terça-feira, 5 de abril de 2022

Entrevista Aramis Barros (Os Canibais & Bango)

Aos poucos a verdadeira história do rock brasileiro vem sendo reescrita... Muitas são as bandas, grupos, blogs e sites que vem disponibilizando um rico acervo que inclui fotos, textos, matérias de jornais, revistas e arquivos como compactos, álbuns e coletâneas de bandas que por décadas ficaram guardadas nos sótãos do tempo. Entre essas bandas estão Os Canibais e a Bango que tem um legião de fãs espalhadas pelo mundo todo. Com vocês, Aramis Barros!!

2112. Me explique uma coisa... de onde surgiu o nome "Os Canibais"?

Aramis. Eu e o Max estudávamos no Colégio Souza Aguiar no centro do Rio, onde costumávamos cantar com outros amigos no pátio do colégio. Depois andamos tocando com um pessoal da Tijuca, mas começamos a pensar em montar um grupo. Daí chamamos o meu irmão Elydio e o Wagner, um amigo da vila onde eu morava e numa conversa por telefone com o Max, primeiro botamos o nome de "The Drunks", e logo após resolvemos buscar um nome em português, porque toda as bandas da época tinham nomes em inglês. Então surgiu essa idéia de "Os Canibais".

2112. A banda surgiu em meados de 1965 na onda da Jovem Guarda  e ainda hoje desperta a atenção de toda uma nova geração. Como você explica isso?

Aramis. Eu não sei direito. Talvez seja porque eu mantive a chama acesa sempre, mesmo depois de paramos de tocar profissionalmente. Tem também a curiosidade das novas gerações com as bandas de rock pioneiras.

2112. A banda lançou um único lp e alguns compactos que não foram relançados mas que ainda são procurados nos sebos e leilões. Existe algum projeto no sentido de resgatar esse material?

Aramis. Todos os nossos discos dos anos 60/70 estão no Spotfy, pelo selo Rozemblit (Os Canibais) e Musidisc (Bango). Os Lps dos Canibais foi relançado pelo selo Mr Bongo em acordo com a Rozemblit, e o Bango, pelo selo Groovie Records de Portugal, em acordo com a Musidisc
Talvez os links já estejam desativados...

Bango na Shadoks Music – selo alemão que lançou o Bango na Europa:
http://www.forcedexposure.com/labels/shadoks.music.germany.html

Bango no Freakemporium – site Inglês:
http://www.freakemporium.com/site/artist/Bango/artistpage.html

Bango na Dusted Reviews: http://www.dustedmagazine.com/reviews/2418

2112. Na época era prática comum nas gravadoras reaproveitar as  fitas para fazer novas gravações. Você sabe dizer se as masters do álbum/compactos da banda ainda existem?

Aramis. Existem sim. Recentemente eu até remixei "Mongoose" com a Bango, que tinha ficado de fora do LP original de 1970. Eu também digitalizei os masters de 4 canais dos Canibais e do Bango

2112. Sobre a questão dos bootlegs acontece muito com bandas período 60/70 que nunca tiveram material relançado. Isso fomenta o mercado dos piratas tanto aqui quanto no exterior. No meu caso eu consegui através de um dos muitos sites existentes na internet. Isso incomoda você?

Aramis. Muito. Porque isso é uma bagunça. Eu reativei um novo contrato com a Rozemblit e a Musidisc, justamente para tentar botar ordem nessa zona.

2112. O grupo foi revelado durante o Programa do Bolinha do Jair Taumaturgo. Foi uma espécie de concurso entre bandas?

Aramis. Não. Em 65 nós tocávamos aos sábados no programa "Clube das Garotas", na recém inaugurada TV Globo e logo depois aos domingos no programa Paulo Moreno na Rádio Tupi, ao vivo no cinema Império na Cinelândia, no RJ, e acompanhávamos todos os artistas que se apresentavam lá. Um dia, os Fevers foram tocar no Paulo Moreno, e pediram para usar os nossos amps e bateria. Daí eles nos viram tocando e sugeriram que procurássemos o Jair de Taumaturgo. Como o produtor da Festa do Bolinha era o Jacintho, irmão do José Messias, ele acabou nos convidando para ficarmos fixos nos dois programas, tando na TV Rio, quanto na Rádio Nacional. Festa do Bolinha aos sábados de manhã na rádio e à tarde na TV , e a mesma coisa aos domingos com o José Messias. 

2112. Os Canibais é uma das raras bandas da época a participar dos muitos programas voltados para o público jovem que surgiam na televisão. Como era as platéias desses programas?

Aramis. Era meio como o Faustão, mas sem aquele aparato todo de hoje em dia. Na TV Rio, além dos programas citados acima, teve também o "Rio Hit Parade", e na extinta Excelsior teve o "Tele Rio Times Square', depois o programa José Messias que saiu da TV Rio, e durante um tempo o Chacrinha também. Na Tupi teve "A Grande Parada", o programa Sergio Bittencourt, Flavio Cavalcanti, Carlos Imperial e Jorge Perlingeiro. Era uma gritaria só o tempo todo.

2112. Será que esses vídeos ainda existem?

Aramis. Tenho muita curiosidade. Alguma coisa chegou a ser gravada em "vídeos tapes". Vale pesquisar no Arquivo Nacional as coisas dessas TVs.

2112. Junto ao The Fevers e Renato e Seus Blue Caps vocês se tornaram uma das maiores bandas de bailes do Estado da antiga Guanabara. A agenda era muito puxada? Como eram os shows?

Aramis. Teve uma época que foi muito puxado sim. Mas com vinte poucos anos de idade você topa tudo. A gente ensaiava de segunda a sexta, e emendávamos com os bailes, programas de TV e viagens. Tinha final de semana que não dava nem para dormir.

2112. A set lists dos shows e das gravações eram na maioria composta de versões de sucessos internacionais. Como vocês faziam a escolha das músicas?

Aramis. Na verdade Os Canibais ficou conhecido nos bailes pela fidelidade dos covers internacionais que sempre apresentávamos em primeira mão (principalmente Beatles), muitas vezes até antes das rádios começarem e executar, graças a nossa amizade com o discotecário e produtor Jacintho que nos antecipava os sucessos. Depois a gente manteve a prática gravando os lançamentos nos programas como o Big Boy na rádio Mundial.

2112. Na questão das gravações era a gravadora que já chegava com o material escolhido ou vocês tinham autonomia para escolher?

Aramis. No caso do LP dos Canibais na Mocambo, foram as duas partes. O diretor artístico nos deu alguns compactos que eu mesmo fiz as versões, eles sugeriram gravar "A Praça" e a versão "Felizes Juntinhos" do Romeo Nunes, produtor do disco, e nós apresentamos as nossas autorais. No compacto "Gina"/ "Sou Canibal", "Gina" foi uma sugestão do José Messias, que previu que o original do festival da canção com o Wayne Fontana, não seria lançado. Foi na "mosca"... Dica super preciosa, que foi o nosso maior sucesso. Também foi sugestão do Messias, o compacto com músicas de carnaval "Vem Cinderela/ Carnaval-sa Legal"... Depois teve o compacto "La,La,La" (do festival Eurovisão de 68, dica do então produtor João Araújo) - primeira banda a gravar com orquestra e Pense Só em Mim. Na Musidisc tivemos ainda como produtor Mariozinho Rocha no compacto simples com nossas duas autorais "Reenconto"/ "Você Não Vai" (com orquestra também). O LP Bango todo autoral que fomos nós mesmos os produtores, e o ultimo compacto de 74 "Hoje Amanhã"/ "Canção de Um Homem Na Estrada", também produção nossa.

2112. "Sou Canibal" foi a única composição própria gravada pela banda. Existe outras músicas que vocês compuseram mas que não foram aproveitadas?

Aramis. Não. "Sou Canibal" foi a primeira. No LP, além das minhas versões teve também as autorais "Nosso Romance" e "Ao Meu Amor", e nos compactos que se seguiram teve "Pense Só em Mim", "Reencontro"/ "Você Não Vai,  "Hoje Amanhã"/ "Canção de Um Homem Na Estrada" e a Bango foi inteiramente autoral.

Obs.: Essa informação foi obtida na internet.

2112. Na Jovem Guarda apesar das composições próprias o forte era mesmo as versões que estourava nas paradas de sucessos. O que as gravadoras ou os produtores diziam quando vocês apresentavam material próprio?

Aramis. Nunca tivemos problemas nenhum quanto a isso. Nós mesmos priorizávamos as versões. 

2112. Em 1970 vocês gravaram "Hoje É Dia De Rock" de Zé Rodrix mas que nunca foi lançada. Porque ela foi arquivada?

Aramis. Foi apenas um teste para a Polydor, que não deu certo. Regravamos "Hoje é Dia de Rock" no CD "Vintage, a Máquina do Tempo" em 2005, com o mesmo arranjo, com o aval do trio "Sá, Rodrix e Guarabyra".

2112. Pouco tempo depois os Canibais encerram carreira e aí surge a Bango com um som mais pesado, viajante e psicodélico. O que ocasionou toda essa mudança?

Aramis. Este é um capítulo especial na nossa carreira. Nesta época, depois dos grandes festivais como Woodstock o cenário do pop-rock virou do avesso! Nós estávamos em estúdio começando a gravar mais um Lp dos Canibais, e as coisas que estávamos gravando já não estavam mais batendo com o que o nosso público esperava. Daí veio a sugestão do Nilo Sergio, presidente da Musidisc, de tentarmos uma mudança radical no nome e na aparência da banda. Daí a BANGO.

2112. "Bango" é uma espécie de cannabis encontrada apenas no nordeste africano. A censura chegou a implicar com o nome ou eles não tinham noção do real significado da palavra?

Aramis. Não. Não teve problema nenhum. A explicação foi que Bango, era dinheiro no dialeto Nagô

2112. A formação era basicamente a mesma dos Canibais com Fernandinho (guitarra solo), Elydio (baixo), Roosevelt (piano e orgão), Max (bateria) e você (guitarra, violão e vocais). O que mudou na cabeça de vocês?

Aramis. Na verdade, a gente já tinha mudado ao vivo com repertório de rock mais pesado da época. Trouxemos a nossa nova cara para o estúdio.

2112. A Bango é uma das bandas mais obscuras do rock brasileiro. Pouco ou nada se sabe sobre a sua trajetória ou mesmo sobre o seu fim. Como ocorreu a transição dos Canibais para a Bango? 

Aramis. Gravamos o disco inteiramente em 69 mas só foi lançado um ano depois, quando aquela onda já havia passado, devido a problemas da Musidisc. Ficou tudo defasado e a divulgação não deu certo por falta de grana. Fizemos poucas apresentações como Bango, e voltamos a nos dedicar aos balies dos Canibais.

2112. Você poderia contar como foi o processo de composição/escolha das músicas, a pré-produção e a própria gravação?

Aramis. Todo o repertório foi escolhido por nós, e todas as músicas eram de nossa autoria. Eu apresentava as músicas para o pessoal da banda, ensaiávamos em casa (não tinha estúdio de ensaio), íamos para o estúdio da Musidisc, e aprimorávamos tudo lá. Íamos pesquisando, compondo e criando uma nova sonoridade que fosse mais condizente com tudo o que estava rolando e finalizamos escolhendo estas dez faixas, todas de nossa autoria, que ia de um rock pesado até coisas românticas, com era normal na ocasião.  Desta vez, devido a necessidade de dobras de instrumentos e vocais, gravamos com mais do que os quatro canais originais usando o recurso de redução de canais para livrar as pistas para as novas gravações.
Nesta gravação já contávamos com instrumentos e equipamentos importados. Fernadinho usou uma guitarra Fender 61, amps Super Tremendão e Fender , distorcedor e Wah-wah Hoffner, o Elydio usava um baixo Hoffner com amps Super Thunder Sound e Fender, o Roosevelt usou órgão Hammond B3 com caixa Leslie e piano acústico meia calda, eu lead vocal, usava violão acústico folk Del Vecchio e guitarra Super Sonic Giannini e amp True Reverber e o Max, uma bateria Premier comprada do Johnny, antigo baterista da Bolha.

2112. A gravadora deu liberdade para vocês criarem e experimentarem em estúdio?

Aramis. Total. Como já disse antes, o Nilo Sergio, presidente da empresa, foi um grande apoiador do projeto e a sugestão do nome foi dele.

2112. O álbum trouxe todas as faixas gravadas ou ficou algum material de fora?

Aramis. Ficaram de fora dois covers: "Mongoose" que incluímos a nova mixagem numa recente edição de uma paceria da Musidisc com a Groove Records de Portugal, e "Ro, Ro Rose" cuja gravação estava incompleta.

2112. A arte da capa produzida por Luiz Peçanha casou perfeitamente com a nova proposta musical da banda, não é?

Aramis. Completamente. A arte feita em cima de fotos nossas exprime exatamente o espírito do rock que imprimimos a este trabalho.

2112. Os shows nos anos setenta eram verdadeiros "happenings" ao incluir músicas com longas introduções e solos que duravam vários minutos. Vocês faziam muitos improvisos durante os shows?

Aramis. Sim. Teve uma fase assim, meio que inspirado nos grandes festivais de rock lá fora. O programa "Sabado Som" apresentado pelo Nelson Mota era uma referência. A gente adaptava, porque nos ambiente de baile, os improvisos longos acabavam entediando esse tipo de público. Nos shows ficava mais fácil. No Bango tem uma música minha chamada "Ode To Billy", que originalmente tinha 12 minutos com cada instrumento fazendo um longo improviso. Acabou sendo reduzida para cerca de 5 minutos se não me engano...

2112. Antes do fim da banda vocês lançaram um compacto simples. O que levou a banda a decretar o seu fim?

Aramis. "Hoje Amanhã"/ "Canção de Um Homem Na Estrada" de 74 foi o último compacto simples e a banda encerraria suas atividades no ano seguinte. Na verdade o movimento de bandas ao vivo, se esvaziou. O que tomou lugar dos bailes foram a festas com as equipes de som. A essa altura já estávamos casados, alguns com filhos, e ficou difícil de sustentar a carreira sem uma gravação que nos colocasse na mídia outra vez. Meu primeiro filho nasceu justamente em 75, no último ano do conjunto.

2112. Assim como perguntei anteriormente sobre os Canibais vou perguntar sobre a Bango. Vocês tem projetos de lançar o álbum em cd ou vinil?

Aramis. Desde 2005, eu tenho feito projetos com os Canibais: "Vintage a Máquina do Tempo" (covers internacionais), pelo selo Seven, "Canibais" (autorais e rock brasileiro), e "The Mathew Street 10 Bestlemania Club Band", só virtuais.

2112. É verdade que o álbum foi relançado na Alemanha? Vinil ou cd?

Aramis. Sim. Os dois.

2112. Em meio a tantos comebacks vocês nunca tentaram voltar com a banda?

Aramis. Por volta dos anos 90, voltamos a nos encontrar (já publiquei vários vídeos) com diversas formações. Montei uma base com o Roosevelt e Mauro originais da banda, e a participação do meu filho Michel no baixo e o Cosme de Abreu na bateria, já que o meu irmão (baixo) já morava em Brasília e os compromissos profissionais do Max, o impediam de participar. Basicamente foi com essa formação que gravamos desde 2005.  Porém em todos os shows dessa fase, até por volta de 2017, todos os componentes sempre estiveram presentes dando suas "canjas" sempre que possível: Elydio, Max, Horácio, Fernandinho e Wagner

2112. ... o microfone é seu!

Aramis. Obrigado! É sempre um grande prazer para mim, poder recontar essa história tão apaixonante, inúmera vezes...

Discografia Completa 

Os Canibais

1º CS: 1966: Selo Mocambo

1 - EU NÃO ME ENGANEI ( WE CAN WORK IT OUT) / 2 - PARA O MEU BEM (TICKET TO RIDE)

2º CS: 1966: Selo Mocambo

1 - GINA / 2 - SOU CANIBAL

 

1º LP: 1967 selo Mocambo

LADO A:

1 - O PREGO (LOVE ME, KISS ME) - S. VASCO/T. RENDALL/ D.EMCE VERSÃO: ARAMIS

2 - FELIZES JUNTINHOS - (HAPPY TOGETHER) - GARY BONNER/ ALAN GORDON

VERSÃO ROMEO NUNES

3 - LINDO SONHO - (GLAUCIO JOSÉ)

4 - UM MILAGRE ACONTECEU - (MAGIC POTION) BACHARACH/ DAVID VERSÃO:

ARAMIS

5 - GAROTA TEIMOSA - (TIME WON'T LET ME)  TOM KING/ CHET KELLEY

VERSÃO: ARAMIS

6 - QUASE FICO NÚ - (EVERYTHING YOU DO)  C. CURTIS VERSÃO: ARAMIS

 

LADO B:

1 - AO MEU AMOR - (MARCOS ANTONIO - SERGIO FERRAZ)

2 - A PRAÇA - (CARLOS IMPERIAL)

3 - DESCUBRAM ONDE MEU BEM ESTÁ - (WONDER WERE MY BABY IS

TONIGHT) RAY DAVIS VERSÃO: ARAMIS

4 - SE VOCÊ QUER - (SEE ME BACK) CRANE/ GUSTAFSON VERSÃO: ARAMIS

5 - NOSSO ROMANCE - (ARAMIS/ ELYDIO)

 

3º CS 1967 – selo Mocambo

1 - O PREGO / 2 – FELIZES JUNTINHOS

 

4º CS 1967 selo Mocambo

1 – VEM CINDERELA / 2 – CARNAVAL-SA É LEGAL

 

CS – (Produtor: João Araújo) – 1968 selo Mocambo

1 – LA, LA, LA / 2 – PENSE SÓ EM MIM

 

6 º CS (Produtor: Mariozinho Rocha) – 1969 – selo Musidisc

1 - REENCONTRO / 2 - VOCÊ NÃO VAI

 

Bango

1970 - LP BANGO Musidisc – distribuição Equipe

LADO A:

01 - INFERNO NO MUNDO (Aramis Barros0

02 - MAS SENTÍ (Aramis Barros – Fernando Borges)

03 - ROLLING LIKE A BOAT (Aramis Barros – Elydio Barros)

04 - MOTOR MARAVILHAv (Elydio Barros – Aramis Barros)

05 - MARTA, ZECA, O PADRE, O PREFEITO O DOUTOR E EU (Fernando Borges Aramis barros)

LADO B:

06 - ROCK DREAM (Aramis Barros)

07 – GENINHA (Aramis Barros)

08 – ONLY (Aramis Barros – Max Pierre)

09 - VOU CAMINHAR (Aramis Barros – Roosevelt)

10 - ODE TO BILLY (Fernando Borges – Aramis Barros)


7º CS – 1974 – Estúdio Hara (Musidisc)

1 – HOJE, AMANHÃ / 2 – CANÇÃO DE UM HOMEM NA ESTRADA

 

2005 - VINTAGE, A MÁQUINA DO TEMPO

01 Bus Stop – (Gouldman) BRA7050500001 CAMPBEL (FERMATA DO BRASIL)

02 It’s Gonna Be All right - (G. Mardsen) BRA7050500002 PACERMUSIC (UNIVERSAL

MUSIC)

03 Mr. Tambourine Man - (Bob Dylan) BRA7050500003 SPECIAL RIDER MUSIC (SONY

MUSIC)

04 Silence is Golden - (Bob Gaudio/ Bob Crewe) BRA7050500004 ITAIPU (EMI)

05 Proud Mary - (J. C. Fogerty) BRA7050500005

06 I’m A Believer - (Neil Diamond) BRA7050500006 STONEBRIDGE MUSIC (SONY

MUSIC)

07 I”m Looking Trough You - (John Lennon/ Paul McCartney) BRA7050500007

SONY/ATV TUNES LLC, NORTHERN SONGS (SONY MUSIC)/ TAIPU (EMI)

08 Ferry Cross The Mersey – (G. Mardsen) BRA7050500008 PACERMUSIC (UNIVERSAL

MUSIC)

09 Georgia on My Mind – (Hoagy Carmichael) BRA7050500009 IRMÃOS VITALE

10 Time Won’t Let Me – (Chet Kelly/ Tom King) BRA7050500010 TAIPU (EMI)

11 We Can Work It Out – (John Lennon/ Paul McCartney) BRA7050500011 SONY/ATV

TUNES LLC, NORTHERN SONGS (SONY MUSIC)/ TAIPU (EMI)

12 Massachussets – (Barry Gibb/ Robin Gibb/ Maurice Gibb) BRA7050500012 CROMPTON

SONGS (WARNER/ CHAPPELL)

13 You Can’t Do That – (John Lennon/ Paul McCartney)) BRA7050500013 SONY/ATV

TUNES LLC, NORTHERN SONGS (SONY MUSIC)/ TAIPU (EMI)

14 Never My Love – (Don Adrissi/ Dick Adrissi) BRA7050500014 WARNER –

TAMERLANE PUBLISHING CORP. (WARNER/CHAPPELL)

15 Temptation Eyes (Harvey Price/ Dan Walsh) BRA7050500015 MCA MUSIC PUBL.,

A.D.O. UNIVERSAL

 

2008 - CANIBAIS!

