domingo, 7 de maio de 2017

Entrevista Banda Kamboja


A junção hard + blues deu origem a melhor fase do rock através de bandas clássicas do calibre do Cream, Led Zeppelin, Jeff Beck Group, Jimi Hendrix Experience, Free, Cactus... A lista é interminável! O Kamboja circula por este caminho e já lançou três cds. Nesta entrevista exclusiva Paulão (bateria) conta tudo sobre a banda, a luta para mantê-la de pé e os trabalhos lançados.

2112. O que levou você a sair do Baranga e como surgiu o Kamboja?

Paulão. Depois de 14 anos muito legais e 5 cds, cheguei a um ponto que me sentia desmotivado. Já tinha essa idéia junto com o MK em fazer algo diferente e com outra pegada ,uma mistura de blues, hard e heavy... ai senti que era a hora de botar o Kamboja na estrada.

2112. A banda já lançou 3 cd’s ao longo da carreira. Dá para você comentar rapidamente cada lançamento?   

Paulão. Gravamos um ep com 4 sons em 2012 já com influências mais hard rock. Em 2013 lançamos o cd oficial "Viúva negra" ai já com o novo integrante Edu Mota. Foi ai que achamos a sonoridade do Kamboja era um guitar mais bluseiro mas com técnica apurada com influências do metal. E agora o "Até o freio estourar", lançado pela "Baratos Afins", já com a banda madura e sabendo o que quer, um som mais eclético mostrando todas as nossas influências ou seja do blues ao heavy metal. 

2112. Como é transpor a energia do palco para dentro do estúdio?

Paulão. Sou dos anos 80 antes de toda essa tecnologia... Gravávamos praticamente ao vivo, na raça e isso pra mim é o rock nroll. Eu só gravo com a presença da banda tocando junto, acho mais importante a energia do que a técnica. 100%.. essa é a minha opinião!

2112. Em relação aos cd’s o que vocês não repetiriam de novo porque não gostaram?  

Paulão. Cada cd teve sua energia e acho que tinha que ser assim mesmo. Toda banda tem sua evolução e as dificuldades fazem parte para o crescimento. Então tá tudo valendo!

2112. Qual o processo seletivo usado por vocês na hora de escolher as músicas para a gravação dos cd’s? O que vocês levam em conta?   

Paulão. Na minha opinião, a melhores músicas são as que saem em 10, 15 minutos... fluem fácil a partir de um riff do Edú e o MK. Já começa a compor ali na hora... essas sempre ficam.
2112. A reação do público nos shows conta nesta hora?     

Paulão. ...nem tanto porque os sons são feitos antes do público conhecê-las e a seleção é nossa mesmo.

2112. Em sua opinião, o que é mais importante: a técnica ou o feeling? Ou ambas precisam andar em comunhão?   

Paulão. A técnica é importante sim! Fazemos um som que exige um certo conhecimento mas o que nos impulsiona é o felling e a pegada é o que nos diferencia principalmente ao vivo.

2112. Vocês acompanham a evolução do cenário? O que você tem visto de interessante acontecendo?  
Paulão. Atualmente pouco! Me dá uma impressão que há mais banda do que público. Mas também acho que tem a ver com a qualidade. Tem muita banda parecida uma com a outra, o público está mais exigente por isso nossa luta em ampliar o nosso público com muita divulgação.

2112. Quais são as influências da banda?    

Paulão. Nossas influências vão das raízes do blues passando pelo rock ‘n’ roll, hard rock e heavy metal e muito rock pesado nacional dos anos 70. Letras em português falando da nossa realidade, política, religião e claro diversão. 

2112. Todos compõem na banda? Como é o processo de composição de vocês?  

Paulão. A composição vem muito de um riff do Edú e o MK, vai lapidando e dando idéias para melhor encaixar a  voz e as letras que exige muito talento.
2112. Diante do atual cenário político que estamos enfrentando está difícil conseguir shows para fazer? O que vocês fazem para driblar a crise?

Paulão. Nossas principais armas são o vídeos clips e divulgação no facebook. Tudo que conseguimos até agora inclusive a gravadora Baratos Afins, foi devido aos clips. O MK é vídeo maker e isso nos ajuda muito.

2112. Quais são as maiores dificuldades enfrentadas por vocês para manter a banda de pé?  

Paulão. Atualmente devido à crise, é difícil arrumar shows. Mas estamos trabalhando na divulgação da banda e acreditamos que isso vai mudar em breve. No geral tem que acreditar muito no trampo porque tudo é contra e muitos não aguentam a pressão e desistem.

2112. Vocês são contra ou a favor da distribuição gratuita de música na internet?

Paulão. Por mim tá valendo, hoje é impossível deter isso, tá tudo fácil...

2112. Como é a relação banda/fãs? 

Paulão. A melhor possível são eles que nos impulsionam e nos fazem ir em frente acreditando.

2112. Que conselho você daria para quem pretende montar uma banda? O que é mais importante?  

Paulão. Não monte! Há,há,há,há,ha, tô zuando! Acho que antes de tudo afinidades musicais, muito respeito, humildade e bom caráter porque defeitos todos temos. Mas para a convivência tem que ter esses quesitos e aceitar as diferenças.
2112. A palavra é de vocês!  


Paulão. Muito obrigado pelo espaço e apoio as bandas brazucas, isso é muito importante pra nós! Longa vida ao 2112. Abraços e vamos até o freio estourar...

Contato Kamboja: paulaobatera60@gmail.com

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