivamente para a banda. Estamos ensaiando regularmente para as apresentações em formato elétrico, que ocorreram em breve.

2112. O nome Gypsy Tears continua sendo um projeto solo com a participação de outros músicos ou a partir de agora será uma banda? 

Thiago. Difícil dizer com certeza. Tudo indica que virou uma banda de fato. Deixa rolar.

2112. Qual o telefone/e-mail de contatos para shows e aquisição dos cds?

Thiago. Telefone: (31) 9 9151-3364

               Email: thiagobvalle@gmail.com

2112. ... o microfone é seu! 

Thiago. Gypsy Tears II é um disco de hard rock pesado, do começo ao fim. Riffs de guitarra, slide, solos bem colocados e vocal poderoso. Baixo gorduroso, bateria fincada e cheia de brilho. Um trabalho do qual me orgulho muito e fico feliz em saber que eu estava acompanhado de pessoas tão talentosas. Pessoas essas que, assim como eu, deram o máximo de si. Vamos pra cima!

Contatos:

Instagram:

Gypsy Tears: 

https://instagram.com/gypsytearsband?igshid=NTc4MTIwNjQ2YQ==

Thiago Valle:

https://instagram.com/thiagobvalle?igshid=NTc4MTIwNjQ2YQ==

Arthur Luiz:

https://instagram.com/arthurluizmf?igshid=NTc4MTIwNjQ2YQ==

John Laporte:

https://instagram.com/johnlaporteofficial?igshid=NTc4MTIwNjQ2YQ==

YouTube Thiago Valle: 

https://youtube.com/channel/UCCE_TWcRWdGT-suwkkVAecA

Link entrevista sobre o primeiro álbum:    

http://furia2112.blogspot.com/2021/11/entrevista-original-thiago-valle.html?m=1

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário