quinta-feira, 7 de julho de 2022

Entrevista Max Madrassi

2112. A Neander e Tal lançou recentemente o álbum/dvd Insano. Esse trabalho traz músicas da época que você ainda fazia parte da banda?

Max. Bom na verdade não foi a Neander que lançou, fui eu que coloquei em meu canal do YouTube, esse material já tinha no canal da banda, mas com minha saída da banda alguns que ficaram na banda resolveram apagar esse e muito mais materiais, uma judiaria. Eu tinha esse show em DVD e resolvi recolocar no ar, em respeito aos nossos antigos fãs. O disco será outro passo na qual irei postar na íntegra. Claro que algumas músicas do tempo da Neander estão esperando uma versão nova em minha carreira solo.

2112. ... e como surgiu a idéia de lançar esse material após tanto tempo?

Max. Como eu disse, era um material que estava guardado há muito tempo, em conversa com o baixista da época o Vini Rodrigues ele me perguntou se eu ainda tinha o DVD, e eu disse que sim, ele me pediu uma cópia, e achei que seria muito mais justo que o público inteiro tivesse acesso à esse material.

2112. Esse material na verdade cobre uma importante lacuna antes em aberto na sua carreira, não é?

Max. Sim, em 05/07 fazem 4 anos da minha saída da banda em que eu acreditei com todas as minhas forças, mas o trabalho Recomeço foi a minha libertação artística, digamos que eu abri realmente os olhos para o mundo e minhas verdades, que dentro da banda eu realmente estava preso.

2112. Ouvindo hoje essas gravações você se sente um pouco nostálgico? Há chances da banda se reunir para fazer alguns shows de divulgação?

Max. Sim e Não. Hahahahahah eu explico. Sim me traz recordações boas, das histórias turnês gravações, foi uma época muito boa onde aprendi muito com meus parceiros. Não, é pelo fato que não HAVERÁ nem uma chance de reunião, de jeito nenhum...

2112. Nesse meio tempo você está gravando a balada “Volte para Mim”. Esse projeto com Léo Fernandes inclui a gravação de novas músicas? O que vocês estão planejando?

Max. Sim estamos na fase final de Volte Pra Mim, estou captando as imagens do vídeo clipe que será lançado em duas versões, e ainda estamos trabalhando outras músicas. A ideia é lançar o disco, não sei quando mas vamos lançar, hahahahahahahhah....

2112. Quem mais está participando das gravações ou vocês mesmo estão se reversando tocando os demais instrumentos?

Max. Bom em Volte pra Mim teremos alguns músicos convidados, Ênio Torres que é baterista da banda Estado Moral de Porto Alegre, mas hoje vive em Santa Catarina, no baixo temos o maravilhoso Alexandre Carminatti, músico de alto nível daqui de Caxias do Sul. Nas guitarras, piano e fazendo um dueto comigo temos o majestoso Léo Fernandes que despensa apresentações né.... HaHAHAHAHHAHAHAH ele é o meu produtor.

2112. Hipocrisia lançada a pouco tempo traz uma letra bem forte. O que mais te estimulou a enfiar o dedo na ferida?

Max. Pois é Carlos, pra mim hipocrisia é tudo isso que vivemos, é só ver o que rola nas redes sociais, você mesmo foi vítima disso lembra... tantas entrevistas recusadas e tudo mais, além disso é só ver as notícias na televisão, é uma hipocrisia atrás da outra, é roqueiro reclamando de tudo e de todos, vamos lá ... OOOOOOOÒ GENTE CHATA DA PORRAAAAAAAA.... HAHHAHAHAHHA... concorda não?

2112. Sim! Outras como Recomeço tem uma batida super pesada quase hard e Velhas Notícias tem um vídeo clipe super divertido com a participação de vários amigos. Essas músicas serão aproveitadas num trabalho futuro?

Max. Claro, são parte do trabalho, histórias de um recomeço o disco que estou idealizando.

2112. Sei o quanto é difícil se manter na cena... mas você pretende mesmo parar com os shows? Pergunto isso pois seria bacana promover todo esse material mesmo que fosse em shows mais intimista, não?

Max. Então, os shows estão parados por tempo, serei pai novamente, então isso não está nos planos tão em seguida, estou lançando as músicas, clipes e documentários, é a forma com que ainda consigo me manter ativo com o meu público por hora, mas tenho sim vontade de um futuro próximo voltar aos palcos. Tenho alguns projetos guardados no formato acústico, mas tudo ao seu tempo.

2112. Juro que se você não “revogar”; essa idéia vou montar uma mega campanha do tipo: “Max volta pra casa, o palco é o seu lugar!”.

Max. Hahahahahahah, fique a vontade, pois você tens força pra isso, e eu adoraria ver essa movimentação, te confesso que sim hahahahahaha...

2112. Voltando a música quando teremos um álbum completo de preferência em versão física pois detesto plataformas digitais. Quantas músicas vocês pretendem gravar?

Max. Olha Carlos, não tenho um prazo pra entrega, estou lançando as músicas uma a uma, para no final temos tudo reunido em um disco físico, essa é a ideia. Tenho a ideia de fechar o disco com 12 músicas e dois bônus tracks pelo menos essa é a ideia, hahahahahahahahah.

