domingo, 8 de abril de 2018

Entrevista Bertulinos

O rock’n’roll é o gênero musical mais aberto às experimentações musicais, literárias e visual que se tem notícia. Quem conhece a sua história sabe do que estou falando... E o rock brazuca tem visto essas renovações/inovações ao longo de sua história em diversas bandas. Isso é revolução! Os Bertulinos trilham esse caminho sem repetir fórmulas... querem apenas tocar sua música e experimentar novos caminhos. No final é como diria os Stones: “Oh não, é apenas rock’n’roll, e eu gosto!”     


2112. A início a Bertulinos surgiu como uma banda cover da Legião Urbana, do Rappa e do Cazuza. De quem foi a idéia?      


Maicon. Quando eu tinha 15 anos, o meu primo mais velho um dia apareceu com um violão na minha casa e começou a tocar alguns 'rocks' nacionais e eu fui acompanhando na voz. As pessoas começaram a falar que estava bacana. Então resolvi aprender a tocar violão e chamei o Brown, que era meu amigo de infância e praticamente meu vizinho para aprender também. Então, daí, surgiu a ideia de chamar mais um amigo e montar uma banda para tocar aquilo que a gente sabia e gostava de ouvir. O baterista sempre era algum convidado, nunca demos sorte nesse quesito.


2112. Vocês eram todos amigos?


Maicon. Sim. Nos conhecíamos desde de criança e crescemos juntos.


2112. Bandas covers passam pelo incômodo do público ficar pedindo músicas que muitas das vezes não foram incluídas na set list preparada durante os ensaios. O que vocês faziam quando isto acontecia?      


Maicon. A saída que pensávamos sempre que isso acontecia, era tocar uma música que seguise a mesma linha, caso não conhecêssemos a música pedida. Sempre dava certo e todo mundo saía satisfeito. rs

 
2112. Contratempos desta natureza chegou a gerar problemas ou mesmo desconforto para a banda?


Maicon. Não, de forma alguma. A gente sempre dava um jeito de forma leve e engraçada.

2112. Pouco tempo depois vocês conhecem o som do grupo armênico System Of A Down que ocasionou mudanças internas e levou os Bertulinos a tocar somente covers desta banda. Com esta nova orientação vocês participaram de diversos shows e festivais... A mudança deu novos ares?   


Maicon. Com certeza. Nós pegamos muita experiência e aprendemos muito, desde técnicas até a percepção de que na hora de compor uma música, realmente precisamos nos permitir e tentar sair do lugar comum. O System of a Down é de fato uma banda muito autêntica.

2112. Como as pessoas reagiam durante os shows? 


Maicon. Era diferente também com o público que era mais engajado, mais animado, queriam estar sempre perto, tirar fotos e trocar ideias. Foi muito bacana e conhecemos muita gente nova.


2112. O que levou vocês ano passado a mudarem novamente os rumos da banda deixando de serem covers para serem autorais? O que incomodava vocês?  


Maicon. Eu particularmente sempre gostei de escrever músicas e tinha uma certa facilidade para compor, mas de forma geral, achava que ainda não era o momento, que não estava com maturidade suficiente para finalizar e expor meu trabalho. Parecia que faltava alguma coisa. Mas com o passar do tempo fomos sentindo muita falta de tocar algo que fosse nosso, do nosso jeito e com a nossa cara e começamos a procurar um baterista (nossa sina eterna!) que tivesse compatibilidade com a gente e com o nosso som. Tentamos algumas vezes com algumas pessoas mas não rolava aquela química, até que, no ano passado, encontramos o Gabriel e tudo começou a fluir.

 
2112. Hoje todos compõem na banda?


Maicon. Atualmente quem compõe na banda sou eu e o Matheus (guitarrista).


2112. E os novos shows já traz material autoral?


Maicon. Sim, agora só fazemos som autoral.

2112. Vocês tem uma vasta gama de influências que incluem baião, rock e MPB. Quais as bandas que mais influenciam vocês?


Maicon. System of a Down, é claro. Também Chico Science, Lenine, Legião Urbana, Cartola, entre outros.


2112. Estas múltiplas influências irão gerar uma música rica em detalhes, em firulas musicais e ao mesmo tempo livre para as experimentações. É esta a idéia final? 


Maicon. Sim, pura e inteiramente se permitir!


2112. Vocês já pensam em gravar alguma coisa?


Maicon. Sim, esse ano gostaríamos muito de finalizar nosso primeiro disco "Paracundera".


2112. Quais são os projetos de vocês para este ano? Vocês pretendem gravar algum material?


Maicon. Projeto de gravar um disco completo.


2112. O microfone é de vocês... 


Maicon. A nossa idéia é de deixar rolar e não nos colocar num estereótipos de que pra ser rock tem que ter guitarra, baixo e batera. Se tiver que ser com esses instrumentos beleza, mas se acharmos que tem a necessidade de usar um outro elemento USAREMOS!!!

Queremos buscar algo novo "deixar o som rolar" talvez os próximos discos saiam bem diferentes mas com qualidade. Só queremos deixar rolar!! rsrsrsrs...



Integrantes:


Bruno Brown - baixo,

Maicon Vargas - vocais,

Matheus Don - guitarra,

Gabriel Assis - bateria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário