terça-feira, 30 de outubro de 2018

Entrevista Cimi


Conheci Cimi durante um show no Instagram e desde então a tenho seguido show após show até que fiz contato para tentar uma entrevista. O resultado desse bate papo você confere nesta entrevista super bacana...

2112. Desde que a vi cantar fiquei impressionado como você se entrega ao interpretar suas músicas. O que é cantar para você?

Cimi. Cantar é uma relação intensa com todos os sentidos, lido com eles no todo. É como me jogar num vôo livre, me dá um certo nervoso mas ao mesmo tempo é plenitude. Quanto eu canto, não é um ato consciente, é quase o tempo todo inconsciente, então eu tenho dificuldades em me assistir. Eu penso “Ai.. meu Deus! Como fiz aquele movimento ali?" A música é inconsciente, as batidas, o próprio microfone, tudo isso já tem um ambiente muito belo, os sentidos aparecem, saem, sem querer. Eu já tentei me preparar, assim como os americanos fazem… quem sabe um dia, qualquer movimento seja pensado, é tudo muito visceral, o que sai, às vezes, pra mim, é muito difícil, talvez olhando eu fale “vou tentar não fazer isso, mas acho que não tem jeito… eu acabo fazendo… tem certos movimentos que eu falo: ai que vergonha...’” Mas é maravilhoso, vale à pena, uma viagem interna que vai para o público, é muito legal. Ontem eu estava falando sobre isso com um novo integrante da minha banda, que é um DJ, e a gente conversava como é importante o momento do LIVE, é um momento de muita autonomia do artista e isso é maravilhoso, eu aproveito muito, eu levo muito a sério, é como se fosse um show, mesmo que eu esteja fazendo pra duas pessoas, uma, ou pra ninguém… às vezes no meu LIVE não tem ninguém assistindo, mas pode ser que alguém entre, então, eu me comporto na mesma intensidade, senão maior, a gente não sabe ao certo se tem alguém assistindo, então às vezes parece que estou cantando sozinha mas eu me jogo nessa oportunidade, eu me jogo na oportunidade de tocar pra quem vier, de qualquer lugar do mundo, isso é muito libertador. O artista tem que aproveitar bastante do LIVE enquanto temos ele, não temos nenhum domínio, é muito precioso pois coloca a nossa música em qualquer lugar do mundo e isso é maravilhoso! É sempre uma chance de estar perto e conquistar mais alguém, eu adoraria que alguém me desse atenção, que reconhecesse o valor que eu dou a essa troca, eu interajo mesmo e gosto muito. 

2112. Suas composições soam bem pessoais, intimistas... O que mais te inspira na hora de compor?

Cimi. É claro que acaba sendo pessoal, pois mesmo que seja comigo, o que me inspira é o meu olhar do que vai estar ali. Eu tenho parceiros, eu gosto de parceiros de composição, mas geralmente eu escrevo muita coisa daquilo que eu vejo, e se eu olho para aquilo é porque tem a ver comigo, a gente não ver aquilo que não nos interessa, algo já seletivo que tem a ver com alguma experiência minha, então já fiz música bem pessoal e já fiz música sobre alguém através do meu olhar. Teve uma música que era específica para alguém de uma situação que eu vi e escrevi, qualquer semelhança é mera coincidência ... nem tanto assim…, porque eu nunca vou expor as pessoas que estão envolvidas nas minhas inspirações, mas de novo, eu não teria visto se não tivesse parte de mim nessas situações que eu descrevo, já fiz música muito pessoal também, por exemplo “dá medo”, que é sobre enfrentar a música, não é tão simples quanto parece, quando a gente ama uma coisa forte, desse jeito, fortemente, do jeito que eu amo a música, desde de muito pequena. Eu sabia que ela, a música, tinha algo pra mim, então daí o medo de enfrentar, por isso escrevi “dá medo”, que é sobre o preço da paz, é uma experiência de verdade, que me deu muito medo de fazer, de fazer o disco. Escrever as músicas como um todo, não sei para as outras pessoas, mas para mim, às vezes, era tão tenso que eu chorava, às vezes chorava de alegria e outras vezes de tristeza, tinha muita emoção à flor da pele, é muito louco você escrever e cantar o que escreve, ver aquilo se transformar em música, é muito bom. 
2112. Quais são suas influências?

Cimi. Não sou muito presa a determinados tipos de música, meu pai gostava de seresta, de Pavarotti, de música clássica, tinha sempre o mesmo repertório, ele escutava muita coisa, mas sempre o clássico, dramático e festa, ele me levava para assistir óperas, eu não entendia muito bem naquela época, mas ele me dizia que eu entenderia algum dia... é verdade. Minha mãe gostava de Roberto Carlos, do John Lennon, dos Beatles, da Rita Lee, então essas eram as minhas influências. Eu gostava muito de Doo-wop e depois do blues, da soul music, aquelas músicas do coração, que vêm lá não sei de onde, aquelas que você se entrega, eu vi muito isso no soul music americano, Aretha Franklin, aqui a Gal Costa, Rita Lee, mas Aretha Franklin foi divisor de águas pra mim, antes e depois dela. Meu tio era baterista e escutava muito jazz, soul music, e isso tudo bateu no meu coração e eu conheci a Aretha Franklin e foi uma paixão, eu mergulhei nessa parte todinha da música americana afrodescendente, da soul music americana, passei uma fase que era só isso, George Michael, Sade, mas hoje, eu gosto muito da FKA Twigs, da Céu, agora gosto muito Rincon Sapiência, adoro esse cara, ele é muito inteligente, do hip hop, ele é o cara do momento. 

2112. O cenário atual tem mostrado mais e mais mulheres no comando de bandas, mais compositoras e instrumentistas. O mundo está mais democrático ou ainda tem muitas barreiras a serem quebradas?

Cimi. Em relação a ser mulher e comandar sendo mulher, tem uma diferença ser mulher, dá pra perceber, mas por outro lado é um desafio legal de ser encarado, de ser enfrentado, o artista é um grão de areia, não está fácil pra ninguém, eu acredito, e comandar pra mim sempre foi da forma mais doce possível, não é comandar, mas conviver e convidar, mais do que impor, eu gosto muito do meu ambiente de trabalho, pra mim é muito importante quem está ao meu lado, eu tenho uma relação muito forte com as pessoas que estão perto de mim, eu faço questão de conhecê-las bem, de respeitar os meus músicos, os meus parceiros, meu amigos, quem trabalha comigo, respeitar e jogar pra cima, claro que às vezes não é fácil, eu sou um pouco ciumenta com meus músicos e com meus parceiros, eu converso muito sobre isso com eles, eu costumo ser muito clara com as minhas coisas é bom. Eu não tenho medo de me expor, eu acho que é muito bom falar das dificuldades, das qualidades, dos amores, dos medos, acho muito legal esse desafio de ser mulher no meio de um universo tão masculino, é um desafio que é bom, cada conquista de respeito, de admiração, dos meus colegas, é uma vitória e tanto. Eu sou muito dramática, então eu sempre escuto alguém que me fala “Andrea, menos drama, vamos lá”... 

2112. Você é de ouvir rádio, ler artigos e revistas para acompanhar o que está acontecendo no cenário?

Cimi. Estou sempre ouvindo muita música, eu gosto mais de conversar e ouvir as pessoas, eu leio rapidamente algumas coisas, não leio artigos quando estou compondo, eu prefiro não ver, eu prefiro sentir o que está aí, eu ativo conscientemente meus sensores criativos, então eu me fecho, não quero ouvir ninguém cantando, principalmente mulheres, pois quero ter a liberdade de se, por acaso, vier algo parecido, eu ter certeza que foi um inconsciente coletivo acontecendo, então tem épocas que eu me isolo e tem épocas que eu me conecto, que eu escuto, que eu leio, mas eu adoro uma conversa, isso eu não dispenso mesmo, e durante conversa eu vou olhando no google, olho uma revista, me amarro, eu sou muito curiosa, então estou sempre ligada com meus radares, eu gosto de estar ligada.
2112. Sem querer invadir a sua privacidade... mas como você faz para administrar sua carreira de cantora que inclui shows, gravações, viagens... e ainda ser mãe?

Cimi. Eu sou casada e tenho dois filhos, eu vivi unicamente e exclusivamente para tudo isso, embora sempre paralelamente, de uma forma secundária, sempre com a música do meu lado, então eu me joguei recentemente depois de ter tido meu segundo filho, eu realmente mergulhei com tudo na música, às vezes eu sinto culpa de não dar tanta atenção para o meu menor, mas ele está em todos os meus shows, ele fica na minha frente, na primeira fila, enquanto meu adolescente fica lá trás, mas ele é o mais grudado comigo, eu amamentei ele durante muito tempo, não tive ajuda de ninguém, então era eu, meu marido Steve e ele, meu primogênito, o Nicolas, me dediquei muito a ele, e o Antônio, que é o meu segundo, me dividiu com a música, às vezes olho pra ele e pergunto: está tudo bem, filho, mamãe está aqui fazendo o que ela ama pra gente ficar feliz! Isso fica muito claro no meu show, ele entende, eu acho, mas não é fácil não, não é fácil mesmo, é uma sensação que nem sempre é tão leve, mas acredito que eles querem uma mãe guerreira, eu me sentiria inspirada por uma mãe assim, minha mãe lutou pela gente, ela é uma guerreira que lutou pela gente, ela nasceu pra cuidar, ela é feliz assim, e eu estou correndo atrás dos meus, eu acho que não escolhi a música, muitas vezes não quis, pois sempre gostei muito de família, é um conflito, mas eu vejo que eles ficam muito felizes por mim, eu vejo isso nos meus shows, o meu pequeno, que é quem eu mais me preocupo, pela falta de tempo com ele, quando eu vejo ele no meu show, o olho dele brilhando na primeira fila, sempre, eu vejo que está tudo bem, ele fica muito feliz por mim, os três ficam muito felizes por mim, sou cercada de meninos, meu marido Steve, meu filho mais velho Nicolas e o menor, Antônio. Todo mundo sabe que é um sacrifício, o tempo é sacrifício mas é bom ver o outro lutando por um sonho, eu quero isso para os meus filhos, para o meu marido, para os meus pais, para os meus irmãos, para todos que eu amo, meus cunhados, meus sobrinhos, meus amigos, que todos consigam chegar em boa parte dos seus sonhos, isso me faz feliz.

2112. O underground hoje concentra o que há de mais interessante na música enquanto o mainstream está cada vez mais perdido com suas fórmulas surradas. O que você tem escutado de interessante?

Cimi. O meu underground virou mainstream, que é Rincon, que era um hip hop de underground até pouco tempo, e ele conseguiu, e eu estou muito orgulhosa dele, eu acho ele um poeta, um cara muito sensível, muito gente boa, me representa dentro do hip hop, ele é novidade, ele é muito interessante, no visual também, veste de uma forma ousada e de muito bom gosto, sem forçar. Mas eu escuto absolutamente de tudo e dou meu carinho para as músicas do mainstream, se muita gente gosta, é bom que a gente preste atenção, entender porque gostam e por que não entender disso também? Eu não tenho um senso muito crítico em relação ao mainstream, pois acho que é bom você aproveitar essa forma, ainda que eu seja underground, eu me considero um pouco underground em alguns aspectos mas outros não, pois o meu som tem algo de underground, também acho que tenho um outro lado muito simples e romântico, e ele aparece, e eu não me importo não, eu não importo de ouvir o Drake, ouvir o que tem alí. Escuto tudo sem preconceito, até coisas que eu não gosto eu também escuto, que nem um filme ruim, você vai até o final para ver se melhora, música também, às vezes eu fico ali pra ver se melhora, quem sabe, melhora...

2112. Fale um pouco sobre as gravações do seu primeiro trabalho!

Cimi. A gravação do CD foi surreal, é igual uma gravidez, você não acredita, mesmo estando ali com um bebê no colo, você não acredita que aquilo é realmente seu, levou um tempo pra cair a ficha, mas foi tão celebrado. Eu fiz questão de criar um clima na gravação, então eu alugava van, eu mesma fazia as comidas, tinha todo um ritual de celebração em todos os momentos da gravação, se tivesse sido filmado teria sido muito divertido, eu levava sempre um prosecco para estourar na van, era um ritual de celebração, foi mágico, foi muito divertido, a gente gravava na Barra da Tijuca, a gente levava umas comidas fáceis de montar, eu gostava de montar, eu montava uma mesa, eu também gosto muito de cozinhar, de clima, de festa, adoro toda essa parte de entreter alguém, sempre gostei muito. Com meus músicos e equipe tem sempre um momento que a gente para, e conversa, e come, e bebe alguma coisa, interage e, esquece um pouco da música, e foi sempre celebradíssimo, fiz o melhor que eu pude, eu fui muito feliz em minhas gravações. Foi apelidado de GIG da CIMI, a van me pegava em casa e pegava todo mundo que participava da gravação e depois deixava todo mundo em casa, e acabava tarde e a gente vinha na van tomando um prosecco, foi muito divertido.
2112. Os arranjos foram feitos no próprio estúdio?

Cimi. Os arranjos foram basicamente já organizados e preconcebidos no home studio do meu produtor e depois a gente foi para alguns estúdios maravilhosos e às vezes mudava tudo por lá, outra vezes criamos direto no estúdio, mas já tínhamos uma linha a ser seguida, mas coisas mudavam da água pro vinho dentro do estúdio de gravação. “Cavalo” e “Vou indo”, essas duas músicas, em um determinado momento, eu chorei, uma porque fala de um casamento, de uma dança de casamento, e eu vi essa dança num vídeo no youtube, quando eu descrevi essa dança eu pensei que aquele casamento não daria certo, e era um mega casamento, eu descrevi a dança do casal, eu descrevi da minha maneira, do jeito que eu achava que deveria ser, aí eu me emocionei, a música fala de uma ligação muito forte, o casamento estava cheio de gente, muita pompa e tudo o mais, e na verdade, os dois queriam ficar mais entre eles, então foi um momento de muita emoção, eu chorei... eu também chorei em “Vou indo”, é uma música sobre relacionamento, é triste você ver certos desencontros, mas as duas emoções foram de alegria, as duas emoções falam de sentimento e plenitude, que é ser feliz e o amor. Sobre ser feliz, independente do outro querer ou não, você segue a sua vida, assim que tem que ser.

2112. Entre as músicas gravadas qual mais te emocionou? Algum motivo em especial?

Cimi. Momento difícil da gravação foi interpretar. E como eu tava com um produtor dirigindo a voz, é complicado, porque é a sua voz através do olhar do outro, então nem sempre eu consegui fazer do jeito que eu queria, tudo era muito novo, eu nunca tinha feito um disco autoral, mas a idéia inicial era fazer um EP, que seria lançado online, mas ele acabou virando um disco físico, ele virou um disco autoral durante o processo, então foi tanta coisa ao mesmo tempo pra mim, e eu cheguei crua pra gravar, eu não conhecia a interpretação da minha música, só com um tempo a gente conhece mais, eu não conhecia nem a forma de como eu gostaria de cantar a música, então eu deixei isso muito na mão de uma direção, ainda mais cantando na frente de muita gente, muitas pessoas mexendo em tudo, e sua voz fica muito ampliada, não é fácil, ainda mais eu, que sou muito crítica, marquei todas as gravações para madrugadas, minhas sessões eram entre 20h e 3h da manhã, as minhas próximas gravações serão em outro horário, com certeza, hoje eu acho que já sei bem como eu gosto de cantar, eu já tenho uma identidade bem mais encaminhada do que eu tinha na época, mas era assim que tinha que ser mesmo.

