segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Entrevista Blind Horse

 

2112. A Blind Horse completou dez anos de atividades esse ano. Além dos singles Street Shaman, The Witch e Santiago y La Pesada del Rocanroll teremos mais alguma novidade?

Eddie Asheton. Sim, sim. Se tudo der certo até o fim do ano sai o nosso álbum novo, “Rock and Roll Days”, com essas músicas que foram lançadas como singles e mais algumas.

2112. Não seria interessante o lançamento de um álbum ao vivo? A energia que vocês passam no palco daria um ótimo registro, não?

Eddie Asheton. Sim, sem dúvida. Eu sou um grande fã de discos ao vivo, então ter um disco ao vivo do Blind Horse seria mais que um sonho. Não temos um álbum inteiro ao vivo, mas temos o EP ao vivo que lançamos durante a pandemia, “The Soma Lab Sessions”, gravado em Campos, aqui no Rio de Janeiro.

2112. "Rock and Roll Days" já está disponível em todas as plataformas digitais?

Eddie Asheton. Ainda não, mas muito provavelmente estará até o final deste ano de 2024.

2112. O que os fãs da banda podem esperar desse novo trabalho? 

Alejandro Sainz. Basicamente o Blind Horse dos discos anteriores, mas sempre ampliando as nossas fronteiras musicais sem perder o nosso DNA, sem deixar de ser rock and roll.

2112. Sou um fanático pela diversidade do blues então me responde uma coisa: em que faixas o estilo mais predomina?

Alejandro Sainz. É difícil dizer, pois temos uma música como End of the World Blues ou Stun Bomb Blues, que são literalmente blues, ou Curled, que tem um pedaço dos mais bluseiros da banda. Mas indiretamente ou não o blues perpassa todas as músicas. 

Rodrigo Blasquez. A influência do blues está em praticamente tudo que eu faço na guitarra. Quando não é na estrutura e nos riffs é nos solos.

2112. E como foi que surgiu a idéia de parodiar a capa do álbum Cheap Thrills da lendária banda Big Brother?

Eddie Asheton. Todos nós da banda somos grandes fãs tanto do rock dos anos 60 quanto do trabalho do desenhista Robert Crumb. Então foi só juntar os pontos e procurar um bom artista pra fazer a capa. E aí encontramos o Alexandre Mil que, diga-se de passagem, mandou muito bem.

2112. Mas será que Janis aprovaria a brincadeira ou quebraria uma garrafa de South Confort na cabeça do Alexandre Mil?

Gabriel Santiago. As duas coisas, provavelmente, hahahaha.

2112. O álbum será lançado apenas nas plataformas digitais ou também ganhará formato físico?

Eddie Asheton. Estamos nos esforçando ao máximo pra que o disco também saia no formato físico, pelo menos em CD. Adoraríamos também lançar o LP, mas infelizmente o preço de prensagem em vinil está proibitivo para nós, pelo menos por enquanto. Quem sabe um dia?

2112. Quantos trabalhos entre singles e álbuns vocês já lançaram?

Eddie Asheton. Até o momento, sem contar com o Rock and Roll Days e seus singles, foram 2 EP’s e o álbum Patagonia, que quando foi lançado teve uma das suas músicas lançada como single, Noite Estranha.

2112. Ao longo do tempo a Blind Horse vem construindo um som próprio ao misturar o seu hard rock com elementos do punk, prog, folk e blues. Como vocês definem o som da Blind Horse?

Eddie Asheton. Acima de tudo eu definiria como Rock and Roll, pois tudo o que nós tocamos passa por esse filtro. A gente não toca blues como os blueseiros do Mississipi, rock progressivo como o Yes ou o Genesis, ou folk como o Arlo Guthrie. No fim das contas nós acabamos tocando esses e outros gêneros como uma banda de rock. Por mais que a gente adore tudo isso.

2112. Tenho visto o surgimento de diversas bandas com influências direta dos anos 60/70. O que vocês têm escutado de interessante nos últimos tempos?

Eddie Asheton. De mais recente tem duas bandas que eu tenho ouvido sem parar: os americanos do Frankie And The Witch Fingers e os dinamarqueses do Vilde Graes. E também tenho ouvido muito algumas bandas daqui como o Gran Mostarda, o Astrovenga e o Centro da Terra.

2112. Sou fã de carteirinha da banda Centro da Terra. Já até os entrevistei quando estavam perto de lançarem o terceiro álbum. Eles são maravilhosos.    

Alejandro Sainz. Algumas que me vêm à mente agora são o Wucan, Lé Betre e Danava. Nomes estranhos, né? Aqui no Brasil temos bandas excelentes com influências dessa época, como o Hammerhead Blues e o Psilocibina. 

Rodrigo Blasquez. Muladhara e o Gods & Punk, no qual inclusive eu e o Gabriel tocamos também.

2112. "Rainbows In The Dark" incluída na coletânea da revista Classic Rock teve boa aceitação nas rádios inglesas e européias?

Alejandro Sainz. Confesso que não faço ideia. E torço muito para que as rádios inglesas e europeias tenham boa aceitação. Adoro rádio. 

2112. A Classic Rock não poupou elogios a banda: "O Blind Horse do Brasil está entre os melhores fetichistas do ramo do proto-metal, disparando um som vintage setentista devastador com muita autenticidade e wah-wahs extremos na guitarra. Tão psicodélico que você vai esquecer o seu próprio nome antes que a experiência termine.” Vocês chegaram a fazer algum show no exterior?

Gabriel Santiago. Ainda não, infelizmente. Mas vamos adorar se um dia acontecer.

2112. A maioria das bandas surgem em porões, garagens ou bate-papos entre amigos. Qual é a história do Blind Horse?

Eddie Asheton. Na verdade o Blind Horse começou com o fim da outra banda em que eu, o Ale e o Rodrigo tocávamos, os Mothers. Aí o Blind Horse começou quando nos juntamos com o Maicon Martins, que inclusive foi o baterista que gravou o EP In the Arms of Road e o Patagonia.

2112. Vocês todos compõem na banda?

Rodrigo Blasquez. Sim, sim. Um de nós chega com a idéia inicial da música e aí nós 4 a desenvolvemos juntos nos ensaios.

2112. Atualmente qual é a formação da Blind Horse?

Eddie Asheton. Eu no baixo, o Alejandro Sainz nos vocais, Rodrigo Blasquez na guitarra e Gabriel Santiago na bateria. Já estamos com essa formação desde o meio de 2017!

2112. A banda está trabalhando num tributo a um gigante do rock. O que vocês podem adiantar sobre o projeto?

Alejandro. É um gigante do rock, realmente. Eu adoraria fazer tributo ao Cactus ou ao Ten Years After, mas infelizmente o bar não iria vender muitas cervejas.   

2112. O projeto é apenas para shows ou será filmado e gravado também?

Eddie Asheton. Ainda estamos decidindo os formatos desse projeto.

2112. Os shows contarão com participações especiais de outros músicos e cantores?

Eddie Asheton. Talvez, talvez...

2112. Qual o telefone/e-mail para contratação dos shows e aquisição de material de merchandising?

Alejandro. Qualquer tipo de contato pode ser feito pelo nosso e-mail: theblindhorseband@gmail.com

2112. ... o microfone é de vocês.

Alejandro Sainz: Obrigado pelo espaço e fiquem atentos ao nosso som e às novidades através das plataformas e das redes sociais. A gente se vê pela estrada!

 

 
Obs.: As fotos foram todas retiradas do Facebook da bandas e foram clicadas por Guilherme Caetano e Cerutti Diass.