segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Entrevista Banda Barcelonistas Pop Rock

2112. Primeiramente explique o significado do nome da banda. Confesso que fiquei curioso...

Duda. O significado basicamente é Barcelona referente a cidade espanhola (antes da pandemia eu iria fazer uma viagem para a Espanha e Portugal e além disso sou fã do time de futebol Barcelona), Pop Rock foi uma maneira de tornar mais fácil a nos encontrar nas mídias sociais, como Instagram, Face e YouTube.

2112. O projeto Barcelonistas Pop Rock surgiu a partir de um encontro entre você (voz e guitarra) e Elias Agnello (bateria). Vocês já se conheciam antes?

Duda. Nunca havíamos nos conhecido, na época eu trabalhava na mesma empresa que a esposa dele, aqui em Porto Alegre (sou gerente comercial à 25 anos) e em um determinado dia fomos apresentados e conversamos sobre música (o Elias é baterista à bastante tempo).

2112. Que bandas vocês participaram antes de formar o B.P.R.?

Duda. Eu Duda tive um projeto autoral musical, no Rio de Janeiro na década de 80/90 chamado CONTRATO DE RISCO, quase assinamos contrato na época com a Polygram porém tivemos desavenças comerciais e o projeto foi encerrado com apenas um show ao vivo. Elias Agnello é santista e tocou com vários artistas em Santos (Charlie Brown Junior) por exemplo e aqui no Sul tocou com alguns artistas de covers. Alec Candia tocou em um projeto cover por 10 anos e Saulo Simon tocou em vários projetos covers e autorais além de ser um empresário com um estúdio de ensaio e gravações.

2112. Os primeiros ensaios aconteceram no Estúdio SLP. O que vocês conversaram sobre a criação da banda? 

Duda. O Elias Agnello me chamou para tocarmos minhas composições autorais sem nenhuma pretensão, o objetivo seria nos divertirmos e fazermos barulho uma vez por semana, não havia a idéia de formar uma banda, não havia um nome,  porém como tocamos no estúdio do Saulo, ele mesmo acabou nos dando uma força na linha de baixo, se identificou com o som e entrou para a bagunça, depois o Elias convidou o Alec Candia para fazer as guitarras e entrar na mesma bagunça e assim começamos a notar nos ensaios uma simetria e uma vibe bem interessante, as minhas músicas em seu formato rústico foi deixando de serem feias para se tornarem bonitas e encorpadas, as letras iam se encontrando com as melodias e os arranjos e aí sim começamos a pensar que podíamos ser uma banda!

2112. Vocês quatro compõem?

Duda. Eu faço 100% das letras, faço as melodias mais simples e a banda faz os arranjos que dão corpo as músicas.

2112. A B.P.R. produz material autoral e também faz releituras de clássicos do rock. Tá complicado viver apenas de material autoral?

Duda. Infelizmente ainda não sei! Definimos algumas metas para nosso projeto onde a primeira meta é engordar as mídias sociais com músicas, vídeos clipes, entrevistas e deixamos os shows para uma outra etapa do processo. Nós quatro não vivemos da música, temos nossos empregos e isso facilita nosso plano de ir devagar e cauteloso com nosso material autoral porém eu Duda acredito que a dificuldade de fazer música autoral e ter sucesso com música autoral só existe se você desconhecer o mercado musical atual e como ele funciona completamente. Resumindo, sem investimento pesado, nenhuma banda autoral com raras exceções vai conseguir descomplicar a sua trajetória!

2112. É incrível como o espaço das bandas autorais tem diminuído... até bandas mais conhecidas estão reclamando da situação. Como está aí no Rio Grande do Sul?

Duda. Tenho conhecimento de vários eventos particulares, shows, feiras, eventos de prefeituras com bandas autorais e covers pelo Brasil todo, como disse, sem investimento pesado e direcionado o autoral não vence, o cenário mudou bastante da década de 80, 90 e 2000, vivemos outra realidade, os artistas tem que entender e investir em quem coloca o seu trabalho nos espaços que são criados. O Rio Grande do Sul não é diferente do restante do Brasil, os shows existem, os eventos existem porém hoje tem que haver investimento do artista para se colocar dentro deles, enquanto os artistas autorais novos acharem, ou alguns deles, que só a sua música autoral, sem ele, o artista investir dinheiro, serve para fazer parte de qualquer espaço musical com certeza será muito complicado dele acontecer!

2112. Imagine se uma banda do porte do Sepultura por exemplo cedesse um tempo de três músicas para uma banda iniciante abrir um de seus shows. É a solução? Não sei... mas acredito que ajudaria bastante, não?

Duda. Temos dois exemplos brazucas no que você acabou de colocar acima:  Eko Kill Talent abre os shows do Foo Fighters e a banda Nec é uma outra grata revelação que deu certo e são exemplos de bandas brasileiras, autorais e que venceram e rompeu a barreira, lógico com INVESTIMENTO. Deixando claro que "iniciante" com no mínimo alguns requisitos básicos na sua trajetória musical abrindo um show de uma banda com porte e com credibilidade seria ótimo.

2112. Não é porque uma banda não obteve apoio que ela deva agir da mesma forma. Atitudes desse tipo soa reacionário! É com unidade que a cena se fortalecerá e todos sairão ganhando, não é?

Duda. Vamos lá, para mim e é a minha opinião, cada artista tem a autoridade e soberania, pelo tipo de apoio que ele deseja oferecer para quem quer que seja, é uma decisão dele e para mim sem questionamentos mais aprofundados, não vejo como sendo uma unidade, quando o artista faz um grande investimento para acontecer no cenário musical e trás  nas costas, ou abre portas em seus shows a um outro artista que não investiu nada financeiramente no seu produto, na sua divulgação, na sua imagem e nos seus áudios. A cena fica fortalecida na minha opinião se houver entre um grupo de artistas o mesmo pensamento seja ele de investimentos ou de buscar qualidade no seu trabalho.

2112. Em relação as releituras vocês seguem a risca a versão original ou a recriam com a cara da banda?

Duda. Fazemos muito pouco releituras porém quando fazemos mantemos a nossa pegada.

2112. A banda já lançou cinco singles: Refém de Mais Ninguém, Pensando Nela, Amigos & Amores, Violência Urbana e Um Tiro no Escuro. A resposta tem sido positiva?

Duda. Vivemos hoje um mundo que está dentro da bolha da internet e dentro da bolha da internet a resposta para nossas músicas é excelente porém em algum momento vamos buscar sair da bolha e entrar no mundo real.

2112. Além das plataformas e redes sociais o que vocês fazem para promover o material? As rádios tem dado uma força?

Duda. As rádios webs são sensacionais e super parceiras e uma parte fundamental do nosso processo de divulgação.

2112. Um Tiro no Escuro foi o último lançamento de vocês. Existe projeto de lançar um álbum inteiro ainda este ano?

Duda. O plano e a meta é chegarmos no final do ano com 10 músicas lançadas nas plataformas digitais.

2112. ... os singles já lançados fazem parte desse projeto?

Duda. Sim!

2112. ... na internet tudo acontece muito rápido. Um single lançado hoje já está velho na próxima semana. Quais os projetos da banda para os próximos shows?

Duda. Para o ano de 2022 não temos projetos de shows ao vivo ou de criar uma agenda, o objetivo para o ano de 2022 é engordar as mídias com nossas músicas e fazermos mais vídeos clipes. Aceitamos alguns convites para tocarmos ao vivo quando o evento é 100% autoral para sabermos como nossa música repercute no público mas não é o objetivo para esse ano.

2112. Teremos alguma live?

Duda. Pode ser que façamos uma live em setembro ou outubro.

2112. Qual e-mail/telefone para contratar os shows da banda?

Duda. Meu e-mail é crangel1965@hotmail.com e meu Celular é 051 - 99980-5662

2112. ... o microfone é de vocês!!

Duda. Gostaria de agradecer a oportunidade da entrevista e sempre desejar a todos que mantenham a fé na música!!!!!

 

Fotos: Arquivo pessoal da banda.  


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