2112. Qual foi a primeira sensação ao segurar o cd pronto nas mãos?

Cimi. Eu tenho foto do momento que segurei o meu CD, quando eu vi, foi uma loucura, eu não acreditei, eu sou muito feliz com a capa dele, com tudo que escolhi, eu acho que meu CD foi tão bem feito, em todos os sentidos, desde da gravação, dei o máximo que eu podia, com as pessoas que eu escolhi, que acho que nem escolhi, era pra ser, é tudo muito mágico, destino, quando você lida com essas coisas viscerais, nada é por acaso, o que eu fiz nesse CD não mudaria nada, até o jeito que eu canto, era o momento, era como deveria ser, e segurar esse quadradinho na mão foi inexplicável, foi surreal, uma dia coloquei um monte na minha cama, dormi com o meu sonho, fiz até um post... foi muito maneiro! Valeu muito a pena.

2112. O que você é louca para cantar mas em respeito a gravação original não arriscaria uma interpretação?

Cimi. Não interpretaria a Mercedes Benz da Janis Joplin, já até fiz, mas me manquei, pois já fiz muita praça de alimentação, de shopping, então ali vale tudo, eu adorei essa fase, eu tive a minha fase de voz e violão, e também não tocaria na Amy Winehouse, só no karaoke aqui de casa depois de uns drinks...

2112. Qual o artista/banda que mais te emociona quando canta? Porque?

Cimi. Eu tenho uma emoção enorme com a Aretha Franklin cantando, com a Cássia Eller, Tim Maia, Adriana Calcanhoto, essas pessoas me faziam chorar na época que morei fora do Brasil, de saudade do Brasil. Tom Jobim é muito marcante, todos me faziam chorar de saudade, esses artistas me tocam. Adriana Calcanhoto, que eu nem acompanho tanto assim a carreira dela, me emociona quando escuto, eu gosto da música triste, tem uma melancolia na Adriana que eu adoro e me sensibiliza eu evitava escutar. Tim Maia, All Green, me fazem chorar. A Marisa Monte também, como não falar dela, toca muito o meu coração.

2112. Nos shows vocês incluem releituras de clássicos ou o material é todo autoral?

Cimi. Aretha Franklin interpreta muita coisa dos outros, então dá pra fingir que não foi nela que você se baseou...quando a pessoa não é autora, dá pra gente dar uma “roubadinha”, quando é algo mais simples, é legal você dar outra cara na música, eu gosto muito de pegar música masculina e dar um “jeitinho”, eu tenho no meu repertório o Celso Fonseca, “Polaroids”, eu tenho a Rita Lee, que eu faço um mashup do Bill Withers com “Doce Vampiro”, já fiz Michael Jackson, nos shows de verão, eu já fiz Belém do Pará, com a Rhyanna, Elis Regina acho bem perigosa de interpretar, qualquer coisa muito marcante, embora quem fizer bem feito, que bom! Parabéns!

2112. O que mais te emociona e o que mais te incomoda durante os shows?

Cimi. Muito raramente fico incomodada no palco, não deixo isso acontecer, pois quebra o clima, as pessoas que estão ao meu redor são pessoas muito bem escolhidas, que me escolheram também, então é sempre gostoso está com eles, mas já aconteceu de eu errar e me incomodar com isso, ou algum arranjo que não deu certo, de eu não me ouvir bem, mas o público não me incomoda, meus amados, meus familiares, meus amigos, estão felizes alí, é recíproco. Os bastidores talvez me incomodam mais, se algo não dá certo, mas no palco você precisa ir para outro lado.

2112. Agradeço muitíssimo por você me conceder esta entrevista e dizer que o microfone é seu...

Cimi. Muito obrigada, Carlos, uma honra participar dessa entrevista. Adorei as suas perguntas. Obrigada pelo suporte, o artista precisa ser apoiado, muito importante na cena independente, todo o apoio é muito bem-vindo, as perguntas foram muito interessantes, foi um prazer. Muito obrigada!

Cimi  - Vocais
Marcos Kinder - Bateria
Ricardo Rito - Teclados e Baixo Synth
Nino Leal - DJ


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