01. Erva Venenosa (Poison Ivy)- (Leiber - Stoller - Vs. Rossini Pinto) BRA7B0600010 –

Universal Music

02. Hoje Ainda é Dia de Rock - (Rodrix) BRA7B0600008 - EMI Music/Tapajós (Emi)

03. Tão Perfeito, Tão Real - (Aramis Barros-Cosme de Abreu) BRA7B0600004

04. Tão Pouco pra ser Feliz - (Mauro Machado - Aramis Barros) BRA7B0600006

05. One Way Love - (Alan Willians) BRA7B0600014 - Red Jack Music -

http://redjackmusic.com/lyrics/10071/

06. A Primeira Lágrima – (Renato Barros) BRA7B0600009 – Irmãos Vitale

07. Flores Partidas - (Aramis Barros) BRA7B0600002

08. Você me Acende - (You Turn me On) - (Ian Whitcomb - Vs. Erasmo Carlos)

BRA7B06000011

09. Se manda, vai a luta, sai daqui! - (Aramis Barros - Roosevelt Tadeu) BRA7B0600005

10. Quero Você - (Aramis Barros - Michel Barros) BRA7B0600003

11. Jovem Guarda - (Leno) BRA7B0600012

12. Amigos do Peito - (Aramis Barros) BRA7B0600001

 

2014 - THE MATHEW STREET 10 BEATLEMANIA CLUB BAND

01. Medley Love: Drive My Car/ What You're Doing/ The Word (John Lennon/ Paul

McCartney) - BRA7B1400001 - HARRISONGS LTD / NORTHERN SONGS LT / SM

PUBLISHING/ FERMATA - Part. Especial: João Paulo

02. Ticket To Ride - (John Lennon/ Paul McCartney) BRA7B1400002 - MACLEN MUSIC /

NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

Part. Especial: Elydio Barros, Max Pierre, Fernando Borges e Roosevelt

03. Got Together Into My Life - (John Lennon/ Paul McCartney) BRA7B1400003

MACLEN MUSIC / NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

Part. Especial: Horacio Ramazine

04. Two of Us - (John Lennon/ Paul McCartney) BRA7B1400004 - MACLEN MUSIC /

NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

05. Medley Magical Bulldog: Magical Mystery Tour/ Hey Bulldog (John Lennon/ Paul

McCartney) BRA7B1400005 - MACLEN MUSIC / NORTHERN SONGS LT / SM

PUBLISHING B

06. While My Guitar Gently Weeps (George Harrison) - BRA7B1400006 - HARRISONGS

LTD / NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING/ FERMATA

Part. Especial: Aramis Barros Jr.

07. Come Together (John Lennon/ Paul McCartney) - BRA7B1400007 - MACLEN MUSIC /

NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B/ FERMATA

Part. Especial: Don Sepúlveda e Roosevelt

08. With a Little Help From My Friends (John Lennon/ Paul McCartney) - BRA7B1400008 -

MACLEN MUSIC / NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

09. In My Life (John Lennon/ Paul McCartney) - BRA7B1400009 - MACLEN MUSIC /

NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

10. All My Loving (John Lennon/ Paul McCartney) - BRA7B1400010 - MACLEN MUSIC /

NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

11. One After 909 (John Lennon/ Paul McCartney) - BRA7B1400011 - MACLEN MUSIC /

NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

12. Any Time At All (John Lennon/ Paul McCartney) - BRA7B1400012 - MACLEN MUSIC

/ NORTHERN SONGS LT / SM PUBLISHING B

Part. Especial: Elydio Barros, Max Pierre, Fernando Borges e Roosevelt.

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