domingo, 8 de julho de 2018

Entrevista Moby Jam


O rock’n’roll é uma das manifestações musicais mais democrática e mutante do planeta. E o que o Moby Jam faz é isso... continua promovendo essa mutação ao misturar várias influências a procura da própria essência. Quem já ouviu o ep Sem Juízo, já participou de seus shows sabe a que veio a banda. É rock’n’roll direto na veia...         

2112. Podemos começar com vocês contando um pouco da história da banda?

Moby Jam. A banda nasceu na cidade de Varre-Sai-RJ no ano de 2006, formada pelo trio, Marcelo Vargas, Elson Braga e Augusto Borges. Inicialmente, tínhamos o nome de Moby Dick, com o crescimento, veio a necessidade de trocar e personalizar o nome, resolvemos criar algo único que nos representasse, assim surgiu a Moby Jam, pois nosso som começou com verdadeiras Jam’s... Gostamos muito de usar o termo “Rockfreestyle” para nosso estilo de rock enérgico. Hoje a banda conta com o auxílio luxuoso nos teclados de Gilberto Jorge Suhett, ganhando corpo e experiência.

2112. O Moby Jam investe em material próprio o que dá maior credibilidade e autenticidade ao trabalho da banda. Como é o processo de composição de vocês?

Moby Jam. Marcelo Vargas compõe a maioria das músicas e Elson Braga cria algum material também, nos ensaios que são verdadeiras jams, com os 4 a “magia” acontece, algumas melodias são criadas e tudo se encaixa.

2112. Geralmente o que vocês trabalham primeiro: a letra ou a música?

Moby Jam. Não há uma fórmula exata para criação, as vezes criamos a melodia primeiro e a letra vai sendo montada aos poucos, outras, melodia e letra prontas, até mesmo caso de letras antigas com melodias novas se completando.

2112. Na set list dos shows vocês sempre incluem releituras de clássicos do rock. Quais são as influências da banda?

Moby Jam. Rock Clássico, Blues, Metal pesado... cada um traz suas próprias influências para banda. Levamos um pouco da velha escola para os nossos shows, Rolling Stones, Barão Vermelho, Hendrix, Lynyrd, Paralamas, junto com nossas canções, essa mescla vem dando certo.

2112. Entre os clássicos tocados por vocês qual nunca pode faltar senão a galera reclama?

Moby Jam. As nossas canções, Chuva Ácida, Sol, Homem de Gelo, Purpurina, sempre aparece alguém lembrando de uma que ficou de fora de um show.

2112. Já aconteceu do público pedir uma música que vocês não ensaiaram? Qual é a saída nestes momentos?

Moby Jam. Por várias vezes... foram atendidos em algumas ocasiões, quando julgamos ser “legal” rsrs... mas teve situações constrangedoras, como, um ou outro “personagem” pedir sertanejo para uma banda de Rock... rsrs, jamais serão atendidos...


2112. Vocês são bem conhecidos na região por seus shows energéticos o que garante grande diversão para o público. Vocês tem uma agenda muito agitada?

Moby Jam. Os trabalhos aparecem, TV’s, Rádios, Festivais, mas gostaríamos de ter mais oportunidades... cenário do Rock no geral...

2112. Como é a cena em Varre-Sai? Tem outras bandas na cidade?

Moby Jam. Como tem, Varre-Sai se considerar a quantidade de habitantes pela a quantidade de bandas que tem, dará uma proporção grande de músicos... sabemos de pelo menos 7 bandas de rock e o forte aqui é o “forró” rsrs... mas estamos mudando o panorama, a cidade já tem belos festivais tradicionais que dão espaço para o Rock, como o Rock Noel, há 13 anos, Cevira RockFest, Motofests, o próprio festival do Vinho, Festa de Abril, todos estes eventos dão espaço para o rock Local.

2112. Em 2014 vocês lançaram o primeiro trabalho da banda batizado de “Sem Juízo”. O porquê desse título?

Moby Jam. Porque é bem a “nossa cara” rsrs... na verdade foi o nome de nossa primeira música, Sem Juízo, resolvemos botar no álbum, foi por onde tudo começou, os riffs nunca mais pararam...

2112. Vamos falar um pouco sobre as gravações do cd. Quanto tempo vocês gastaram em estúdio?  

Moby Jam. Fomos rápidos... até porque gravamos em Teresópolis, levamos 2 dias... rsrs, sendo que 1 para gravar e mais 1 para finalizar o vocal, depois, muito trabalho de mixagem, produção, escuta, volta, escuta, até chegar no resultado perfeito.

2112. O que foi mais difícil em estúdio?

Moby Jam. Foi uma experiência fantástica, teve até música inédita (O vôo)... não vemos como dificuldade, pois tocávamos há um longo tempo nossas músicas, foi só relaxar e executar nosso trabalho. Tivemos a parceria maravilhosa do Márcio Pombo e Felipe Marques, foi demais.

2112. Vocês já tinham alguma experiência com gravações?

Moby Jam. O trio havia gravado um CD demo com 3 faixas, Marcelo Vargas possuía experiência com estúdios e indicou o Estúdio do Pombo em Teresópolis, o que foi perfeito para o nosso momento.

2112. O resultado final agradou? 

Moby Jam. Perfeito, o CD “bombou” nas críticas especializadas, aparecemos na TV Record de Campos, entramos para o “time” da Roadie Metal de Goiás, vários programas de Rádios, várias resenhas, inclusive na Whiplash, 2 Moções honrosas da Câmara de Vereadores de Varre-Sai, duas premiações em festivais e o mais importante, admiração, carinho e feedback positivo dos fãns, o resultado foi uma premiação para o trabalho de todos nós.

2112. O tecladista Gilberto Jorge Suhett é um músico tarimbado com muitos anos na estrada e que tem dado uma grande força a banda. Ele será incorporado como membro oficial ou apenas fará participações nos shows e futuras gravações?

Moby Jam. Já é de casa, mais um membro da família Moby Jam, já participa das “brigas”... rsrs, como dizem: “ Tamo Junto” na alegria e na tristeza.
2112. Vocês já participaram de vários festivais e nos mais variados lugares... desde boates a pubs vocês estão sempre marcando presença. É difícil manter uma banda na ativa?

Moby Jam. De certa forma é muito difícil, tem as questões dos compromissos, da despesa, do tempo, todos temos ocupações distintas, distância, estrada, cada um vive hoje em uma cidade diferente, mas... quando fazemos o que amamos, tudo fica mais fácil... claro que há discussões, mas os sorrisos superam, nunca pensamos no fim... precisamos de mais oportunidades, queremos sempre mais shows.

2112. O que faz mais falta além de apoio dos fãs. Patrocínio? Mais festivais? Mais bares? Qual seria a solução para um circuito mais forte?

Moby Jam. Acho que de tudo um pouco, o principal, a renovação dos fãs... o sertanejo se renovou... não gostamos, mas renovou... o ritmo e o visual acompanharam o momento, enquanto o Rock, as pessoas ficam ouvindo as mesmas bandas das “antiga” e tem muita gente boa por aí... implorando espaço, só pesquisar. Torcemos por mais espaços para as bandas locais, valorizem o músico local, menos burocracia aos espaços culturais, muito difícil conseguir a documentação de liberação para eventos em Varre-Sai.

2112. Há planos para a gravação de um novo trabalho? Vocês podem adiantar alguma coisa?

Moby Jam. Em fase final de composição, esperamos entrar em estúdio no segundo semestre, vem pedrada por aí, o álbum está ficando sensacional, no nível ou melhor que o primeiro CD.

2112. O que os amantes do rock’n’roll podem esperar da Moby Jam para este ano?

Moby Jam. Muita Garra, Marcelo Vargas cantando e rasgando a guitarra como nunca, Elson e Augusto quebrando tudo com um entrosamento de peso na cozinha e Gilberto fazendo a cama com toda sua experiência nos teclados, estamos com um lindo show e preparando um belo CD!

2112. Obrigado por vocês disponibilizarem um tempo para responderem as perguntas... e dizer que o microfone é de vocês...

Moby Jam. Continuaremos na estrada... Convidamos a todos para o show do Festival do Vinho de Varre-Sai, será uma grande festa!

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Agradecemos ao Carlos Antonio Retamero Dinunci pela oportunidade e apoio de sempre ao rock e a todos que nos acompanham, muito Rockfreestyle!

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