2112. Cara, que bacana ficou o documentário “Max Madrassi na Estrada.” Acho importante esse tipo de trabalho porque mostra um lado do artista que muitos desconhecem ou fingem não querer enxergar. Como surgiu a idéia de fazer o documentário?

Max. Que massa que você gostou, então foi feito com muito amor, eu tinha esse material todo guardado e registrado da viajem feita para o show do Festival Somos Todos Bolívia, achei que o público teria que ver essa aventura junto comigo, fico muito feliz pelos elogios que a crítica e o público depositam em nossos materiais. Feliz mesmo.

2112. As pessoas que estão de fora e os próprios fãs têm a mania de glamourizar a vida do artista quando na verdade a realidade as vezes é bem diferente, não é? Como é o Max fora do estúdio e dos shows?

Max. Max Madrassi é esse mesmo cara, o cara que ainda acredita no que faz, pois desde a minha saída da banda, é a primeira vez que estou sendo eu de verdade, lá eu não conseguia impor a minha verdade, pois éramos cinco cabeças com idéias diferentes, e cada vez que entrava um membro novo na banda a essência dos ideais e verdade iam se apagando junto comigo. Agora Max é esse cara que ama sua família, tem em seu emprego a fonte de renda e sustento de sua família e a música para não enlouquecer nesse caos que o mundo se transformou. Redes sociais hoje pra mim é para diversão.

2112. Convenhamos uma coisa... artista underground é outro patamar, não é?

Max. É complicado de falar do artista underground, parece que é um lugar que a grande mídia resolveu deixar o artista autoral, sabe, tipo colocou lá para de vez em quando ir lá resgatar alguém para se servir de sua criatividade, e os artistas do underground se amontoam cada vez mais e ficam disputando um lugar ao sol, e mesmo assim ficam de picuinha uns contra os outros. É lamentável essa cena. No grosso modo estamos no umbral e não nos demos conta. É trágico!

2112. Quanto tempo levou para escrever o script e montar todo o material? Ficou muita coisa de fora?

Max. Carlos fui montando como foram acontecendo os fatos, quando sento em frente ao meu computador e abro o editor de vídeo as ideias fluem e vou montando, acho que montei umas 20 vezes esse documentário, mas produto final acredito que demorei um final de semana para montar.

2112. Falando em documentário como anda o projeto da sua biografia? Você já tem prazo de lançamento?

Max. Bom, anda meio parado no momento, pois a escritora que iria faze-lo, está no momento ocupada escrevendo um livro sobre a banda Mötley Crüe. Os manuscritos já foram feitos agora é esperar o momento certo.

2112. Biografias geralmente seguem a métrica do tipo princípio, meio e fim. Apenas “Vida” do menestrel Keith Richards saiu fora dos padrões. O que os fãs podem esperar?

Max. Podem esperar por uma história de altos e baixos, contando as histórias da minha família saída de uma Itália em plena segunda guerra mundial, as aventuras da família Madrassi é o tema da biografia, mostrando o meu passado, dizendo da onde eu vim, o presente mostrando onde estou, e projetando o futuro para definir pra onde eu vou.

2112. O que você tem ouvido ultimamente e indicaria como interessante conhecer?

Max. Carlos ouço muita coisa mesmo, Amargo Malte, Duck Strada, Nicotines, Mr. Huddy, Flores do Fogo, e muito mais.

2112. Tenho escutado muito trabalho interessante no circuito underground e confesso que não dá para entender a grande mídia. Tá foda, não?

Max. Tudo está foda, é um problema de várias vertentes, a mídia que não pretende comercializar esse produto porque não é rentável pra ela, as bandas que não se ajudam mesmo, e não vem neguinho aqui me dizer que ajuda pois não ajuda não, e as próprias bandas que não se ajudam mesmo. Então é um problema geral que não tem o que fazer. É só fazer o seu trabalho e deixar quieto. Infelizmente é assim. Como disse estamos vivendo no umbral musical.

2112. Qual o telefone/e-mail para contactar você?

Max. Aqui é 51 997836986 o e-mail é maxmadrassioficial@gmail.com

Minhas redes são:

Canal oficial do YouTube :

https://youtube.com/channel/UCHbu0Ea00h7NYfQab2kgOzA

Página oficial do Facebook :

https://www.facebook.com/MaxMadrassiOficialPage

Perfil oficial do Instagram : @maxmadrassioficial

Canal oficial do Rumble:  https://rumble.com/v1268gr-documentrio-max-madrassi-na-estrada.html

Canal oficial do Soudcloud:

https://soundcloud.app.goo.gl/19Fso

Canal oficial do YouTube:

https://www.youtube.com/channel/UCHbu0Ea00h7NYfQab2kgOzA

2112. ... o microfone é seu!

Max. Eu gostaria de agradecer a você Carlos por essa maravilhosa sabatina de perguntas pertinentes sobre minha carreira, me sinto honrado pelo espaço e carinho por ti depositados em mim, gostaria de mandar um beijo especial a cada artista novo que aparece mostrando que o rock ainda continua de pé, gostaria de dedicar tudo que conquistei até o momento com minha família, meu público e meus amigos pois sem vocês nada disso teria sentido. Queira deixar a dedicação dessa entrevista ao meu mestre Bolívia Rock, e sua esposa minha amiga Cátia Rock. Obrigado a todos, e não se esqueçam vivam suas vidas bem de boas, sem estresses......

Fotos: Arquivo pessoal do entrevistado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário